BONDE
ACUSADO DE ESTELIONATO
Câmara abre Comissão Processante contra Boca Aberta; confusão toma conta do plenário após votação
Por 16 votos a três, a Câmara Municipal de Londrina abriu uma Comissão Processante (CP) para investigar o vereador Boca Aberta (PR), acusado de estelionato, na tarde desta quinta-feira (6). A votação, a pedido do parlamentar, foi feita por ordem alfabética. Apenas Guilherme Belinati (PP), Jairo Tamura (PR) e o próprio Boca Aberta votaram contra a criação da comissão. A discussão terminou por volta das 19h, com a definição dos membros da CP (clique aqui para conferir).
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Após a votação que abriu a investigação, uma confusão generalizada tomou conta das galerias da Câmara. Apoiadores de Boca Aberta foram tirar satisfações e agrediram a enfermeira Regina Amâncio, que protocolou a denúncia contra o vereador. Os apoiadores também acusaram a mulher de ter jogado spray de pimenta contra uma criança no plenário. Ela negou e seguranças precisaram escoltá-la. Um policial à paisana teria sacado uma arma no local.
Guilherme Marconi/Grupo Folha
Após a votação, Boca Aberta se manifestou a respeito da abertura da CP. Disse que se tratava de um "complô", de um "golpe". Veja no vídeo abaixo.
Boca Aberta é acusado de estelionato por pedir doação a seus eleitores, por meio de vídeo divulgado nas redes sociais, para pagar uma multa eleitoral. A sessão na Câmara começou pontualmente às 14 horas e, após interrupções, o parlamentar teve 20 minutos para se defender. Ele negou "qualquer prática criminosa", disse que "crime é roubar o dinheiro do povo" e acrescentou que "é um cidadão do bem".
Nas gravações publicadas nas redes sociais, Boca Aberta dizia que foi multado por defender o povo de Londrina. Apoiadores do vereador fizeram um "panelaço" nas galerias da Câmara durante a sessão. A presença de seguranças foi necessária.
Guilherme Marconi/Grupo Folha
Antes de tudo, a defesa de Boca Aberta tentou impedir que os vereadores Jamil Janene (PP), Júnior Santos Rosa (PSD), Rony Alves (PTB), Roberto Fu (PDT) e Vilson Bittencourt (PSB) participassem da sessão. O motivo seria a imparcialidade deles no julgamento, por terem processos contra o denunciado na justiça. O juiz da 2ª Vara de Fazenda Pública de Londrina, Emil Tomás Gonçalves, porém, concluiu que, por se tratar de julgamento político, não cabia a suspeição solicitada pela defesa de Boca Aberta.
(com informações do repórter Guilherme Marconi, da Folha de Londrina.) (atualizado às 19h20.)
Redação Bonde