Mulher de 112 anos diz que gordura de porco é o 'segredo da longevidade'
Carolina Zambom Geraldin nasceu dia 3 de junho de 1901 em Piracicaba.
Idosa vive atualmente em sítio, com filho e nora.
A três meses de completar 113 anos, Carolina Zambom Geraldin credita o segredo da longevidade aos seus hábitos alimentares. E não é por comer frutas, verduras e legumes, não. Segundo a aposentada, que nasceu e viveu em Piracicaba (SP) durante toda a vida, a dieta cotidiana dela se baseou em carne de porco e ovos caipiras. Ela ainda usava a gordura dos suínos para cozinhar e dar um "sabor especial" aos alimentos.
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Apesar das dificuldades de audição e visão, a idosa está com a saúde ótima, segundo a família. Ela mora com o filho e a nora em um sítio no bairro Santana, na zona rural do município. Carolina conta também com o carinho de um outro filho, sete netos, 13 bisnetos e dois tataranetos. Como uma verdadeira matriarca, ela se preocupa com cada um deles e ama estar cercada pelos familiares.
“Sempre que chega algum parente em casa, minha mãe fica perguntando se a pessoa já se alimentou e oferece comida. Atualmente, ela está um pouco esquecida e acaba perguntando várias vezes a mesma coisa”, contou o aposentado José Maximiano Geraldin, de 82 anos, filho de Carolina. José disse ainda que a mãe é querida por todos os vizinhos.
História
Carolina nasceu no dia 3 de junho de 1901 na Fazenda Boa Vista, atualmente chamada de Santa Lavínia, área localizada entre as cidades de Piracicaba e Charqueada (SP). Durante toda a vida, sempre viveu em sítios e só foi ter uma casa com energia elétrica quando tinha mais de 80 anos de idade.
“Sempre moramos em fazenda. A nona viveu todo o momento de transição de plantação de café, algodão, arroz, feijão até a permanência da cana-de-açúcar. Antes de mudar para esta casa, ela morou em dois outros sítios. E somente neste aqui, há 25 anos, que ela teve luz elétrica na residência", disse a nora da idosa, Elza Bombache Geraldin, de 73 anos.
Os familiares contaram que o momento mais difícil da vida da idosa foi quando ela deixou a casa da sogra. “Há 74 anos passamos muita fome, a mãe e o pai não tinham nada. E começamos tudo do zero. Quando nos tornamos adolescentes, passamos ajudar. Foi quando as coisas melhoraram para nós”, disse José Maximiano.
Atividades na juventude
Além de trabalhar nas lavouras, Carolina costurava roupas para toda a família e só deixou o ofício quando ensinou a nora e esta assumiu o posto oficial de costureira. Na juventude, a centenária também atuou como benzedeira da comunidade. "Sou muito católica e sempre rezo o terço. Eu benzia crianças e adultos. E não era com ervas não. Usava brasa, costume típico da Itália”, relatou a nona.