Redação Bonde
O fotógrafo Marcelo Caramori foi preso pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) no final da tarde desta quinta-feira (29), em Londrina. Ele é suspeito de exploração sexual de adolescentes. Até então assessor do Governo do Paraná, ele foi encaminhado à sede do Ministério Público (MP) para prestar depoimento e depois levado à Penitenciária Estadual de Londrina II (PEL II).
De acordo com a assessoria do executivo estadual, Caramori foi exonerado de seu cargo também nesta quinta, mas o motivo da exoneração não foi informado. A medida consta no Diário Oficial do Executivo de amanhã, sexta-feira (30). A assessoria também não soube dizer se a decisão de desligar Caramori foi tomada antes ou depois de sua prisão.
Anderson Coelho/Equipe Folha
Caramori chegou ao local em um veículo do Gaeco, mas não algemado. Tranquilo, ele conversou rapidamente com os jornalistas e negou as acusações. O fotógrafo ainda prestava depoimento ao delegado Ernandes Cezar Alves por volta das 18h30 desta quinta.
A promotora da 6.ª Vara Criminal de Londrina, Suzana de Lacerda, evitou passar detalhes do crime e disse apenas que a prisão de Caramori é um desdobramento do caso do auditor fiscal Luiz Antônio de Souza, preso no último dia 13 em um motel da cidade suspeito de ter tido relações sexuais com menores de idade.
O advogado de Caramori, Leonardo Vianna, disse que ficou surpreso com a prisão de seu cliente e que não teve acesso à ordem de prisão expedida pela Justiça. O defensor afirmou, ainda, que o fotógrafo foi encaminhado ao Gaeco apenas para esclarecer alguns detalhes sobre o caso do auditor fiscal.
Assessor
Preso na tarde desta quinta-feira, Marcelo Caramori era assessor do Governo do Paraná. Ele ganhava R$ 6.177,13 por mês com o cargo comissionado do Estado.
O servidor acompanhava o governador Beto Richa (PSDB) em suas visitas a Londrina e era o responsável por fazer as fotografias dos eventos. (com informações da repórter Viviani Costa, da Folha de Londrina)