Peixe vivo Rolândia
- O Escritório Regional de Pesca e Aquicultura, sediado em Rolândia,
promove hoje, das 8h às 14h, a Feira do Peixe Vivo, em parceria com
produtores da região. Duas toneladas de tilápias vão ser colocadas em
tanques montados na Praça Castelo Branco. O peixe será vendido a R$ 9 o
quilo. Parte da arrecadação com as vendas, afirma a secretária municipal
de Serviços Públicos e superintendente do escritório regional, Ellen
Santos, será revertida para a Associação dos Voluntários e Voluntárias
de Caridade de Rolândia (Avocar).
Tontura, mal-estar, palidez e sensação de cansaço podem ser sintomas de pressão baixa
Mulheres, geralmente, são as principais vítimas da pressão arterial baixa
Londrina - A pressão
baixa é tão perigosa quanto a pressão alta. Chamada também de
hipotensão, ela é a pressão arterial igual ou menor que 9. O número em
si não é o maior problema. Porém, a queda brusca da pressão pode ser
perigosa quando vem acompanhada de tontura, desmaio, suor frio e
palidez.
"Por trás desses sintomas, é comum estarem camuflados problemas
graves como o hipotireoidismo, arritmias cardíacas e infecções
generalizadas", alerta o médico cardiologista do Centro do Coração de
Londrina, Ricardo José Rodrigues. Outros sinais importantes que devem
ser avaliados são: braços e pernas fracos, enjoo e vômitos.
Segundo o especialista, não existe uma doença denominada como
pressão baixa. Ao notar, no entanto, que os sintomas são frequentes, o
ideal é procurar um cardiologista e iniciar uma investigação.
A pressão arterial normal é "12 por 8", como se fala
popularmente. Para ser considerada baixa, deve ficar próxima a "9 por 6"
e a pessoa deve apresentar alguns sintomas, como tontura, mal-estar,
palidez, sensação de cansaço, podendo até desmaiar. "A redução do fluxo
sanguíneo nas artérias leva à deficiência de sangue no cérebro e à queda
da pressão", aponta Rodrigues.
As mulheres, geralmente, são as principais vítimas da pressão
arterial baixa. "Em dias de muito calor ou no período pré-menstrual, é
normal mulheres se queixarem deste problema. É quando há maior risco de
queda brusca do nível da pressão arterial", relata o especialista.
Pessoas com insuficiência cardíaca em estágio avançado
apresentam mais dificuldades para manter a pressão arterial em nível
satisfatório. É comum também que a pressão apresente queda quando a
pessoa tem alguma infecção. Outro alerta é com remédios para
emagrecimento. Eles são compostos por diuréticos e laxantes e provocam
perda de líquido, o que leva à queda da pressão.
De acordo com Rodrigues, a primeira orientação a seguir quando a
pessoa apresentar sintomas da queda de pressão é deitá-la com a barriga
para cima, colocando as pernas em cima de uma cadeira, de forma que as
mesmas permaneçam mais altas do que o restante do corpo. Dessa forma, o
sangue retorna mais facilmente ao coração e ao cérebro, provocando uma
sensação de bem-estar e normalizando a pressão do paciente.
Colocar sal embaixo da língua não é recomendado, porque não há
efeito imediato. O indicado é aumentar a ingestão de água e líquidos, de
alimentos, sendo necessária a realização de lanches nos intervalos das
alimentações.
Na Fazenda Bimini, no Paraná, que foi devastada nos anos
1930 para dar lugar a cafezais, a família Steidle abre mão de ganhar
altas cifras com a generosa lavoura de grãos que tomou conta da terra
vermelha para desenvolver um projeto de educação ambiental não formal.
Eles também preservam a história e atraem milhares de visitantes
anualmente sem nada cobrar de ninguém
Há dois anos, ouvi falar pela primeira vez de um alemão “meio
maluco”, coordenador de um projeto ambiental informal em Rolândia,
cidade de 57,8 mil habitantes, a 20 km de Londrina, no norte do Paraná.
Naquela ocasião, como repórter de jornal, fui até lá checar a informação
de que ele estaria oferecendo a oportunidade da pintura a índios
acampados em um terreno da cidade.
Encontrei aquele homem branquelo, de sotaque germânico, descarregando
do carro cavaletes feitos de bambu, enormes folhas de papel e potes de
tinta vermelha feita do fruto da palmeira juçara. A mãe do alemão o
ajudava. Aos poucos, os índios kaingang, até então arredios, venceram a
desconfiança e começaram a pintar suas impressões sobre a vida na
cidade, a interação com o ambiente urbano, a necessidade de ter dinheiro
nas mãos. A atividade terminou com um deles fazendo uma pintura que
simboliza a amizade no rosto do alemão.
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Comecei a prestar atenção nas coisas que eram promovidas pelo “meio
maluco” e sua Fazenda Bimini, até perceber que o trabalho coordenado por
Daniel Steidle, “brasileiro com sotaque” como ele se define, merecia
estar nas páginas da Brasileiros.
Fazê-lo sentar por alguns momentos e se concentrar nas perguntas é
tarefa que exige paciência e tempo. Daniel, 48 anos, desde os 11 no
Brasil, é irrequieto. Andando pela fazenda, onde junto da mãe, Ruth
(73), da esposa, a professora Dora (43), e dos filhos João Endí (9) e
Francisco Erê (7), recebe milhares de pessoas por ano; o homem tem
sempre algo para mostrar, uma história para contar ou alguma ideia para
expor.
Dona Ruth é mais tranquila, conversa com calma e não preserva suas
frases de tiradas inteligentes. Os meninos aproveitam a liberdade da
vida na zona rural para gastarem toda a energia que a idade lhes dá de
sobra, mas gostam de acompanhar os passos dos adultos. Em vários
momentos das “aulas” que são dadas na fazenda, eles se tornam também
professores. Dora leciona em uma escola municipal e, quando está em
casa, faz a retaguarda para que o projeto siga adiante.
A Bimini fica no meio do caminho entre Rolândia e o distrito de São
Martinho, às margens da PR 170. É uma antiga fazenda de café, hoje
ocupada pela lavoura rotativa de grãos. Até aí, nada de anormal em
relação às outras propriedades rurais da região, que passaram a utilizar
a fertilidade da terra vermelha para produzir soja, milho e, em alguns
casos, trigo, depois que o café declinou de vez com a geada negra de
1975. Porém, o que a diferencia é o trabalho dos Steidle. Os cafezais
ganharam mais uma chance depois de 1975, sendo erradicados de vez em
1981. A resistência se deu por conta da teimosia do avô de Daniel e pai
de Ruth, Hans Kirchheim, o patriarca da família, que gostava da cultura.
Sem dinheiro para a necessária mecanização, Kirchheim não teve outra
saída a não ser arrendar as terras. O fim do café significou também a
extinção da colônia de trabalhadores da fazenda. Felizmente não foi
também o fim da memória. Terreirões e barracões de madeira da década de
1940 foram preservados. Na parede de um deles estão fotos dos
funcionários feitas a partir de 1968, quando passaram a ser registrados.
Eram 45 famílias na Bimini. Restaram apenas duas: a dos donos e a de um
único funcionário.
Na época da derrocada do café, Daniel e a mãe já estavam por ali.
Ruth nasceu na Bimini, mas depois de se formar enfermeira em São Paulo
foi para a Alemanha pensando em estudar mais. Foi lá que conheceu o
artista plástico Ferdinand Steidle, com quem teve os filhos Daniel e
Manuel, o mais novo, engenheiro mecânico em Florianópolis.
Quando os meninos tinham 11 e 9 anos, ela voltou com eles para
Rolândia. Daniel, já no início da adolescência, mostrou interesse por
árvores e começou a causar confusão com o avô, plantando, escondido,
palmitos. Hans, a esta altura já chamado “Tio João” pelos alunos da
escola que fundara, achava que a terra tinha de ser voltada para a
produção. Não deviam perder espaço com árvores onde não era necessário.
Havia sido comerciante de tecidos na Europa e sustentava que tudo tinha
de resultar em lucro. O neto teimava.
De tanto teimar, Daniel acabou ganhando. Aos 90 anos, pouco antes de
morrer, Hans plantou a primeira árvore que faria parte da mata ao redor
da mina que deu nome à fazenda e estava secando. Em seguida chorou.
Com a morte do Tio João, Ruth ficou encarregada de achar um rumo
lucrativo para as terras. Daniel formou-se em Administração de Empresas e
fez mestrado em Geografia, Meio Ambiente e Desenvolvimento.
Pesquisaram, estudaram, calcularam, procuraram a fórmula da “mina de
ouro”.
“Um dia caí na real e fiz o questionamento: para que precisamos ganhar
dinheiro?”, conta Ruth. “O maior ganho de dinheiro é gastar só onde é
necessário. Assim, percebi que tínhamos o suficiente com o arrendamento.
Poderíamos dedicar nosso tempo a um projeto que ajudasse as pessoas a
perceber o quão importante é o meio ambiente. Por isso, até hoje temos
fama de esquisitos e até de suspeitos”, completa, com bom humor. Assim,
em 1993, começou o projeto.
Quatro anos depois surgiu a parceria com a Embrapa Florestas, firmada
com o pesquisador Paulo Ernani Ramalho Carvalho, e a Bimini cedeu parte
de suas terras para a implantação de três arboretos, com cerca de 400
espécies. É a segunda maior unidade demonstrativa do Brasil em número de
espécies.
Outros lugares da fazenda também foram sendo reflorestados, ganhando
mais e mais árvores. A mina voltou a jorrar água como antes e os animais
voltaram a aparecer. Particularmente os pássaros, quatis,
cachorros-do-mato, pacas.
No entanto, o que mais encanta é o capricho em cada detalhe para as
aulas de educação ambiental. Os barracões de peroba-rosa se tornaram
cenários fabulosos. Os Steidle usam pintura, teatro, música e dança para
transmitir a mensagem, que é simples: precisamos respeitar e proteger a
natureza.
Os terreirões de café se tornaram pista para aulas sobre trânsito,
com carrinhos de rolimã fazendo as vezes de veículos. Um antigo paiol
virou uma espécie de museu indígena, conservando objetos encontrados por
agricultores da região. As pinturas feitas há dois anos pelos kaingang
acampados em Rolândia estão ali.
O casarão, de tábuas de peroba, que foi a morada de Hans e Hildegard
Kirchheim, também é lugar de visitação, pois a família ocupa apenas
parte dele. É lugar para crianças e adultos presenciarem o modo de vida
de 60 anos atrás, com madeira nobre em abundância.
No quintal, um frondoso cedro sobre o gramado enche os olhos de quem
está acostumado com o cinza das cidades. Na garagem, pode-se ver um
carro popular com motor 1.0. A internet banda larga ainda não chegou por
lá. Usam a arcaica discada.
Para ver coisas tão simples, o volume de visitantes é grande: 4 mil
por ano. A fama da fazenda só aumenta com a divulgação que acontece de
boca em boca. “No ano passado, tivemos a visita de gente de 19 países
diferentes”, orgulha-se Daniel. Um deles foi o maestro japonês Daisuke
Soga. “Ele veio com um grupo que se apresentava no Festival de Música de
Londrina. Empolgou-se tanto que, quando vimos, já estava mergulhado
ajudando escoteiros a tirarem troncos de dentro de um tanque de água”,
recorda Ruth.
Voltando a andar pela fazenda, Ruth vai apontando “ali será tal
coisa, lá faremos outra”. Em seguida, explica que se preocupam em não se
acomodar. É preciso manter a atenção dos visitantes. Sobre o futuro,
nutrem sonhos. E Daniel volta a falar bastante.
“Aqui poderiam morar muitas pessoas. Esse é meu sonho, mas ainda não
sei como fazer para realizá-lo. Talvez a educação seja uma alternativa.
Imagine se tivéssemos mais escolas rurais. E isso não é querer ser hippie.
Estou sendo realista. As cidades estão ficando lotadas”, comenta o
alemão que agora deu para sair fantasiado pela cidade para chamar a
atenção para suas boas causas. “Debaixo da fantasia não sou mais o
ambientalista nem o alemãozinho metido a besta como dizem. Sou apenas um
cidadão”, explica. “Um pequeno detalhe: todo mundo sabe que é ele que
está debaixo da fantasia”, emenda Ruth, aos risos.
DE UM POEMA NASCEU O NOME BIMINI
Faz menos de um século que a região norte do Paraná cobria-se de uma
densa floresta, classificada por quem é do ramo de “estacional
semidecidual”, do bioma da Mata Atlântica. No final da década de 1920, a
paisagem por ali começaria a mudar drasticamente com o início do plano
de colonização que os ingleses da Companhia de Terras Norte do Paraná,
subsidiária da Paraná Plantations, colocariam em prática.
Do governo do Estado, os ingleses adquiriram mais de 500 mil alqueires
de terra, localizadas entre os rios Tibagi e Ivaí. Terras que se
mostravam excelentes para o cultivo do café, cultura que já havia
ultrapassado as fronteiras paulistas e chegado ao Paraná.
Para colonizar tudo isso, derrubar a mata e fundar cidades, a cada 15 km
era preciso atrair gente, não só do Brasil, mas também da Europa. Para
se ter uma ideia da grandiosidade do projeto, ao longo de sua história, a
Companhia – que hoje ainda existe com o nome de Melhoramentos Norte do
Paraná – fundou 63 cidades, vendeu mais de 40 mil lotes rurais e perto
de 70 mil lotes urbanos.
Na Europa, fragilizada pela Primeira Guerra Mundial (1914-18) e
assustada com os bastidores que indicavam a iminência da Segunda Grande
Guerra, os panfletos da companhia inglesa propagando um “eldorado” em
terras brasileiras, com condições excelentes de financiamento e imensa
fertilidade, haja vista as florestas que estavam sobre aquele solo,
faziam brilhar os olhos de famílias, mesmo aquelas que nunca haviam
cultivado um palmo de chão.
Entre os milhares que se encantaram com a propaganda e toparam desbravar
o “eldorado” estavam os alemães da família Kirchheim, que adquiriram um
lote em uma área reservada aos germânicos, atual município de Rolândia.
Foi ainda no navio que o casal Hans e Hildegard – pais de Ruth e avós
de Daniel Steidle – escolheu o nome da fazenda que colonizariam. Tiraram
a ideia do poema Bimini, de Heinrich Heine. Uma das estrofes, em uma
tradução livre do alemão gótico dizia assim:
“Na Ilha Bimini
brota a mais querida nascente;
Da preciosa fonte
corre a água do rejuvenescimento.“
Decidiram que, se na nova terra houvesse uma nascente, o lugar haveria
de se chamar Bimini. Como nascentes não faltavam no meio daquela mata,
Bimini, uma fonte que mais tarde quase secou pela falta de árvores, é o
nome da fazenda.
Essa "Lagarta Fofinha" tem veneno suficiente para fazer da sua vida um inferno por 12 horas. "A dor é profunda, dói mesmo. Parece que ela vai direto aos ossos. Se
o ferrão atinge um dedo, a dor se espalha até o braço. O inchaço vai
até a axila", explica Donald Hall, entomologista da Universidade da
Flórida.
Ex-lateral do Londrina, Operário do Mato Grosso, Nacional do Paraná, Botafogo de Ribeirão Preto e Derac
Juarez
Batista de Andrade, o ex-lateral-esquerdo Jureba, nasceu em Rolândia no
Paraná. Iniciou a carreira no Londrina e a encerrou no Operário do Mato
Grosso. Passou também por Nacional do Paraná, Botafogo de Ribeirão
Preto e Derac, do interiorpaulista. Atualmente reside em sua cidade natal e trabalha como representante comercial. Tem dois filhos.