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ROLANDIA E O NORTE DO PARANÁ

sábado, 15 de abril de 2017

ENFIM... O CINE / TEATRO OURO VERDE DE LONDRINA ESTÁ RECUPERADO

FOLHA DE LONDRINA

Ouro Verde: memória e reconstrução

Às vésperas de sua reinauguração, depois do incêndio, o Teatro Ouro Verde desperta lembranças emocionadas do público e dos artistas

Fotos: Gustavo Carneiro
Reformar o Ouro Verde, depois do incêndio, foi um desafio: era preciso manter a essência do projeto de Vilanova Artigas e reconstruir tudo com as adequações tecnológicas contemporâneas

Há cinco anos, Londrina perdia num incêndio o maior ícone da cultura da cidade: o Teatro Ouro Verde, parte da vida e do imaginário da população. Enquanto se espera a sua reinauguração, prevista para junho, a FOLHA foi buscar relatos que tratam da história e da saudade do principal teatro da cidade, que teve seu início como cinema. 

Um filme na memória 
"Eu entrei naquele salão enorme, pisei no carpete macio, as luzes piscaram coloridas. A cortina abria sozinha, era tudo automático. Eu fiquei encantado!". Paulo André Chenso tinha oito anos quando entrou pela primeira vez no Cine Ouro Verde. Vindo de Cafeara (PR), não conhecia avião, nem edifício. Em 1959, a sala já tinha sete anos de funcionamento. "Era como um parque de diversão, o cinema lotava. Eu saía da Vila Recreio, pegava ônibus na BR-369 quando ainda era tudo barro. Eu caí muitos tombos naquela lama", ri. A primeira sessão foi um pouco assustadora, muita movimentação: barulho, carros, carroças, e a ilusão de poder ser atingido pelas cenas. E foi. Paulo passou a amá-las com intensidade e passou a consumi-las em revistas, jornais, livros. Viveu intensamente o cinema, a essência do novo pensamento. 

Quando moço, trabalhava e estudava durante a semana e aos domingos não perdia a sessão. Espectador assíduo, o Cine Ouro Verde parece ter virado filme na memória. "Eu conheci cada pedra, cada granito, cada filete. Eu conhecia tudo! As poltronas Cimo, basculante... A gente assistia ao filme deitado. A decoração de mármore, o piso acarpetado, o ar-condicionado moderno, a cortina vermelha era de um veludo italiano importado, era tudo de primeira, era luxuoso. O espetáculo já começava antes do filme, era incrível!". 
Fora da sala de exibição havia ainda a convivência entre jovens de diferentes lugares e classes sociais, negócios milionários de café foram fechados no Bar Líder, próximo dali. O salão pertencia ao edifício Autolon, propriedade dos sócios Celso Garcia Cid, Jordão Santoro e Ângelo Pesarini, e tinha como objetivo trazer movimento ao prédio comercial. Deu certo. Projetado por Vilanova Artigas e executado por Rubens Cascaldi, o cinema contava com arquitetura e equipamentos que levavam os espectadores à modernidade. Foi inaugurado em 24 de dezembro de 1952 e em 1978 estava à venda, podendo se tornar qualquer outra coisa: banco, igreja, loja. Foi com a união entre Governo Federal e Governo Estadual que o Ouro Verde foi comprado e passou a ser administrado pela Universidade Estadual de Londrina – UEL. 


O velho cinema desperta lembranças emocionadas, há espectadores que se recordam de cada detalhe, desde a fachada ao seu interior

Teatro: personagens em carne e osso 
De um dia para outro, o cinema caiu nas mãos de Carlos Eduardo Lourenço Jorge, que trabalhava na universidade desde 1976. Jornalista, considerado um dos principais críticos de cinema do país, pela primeira vez iria administrar uma sala de exibição. "Eu dormi numa noite de 1978, não havia nada, e acordei com o Cine Ouro Verde no meu colo", relata reconhecendo o tamanho da responsabilidade. Com nova funcionalidade, houve reformas para que o espaço começasse a receber também espetáculos, nascia assim o Cine Teatro Universitário Ouro Verde. 

A partir daí, as artes se encontraram. O filme "Pixote" e o espetáculo teatral "Macunaíma" dividiram o mesmo espaço. Foi improvisado um alçapão para que "o herói sem nenhum caráter" nascesse da terra no meio do palco. Elis Regina, Projeto Pixinguinha, balés, recitais, orquestras, as atividades se multiplicavam. Grandes espetáculos vieram a Londrina, muito por conta do Festival Universitário de Teatro, que depois se tornou o Festival Internacional de Londrina, o FILO. Com início em 1968, o festival se fortaleceu tendo como principal palco o Ouro Verde. Juntos formaram uma cidade crítica, amante da cultura. 

No palco e nos bastidores 
Paulo Braz, ator, coordenador e curador do Filo, se lembra da primeira apresentação que fez no Ouro Verde, na década de 80 quando ele tinha 15 anos. "Extra! Extra! Leia hoje na Folha de Londrina, Luz del Fuego, pela segunda vez na cidade!", era a sua fala como vendedor de jornais no espetáculo "Bodas de Café", montado pelo grupo Proteu, dirigido por Nitis Jacon, com trilha de Arrigo Barnabé. A apresentação foi no aniversário de 50 anos da cidade. Premiado e apresentado pelo Brasil afora, teve aqui sua emoção maior. "Nós estávamos no maior teatro da cidade, apresentando para pioneiros. Contávamos a história deles e isso formou um jogo de cena de muita emoção. Eu, menor de idade, a peça censurada pelo o enredo que se entrelaçava com o momento político, falava-se sobre boias-frias, MST, prostituição. Mesmo com autorização do juiz para me apresentar, eu estava proibido de ver algumas cenas". Por algumas vezes, Braz teve que se esconder na coxia. Em 1985, foi a vez da peça "Toda Nudez Será Castigada", do grupo Delta, todos tiveram que se retirar e só entrariam com a comprovação da maioridade. Aquela noite ficou marcada pelas discussões, telefonemas, aglomeração na porta e enfrentamento de ações arbitrárias. 


O novo saguão foi reconstruído com riqueza de detalhes, impressionando quem chega ainda com saudades do antigo

Em 1992, foi a vez do dançarino japonês Kazuo Ohno mostrar sua arte. Paulo Braz conta que sua presença causou frisson na cidade. "Era bonito vê-lo sair do Hotel Cristal e descer o Calçadão à pé em direção ao Ouro Verde. A imprensa atrás, ele dançava com os meninos de rua. Isso me arrepia até hoje". Suas apresentações lotaram o teatro, atraindo pessoas de todos os lugares do Brasil. 

Em 1993, o Cine Teatro passou por reforma por meio do projeto "Velho Cinema Novo", do governo do Paraná, que visava reformar os cinemas do interior. Por ironia, a reforma foi o fim definitivo do cinema. A colocação de spots no meio da sala de espetáculos impedia a projeção. A obra apresentou alguns problemas, em 2003 a UEL enviou relatório ao governo pedindo providências. Mas, naquela década, ninguém imaginava que no futuro o Ouro Verde seria reduzido a cinzas numa tarde na qual a arte, literalmente, perdeu o chão.

sexta-feira, 14 de abril de 2017

FOTOS DE ROLÂNDIA By JOSÉ CARLOS FARINA






























































HOMENAGEM PÓSTUMA A IRINEU POZZOBON

Irineu Pozzobon foi diretor regional do IBC nas décadas de 60 a 80. chefiou o Serviço  Regional de Assistência à Cafeicultura. Escreveu um livro sobre "A epopeia do café no Paraná", 2006. Ele era especialista em café e cafeicultura. Concedeu dezenas de entrevistas sobre o assunto. A família foi pioneira em Rolândia. O pai dele, Pedro, foi proprietário de um estabelecimento comercial. Seu irmão, Darci, foi secretário das finanças de Eurides Moura, em 1983. Irineu residia atualmente em Londrina. Faleceu ontem. Descanse em paz. JOSÉ CARLOS FARINA

O Irineu Pozzobon nos deixou vários de seus livros aqui na Bimini para dar de presente aos visitantes interessados na história do café. Tenho orgulho deste personagem especial estar brilhando no filme "OURO VERDE" do amigo Fabio Cavazotti. Tanto o Irineu como o colega de trabalho dele, o fantástico Armínio Kaiser, tinham o sonho de um Museu do Café. Quem sabe prefeito Francisconi possamos fazer uma justa homenagem a estes homens que participaram ativamente na preservação de nossa história, através de um MUSEU IRINEU POZZON. Sentimentos à família. Dos amigos da Bimini. 
DANIEL STEIDLE

TURISMO EM LONDRINA ( PARQUE ARTHUR THOMAS )

BONDE

QUE TAL?

Parque Arthur Thomas é opção de passeio no feriado

Parque Arthur Thomas, reconhecido como Unidade de Conservação desde 1994, oferece várias opções de atividades, mesmo no feriado. A entrada é gratuita, e as visitas podem ser feitas de segunda a domingo, inclusive feriados, das 9 às 18 horas. O Parque Arthur Thomas fica localizado na Rua da Natureza, 155, Jardim Piza. 

Devido às fortes chuvas ocorridas em janeiro de 2016, a trilha da Cuíca está parcialmente aberta, sendo possível trafegar em aproximadamente metade dos seus 800 metros de extensão originais. As outras trilhas disponíveis são a da Cotia, que tem início próximo da escadaria, acima da cachoeira, com extensão de 611 metros; da Capivara, que circunda o lago e possui a maior extensão, com 1.687 metros; e a trilha do Tatu, inaugurada neste ano com 1.500 metros. 

Segundo a gerente de Áreas Verdes da Secretaria Municipal do Ambiente (SEMA), Alexsandra Carla da Vanço Siqueira, os animais silvestres do parque Arthur Thomas continuam sendo uma grande atração do local. "Em especial os macacos-prego, que dão um show para os visitantes. Temos também uma grande população de quatis e outros animais típicos da Mata Atlântica, como lagarto teiú, cágado, entre outros. E também as plantas, como Peroba-Rosa, Cedro, Cajarana, e Pau-d’alho."


Outro passeio muito interessante que pode ser feito no Parque Arthur Thomas é a visita ao mirante, com cerca de 12 metros de altura. "Ali é possível ter uma vista panorâmica do parque", destacou Alexsandra. 

Para a gerente de Áreas Verdes da Sema, é importante que a comunidade londrinense, e também das cidades próximas, conheçam e visitem o parque Arthur Thomas, unidade de conservação localizada dentro da área urbana. "São poucos os municípios com cachoeiras dentro da área urbana, como acontece em Londrina. É um privilégio, o que reforça a importância de a comunidade valorizar, defender e visitar", ressaltou. 

Recomendações – O parque conta com estrutura para receber passeios de grupos, inclusive com área de alimentação. Na lanchonete do Parque Arthur Thomas, seis grupos do programa Economia Solidária comercializam lanches e bebidas para os visitantes. 

É permitido levar a própria alimentação ao parque, desde que elas sejam consumidas fora das trilhas. No entanto, é proibida a entrada de bebidas alcoólicas, assim como alimentar os animais silvestres. Também não é recomendado levar animais domésticos ao parque. 

Além disso, é expressamente proibido caçar ou pescar no local. "O parque Arthur Thomas é um espaço próprio para prática do turismo de natureza. Ou seja, é voltado à contemplação, para pessoas que buscam reforçar esse contato com a natureza. Aqui, destacamos aos visitantes a importância de preservar e conservar a biodiversidade, garantindo a sustentabilidade do meio ambiente", frisou Alexsandra.

Redação Bonde com N.Com

TRUMP UM PERIGO PARA A PAZ DO MUNDO

Na cara que é um teste , para provavelmente ser utilizada na capital da Coreia do norte: pyongyang .


Por primeira vez na história, os americanos utilizaram o gigantesco projétil de 10 toneladas criado para destruir cavernas e túneis subterrâneos
EXAME.ABRIL.COM.BR