O senador
Aécio Neves (PSDB) disse HOJE quarta-feira ter sido vítima de mentiras
da campanha do PT durante a campanha e que "o diabo se envergonharia" da
postura do partido. Em um evento com PSDB e aliados, o tucano defendeu
um pacto por uma oposição revigorada nos próximos quatro anos.
“Essa campanha
levará marcas distintas e vigorosas. Uma delas é a campanha da infâmia,
da mentira, da utilização sem limites da máquina publica. Pelo menos
cumpriram a palavra, disseram que fariam o diabo nas eleições. O diabo
se envergonharia de muitas coisas que foram feitas”, disse, em
referência a uma fala de Dilma em março. Em um comício na Paraíba, ela
afirmou que podia fazer "o diabo na hora da eleição", mas que durante o
mandato é preciso atuar com respeito.
Num auditório
da Câmara dos Deputados, Aécio ouviu elogios de aliados, que lembraram
dos 51 milhões de votos recebidos no segundo turno e de sua capacidade
de unir legendas da oposição. Apesar de anunciada como uma reunião da
Executiva Nacional do PSDB, o senador passou a palavra para políticos
aliados, inclusive dissidentes de partidos aliados nacionalmente com
Dilma, como a senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS) e o vice-governador
eleito em Pernambuco, Raul Henry (PMDB).
“Nós estamos a
partir de hoje selando um pacto de uma oposição revigorada e vitoriosa,
porque disputamos essas eleições falando a verdade”, disse o senador,
que é presidente do PSDB e comandou o ato. “Vamos juntos fazer a mais
vigorosa oposição que esse Brasil já viu, em benefício da verdade, da
liberdade e da moral”, discursou.
Apesar de ser
colocado como líder da oposição, Aécio rejeitou o rótulo. "A oposicao
brasileira hoje não precisa de um líder, ela tem viva na alma de milhões
de brasileiros sua importante essência que é a indignação com tudo que
vem acontecendo no Brasil nesses ultimos anos, mas uma esperança
enraizada", disse.
A reunião
contou com apenas dois governadores eleitos pelo PSDB, Simão Jatene (PA)
e Reinaldo Azambuja (MS). O candidato derrotado no primeiro turno das
eleições presidenciais, Pastor Everaldo (PSC), também declarou seu apoio
ao tucano e foi elogiado por Aécio.
Num dos
discursos mais agressivos do evento, o prefeito de Manaus, Arthur
Virgílio, acusou o PT de tentar implantar um "decreto da mídia" e de ser
financiado pelo "financiamento público da Petrobras". "Eles praticam
sim financiamento público. A Petrobras os patrocina há muito tempo",
disse.
"Eu tenho muita
convicção de que o tempo vai passar bem rápido, mas muita coisa já
mudou. Temos uma presidente fraca, que a ficha nao caiu e vai para o G20
com um ministro demissionário", disse, em referência ao ministro Guido
Mantega, que não vai participar do segundo mandato da presidente Dilma.
Com informações da ISTO É