FOLHA DE LONDRINA
Dirceu e Vaccari recebiam propina para o PT, diz Youssef
Afirmação consta em depoimento prestado pelo doleiro no acordo fechado com MPF e tornado público ontem pelo juiz Sérgio Moro
Segundo Youssef, o ex-ministro de
Lula e o atual tesoureiro do PT recebiam propina de empreiteiras de
recursos desviados da Petrobras
Curitiba – O doleiro
Alberto Youssef, um dos principais personagens da Operação Lava Jato,
afirmou que o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e o atual tesoureiro
do Partido dos Trabalhadores (PT), João Vaccari Neto, eram os
responsáveis no partido para receber recursos provenientes de pagamentos
de propina de empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção dentro da
Petrobras. Afirmação consta no depoimento prestado pelo doleiro no
acordo de delação premiada firmado com procuradores do Ministério
Público Federal (MPF).
Atualmente, o ex-ministro cumpre pena decorrente de condenação no processo do mensalão. Já o tesoureiro foi mencionado na nona fase da Lava Jato como um dos operadores mais atuantes dentro das irregularidades apontadas pelas investigações da Polícia Federal (PF). Vaccari não chegou a ser preso, mas foi conduzido até o órgão para prestar esclarecimentos sobre as acusações na semana passada.
"Antes de mandar o dinheiro a Julio Camargo (executivo da Toyo Setal e que também firmou acordo de delação), eu retinha o percentual devido ao Partido Progressista (PP), a Paulo Roberto Costa (ex-diretor de Abastecimento da Petrobras) e João Cláudio Genu (ex-chefe de gabinete do PP na Câmara). O dinheiro entregue em São Paulo servia para pagamentos da Camargo Corrêa e da Mitsue Toyo ao Partido dos Trabalhadores (PT), sendo que as pessoas indicadas para efetivar o recebimento à época eram João Vaccari Neto e José Dirceu", diz o doleiro no depoimento.
Em suas declarações, Youssef também destacou que Júlio Camargo, além de executivo, era responsável por instrumentalizar uma parte dos repasses para agentes públicos, ou seja, também atuava como operador. "Júlio Camargo possuía ligações com o PT, notadamente com José Dirceu e Antônio Palocci (ex-ministro da Fazenda)." O doleiro ainda completou que tinha conhecimento de que Camargo era proprietário de um avião Citation Excel, "que foi utilizado em diversas oportunidades por José Dirceu".
Youssef também explicou que Franco Clemente Pinto, identificado como "braço-direito" de Júlio Camargo, seria responsável pela contabilidade dos pagamentos ilícitos a título de propina e caixa dois. Tanto o nome ou o apelido do doleiro como de Dirceu constam nos registros desta contabilidade. "Franco tinha um pen-drive para armazenar todas as movimentações financeiras de Camargo, e eram utilizadas siglas em tal contabilidade ilícita, sendo que em relação a mim seria ‘primo’ e a de José Dirceu seria ‘Bob’."
Atualmente, o ex-ministro cumpre pena decorrente de condenação no processo do mensalão. Já o tesoureiro foi mencionado na nona fase da Lava Jato como um dos operadores mais atuantes dentro das irregularidades apontadas pelas investigações da Polícia Federal (PF). Vaccari não chegou a ser preso, mas foi conduzido até o órgão para prestar esclarecimentos sobre as acusações na semana passada.
"Antes de mandar o dinheiro a Julio Camargo (executivo da Toyo Setal e que também firmou acordo de delação), eu retinha o percentual devido ao Partido Progressista (PP), a Paulo Roberto Costa (ex-diretor de Abastecimento da Petrobras) e João Cláudio Genu (ex-chefe de gabinete do PP na Câmara). O dinheiro entregue em São Paulo servia para pagamentos da Camargo Corrêa e da Mitsue Toyo ao Partido dos Trabalhadores (PT), sendo que as pessoas indicadas para efetivar o recebimento à época eram João Vaccari Neto e José Dirceu", diz o doleiro no depoimento.
Em suas declarações, Youssef também destacou que Júlio Camargo, além de executivo, era responsável por instrumentalizar uma parte dos repasses para agentes públicos, ou seja, também atuava como operador. "Júlio Camargo possuía ligações com o PT, notadamente com José Dirceu e Antônio Palocci (ex-ministro da Fazenda)." O doleiro ainda completou que tinha conhecimento de que Camargo era proprietário de um avião Citation Excel, "que foi utilizado em diversas oportunidades por José Dirceu".
Youssef também explicou que Franco Clemente Pinto, identificado como "braço-direito" de Júlio Camargo, seria responsável pela contabilidade dos pagamentos ilícitos a título de propina e caixa dois. Tanto o nome ou o apelido do doleiro como de Dirceu constam nos registros desta contabilidade. "Franco tinha um pen-drive para armazenar todas as movimentações financeiras de Camargo, e eram utilizadas siglas em tal contabilidade ilícita, sendo que em relação a mim seria ‘primo’ e a de José Dirceu seria ‘Bob’."
COMENTÁRIO: Só espero que todos os culpados sejam presos e devolvam o dinheiro surrupiado. JOSÉ CARLOS FARINA