Para o taxista José Martins Paulino, "a data de aniversário muda mais que prefeito"
Rolândia – A mudança da
data foi recebida com muita estranheza por grande parte da população.
Enquanto alguns ironizaram a lei, com menções a máquina do tempo ou
fonte da juventude, outros citaram a crise política da cidade, com a
sucessiva troca de prefeitos, e questionaram a relevância da medida. Por
outro lado, parte dos moradores, principalmente os mais antigos,
defenderam a lei.
Para o taxista José Martins Paulino, de 48 anos, a alteração da data retrata a falta de atenção da administração com os assuntos realmente importantes. "Estamos com problemas muito mais sérios para serem resolvidos, como a saúde, que vai de mal a pior. Agora temos a data de aniversário que muda mais que prefeito", reclamou. O pintor industrial Ricardo Gomes Morais, de 28 anos, teme um atraso além da data: "Que o retrocesso da data não signifique um retrocesso para o povo".
Nos últimos três meses, durante o afastamento de Lehmann pelo processo que o julga por gastos com publicidade no último ano de sua primeira gestão, passaram pela cadeira do Executivo a ex-presidente da Câmara, Sabine Giesen (PMDB), e o atual José de Paula Martins (PSD), do dia 2 até 8 deste mês, quando Lehmann conseguiu liminar para voltar ao cargo.
A questão política também influenciou a opinião da comerciante Margarida Cavalcanti, de 50 anos. "Seria melhor se a cidade ficasse mais jovem com melhorias para a população, mas não é isso o que vemos", lamentou. Já o comerciante José Roberto Cavalaro, de 42 anos, admitiu não saber o motivo da mudança, mas contou que preferia a data antiga. "Já estávamos acostumados com os 80 anos, é estranho mudar assim, de uma hora para outra. Se a gente pudesse rejuvenescer também seria bom", comparou.
Nem o pároco da cidade escapou da polêmica. Entrevistado pela FOLHA, o monsenhor José Agius disse considerar a situação curiosa e de pouco efeito prático. "Essa data já mudou tantas vezes. Eu só sei que vou continuar celebrando minha missa, seja em junho ou janeiro", desconversou. Ao lado da igreja, no centro da cidade, alguns jovens não sabiam da lei e ficaram surpresos. "A cidade vai voltar no tempo, então? Pelo que aprendi na escola, Rolândia faria 80 anos agora", disse o estudante João Botter, de 17 anos.
O diretor da Escola Municipal Monteiro Lobato, Victor Hugo Pascolatti, informou que há tempos essa questão das datas era motivo de discórdia na cidade. Agora, ele espera que essa questão seja, de uma vez por todas, definida. "Nós ensinamos uma coisa, aí passa um tempo, mudam tudo. Nossos alunos do ensino básico ainda não têm senso crítico para questionar, mas lá na frente isso deve causar muita estranheza", argumentou.
A funcionária pública Ângela Dalva da Silva, 60 anos, defende a mudança. Para ela, muitas pessoas opinam sem conhecimento. "Pelo que li, fica claro que temos que comemorar o aniversário na data de emancipação, assim como as demais cidades. É claro que vai haver rejeição agora, mas o erro ocorreu lá atrás, quando mudaram pela primeira vez", posicionou-se.
Para o taxista José Martins Paulino, de 48 anos, a alteração da data retrata a falta de atenção da administração com os assuntos realmente importantes. "Estamos com problemas muito mais sérios para serem resolvidos, como a saúde, que vai de mal a pior. Agora temos a data de aniversário que muda mais que prefeito", reclamou. O pintor industrial Ricardo Gomes Morais, de 28 anos, teme um atraso além da data: "Que o retrocesso da data não signifique um retrocesso para o povo".
Nos últimos três meses, durante o afastamento de Lehmann pelo processo que o julga por gastos com publicidade no último ano de sua primeira gestão, passaram pela cadeira do Executivo a ex-presidente da Câmara, Sabine Giesen (PMDB), e o atual José de Paula Martins (PSD), do dia 2 até 8 deste mês, quando Lehmann conseguiu liminar para voltar ao cargo.
A questão política também influenciou a opinião da comerciante Margarida Cavalcanti, de 50 anos. "Seria melhor se a cidade ficasse mais jovem com melhorias para a população, mas não é isso o que vemos", lamentou. Já o comerciante José Roberto Cavalaro, de 42 anos, admitiu não saber o motivo da mudança, mas contou que preferia a data antiga. "Já estávamos acostumados com os 80 anos, é estranho mudar assim, de uma hora para outra. Se a gente pudesse rejuvenescer também seria bom", comparou.
Nem o pároco da cidade escapou da polêmica. Entrevistado pela FOLHA, o monsenhor José Agius disse considerar a situação curiosa e de pouco efeito prático. "Essa data já mudou tantas vezes. Eu só sei que vou continuar celebrando minha missa, seja em junho ou janeiro", desconversou. Ao lado da igreja, no centro da cidade, alguns jovens não sabiam da lei e ficaram surpresos. "A cidade vai voltar no tempo, então? Pelo que aprendi na escola, Rolândia faria 80 anos agora", disse o estudante João Botter, de 17 anos.
O diretor da Escola Municipal Monteiro Lobato, Victor Hugo Pascolatti, informou que há tempos essa questão das datas era motivo de discórdia na cidade. Agora, ele espera que essa questão seja, de uma vez por todas, definida. "Nós ensinamos uma coisa, aí passa um tempo, mudam tudo. Nossos alunos do ensino básico ainda não têm senso crítico para questionar, mas lá na frente isso deve causar muita estranheza", argumentou.
A funcionária pública Ângela Dalva da Silva, 60 anos, defende a mudança. Para ela, muitas pessoas opinam sem conhecimento. "Pelo que li, fica claro que temos que comemorar o aniversário na data de emancipação, assim como as demais cidades. É claro que vai haver rejeição agora, mas o erro ocorreu lá atrás, quando mudaram pela primeira vez", posicionou-se.