CARTA ABERTA AO PODER PÚBLICO E A COMUNIDADE:
Será que estamos sendo histéricos com a nossa campanha em torno dos loteamentos de Rolândia? Mas onde há fumaça pode ter muito fogo.
À medida que estamos vendo documentos, planos, plantas... verificamos que o loteamento da Santa Cruz é só a ponta do Iceberg...
Pelo mapa que um funcionário da Prefeitura nos mostrou no COMDEMA há uma linha azul dando uma enorme volta pelo município alargando o "perímetro urbano dinâmico" (palavras do funcionário) o que faz com que as loteadoras possam expandir à vontade seus negócios... Além de muitas áreas rosas que são ou vão ser os novos loteamentos...
Um pouco a situação parece ser de um convite para um monte de pessoas a ocupar uma casa que não está absolutamente preparada para receber tanta gente... Esgoto, abastecimento, limpeza, fiscalização, segurança, mobilidade, saúde...
Londrina foi pensada para 80 mil habitantes... agora tem mais de meio milhão. Isso não dá muito certo como estamos vendo... Temos que dar condições às pessoas que já moram aqui, antes de convidar novas pessoas... E empregos?
Pois é, definitivamente Rolândia tem uma vocação natural, histórica e amplo reconhecimento... Temos uma identidade que precisa ser definida e oficializada. Não precisamos imitar Arapongas, Cambé, Ibiporã... Indústria também pode fazer parte. Mas a partir de uma realidade local...
Temos muitos recursos hídricos, somos manancial regional e por isso recebemos anualmente R$ 5,6 milhões. Temos as melhores terras do mundo, pesquisa florestal que aqui aponta o maior incremento florestal do mundo, know-how agrícola, fama internacional e uma invejável vocação turística... atividade que tirou muitas nações da crise e que, ao contrário da automação industrial, absorve muita mão de obra...
Desculpem a longa "aula".
Várias vezes estes assuntos já foram colocamos à público, em reuniões bem frequentadas, com especialistas e divulgadas pelas redes sociais... Não são fantasias particulares, mas um momento claro pelo qual o mundo passa... de uma profunda CRISE AMBIENTAL.
É um momento que exige mais cautela e diálogo. Nosso medo é que pessoas que gostam de ver o circo pegar fogo ou fazer politicagem usem esta situação de conflito para fins destrutivos... E não precisamos provar que isso seja nossa intenção. Desde a época do pioneirismo muitas pessoas, como simples cidadãos, têm trabalhado voluntariamente e exaustivamente para Rolândia e região. Aguardamos o quanto antes espaço para buscarmos sintonias com o Poder Público e mais participação ativa da comunidade.