09/03/2017
Menino foi encontrado por uma passageira na tarde de quarta-feira (8).
Após ser atendida por hospital, criança foi levada para um abrigo municipal.
Luciane Cordeiro - do G1 PR -
FOTO ILUSTRATIVA DA NET
Um bebê recém-nascido foi encontrado abandonado em um banheiro da rodoviária de Rolândia, no norte do Paraná, na tarde de quarta-feira (8). A criança, um menino, ainda estava com o cordão umbilical quando foi localizado por uma passageira.
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De acordo com o conselheiro tutelar Luan Augusto Alves Amaral, o bebê estava no chão enrolado em uma peça de moletom e em um pano. A criança foi levada às pressas para o hospital San Rafael, onde fez exames, tomou as vacinas e um banho, e se constatou que estava com 2,4 kg. Um bebê saudável.
“Após a liberação do hospital, levamos o bebê para um abrigo municipal. Agora, a criança está à disposição do Poder Judiciário, que vai tentar localizar se esse menino tem pai ou algum familiar. É uma situação que impressionou todos os conselheiros”, declarou o conselheiro.
A administração da rodoviária informou que uma funcionária encontrou uma sacola no mesmo banheiro onde a criança foi localizada. "Nenhuma das funcionárias viu alguma mulher entrando no banheiro com uma criança de colo, então a suspeita é de que ela tenha levado o bebê dentro da sacola encontrada", diz o administrador do terminal José Antônio Mota.
A Polícia Civil abriu um inquérito para tentar identificar a mãe e os motivos do abandono.
"Estamos apurando junto aos postos de saúde e a hospitais do município para descobrir se alguma mulher deu à luz a essa criança na terça ou quarta-feira. Além disso, conversamos com o Conselho Tutelar para saber se eles estavam atendendo alguma mulher grávida em risco social. Por enquanto, estamos investigando duas situações suspeitas", diz o delegado Bruno da Silva Rocha.
O Conselho Tutelar informou que a mulher que abandonou a criança pode responder pelo crime de abandono.
"Há meios legais para a doação de criança. Por lei, quando a mãe não quer a criança, ela precisa comunicar o Conselho Tutelar sobre esse fato e quando chegar o momento do parto, o Conselho vai até o hospital e leva a criança até uma casa abrigo", conclui Luan Amaral.
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