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Velório começou entre 22h e 23h desta quinta-feira (3), e corpo foi sepultado às 10h30 desta sexta-feira (4), no Cemitério Municipal. Luciano Tomitano, de 42 anos, tinha decolado em Rolândia; acidente aconteceu em Arapongas.
Por RPC Londrina e G1 PR
03/01/2019
Corpo de piloto de paramotor passa por dois IMLs antes de ser liberado para a família
O corpo de Luciano Tomitano, que morreu depois que paramotor que ele pilotava bateu em uma rede de alta tensão, foi enterrado em Maringá, no norte do Paraná. O acidente aconteceu na noite de quarta-feira (2), em Arapongas, na mesma região do estado.
O velório começou entre 22h e 23h desta quinta-feira (3), na sala 6 da capela do Sistema Prever, em frente ao Cemitério Municipal de Maringá, segundo a funerária. O sepultamento ocorreu às 10h30 desta sexta-feira (4), no Cemitério Municipal.
Liberação do corpo
Antes de ser liberado, no início da noite desta quinta, o corpo de Luciano Tomitano precisou ser levado para duas sedes do Instituto Médico-Legal (IML).
Inicialmente, ele foi levado para Apucarana, unidade mais próxima do acidente, onde chegou por volta das 21h30 de quarta-feira.
Mas, como não havia médico legista de plantão, ele foi levado para a sede de Londrina, que só realiza o exame de necropsia entre 7h e 23h, como recomendado por instrução técnica de medicina legal, conforme o IML. A liberação de corpos entre 23h e 7h só pode ser realizada se a necropsia tiver sido feita durante o dia, ainda de acordo com o Instituto.
O laudo de necropsia foi realizado em Londrina, e o corpo voltou à Apucarana às 15h45 desta quinta-feira, mais de 100 km de trajeto e 18 horas depois.
Na noite desta quinta, o corpo de Luciano foi liberado pelo IML, sem a identificação oficial. Como foi carbonizado, foi coletado material genético para um exame de DNA. Um familiar dele vai fornecer material para o teste.
Também será realizado um exame de arcada dentária. Os dois exames serão feitos em Curitiba.
De acordo com o IML de Apucarana, a vítima a tinha uma prótese no joelho, mas isso foi insuficiente para o reconhecimento do corpo.
Paramotor pegou fogo após bater em rede de alta tensão em Arapongas .
O acidente
Luciano Tomitano, de 42 anos, decolou em um paramotor em Rolândia, norte do estado, na quarta-feira. Segundo a polícia, após poucos minutos de voo, já em Arapongas, o equipamento se chocou contra rede elétrica de alta tensão e pegou fogo.
“Eles tinham acabado de decolar, estavam começando esse circuito que eles tinham planejado, quando veio a acontecer esse acidente. Nós ainda vamos apurar se houve alguma falha técnica pelo equipamento, ou se ele foi surpreendido por alguma condição climática, uma corrente de vento por exemplo”, explicou o delegado Aldair Oliveira.
O piloto morreu na hora. Só a lona do paramotor não foi atingida pelas chamas, e o motor ficou destruído. O equipamento vai passar por perícia, e a Polícia Civil pretende ouvir uma testemunha do acidente: um colega do piloto, que voava em outro paramotor, que viu a queda e chamou socorro.
Apenas a lona do paramotor não foi queimada no acidente — Foto: Victor Hugo Bittencourt/RPC
IML de Apucarana
Desde agosto, há um médico legista atendendo no IML de Apucarana, pois outros três nomeados anteriormente desistiram do cargo.
Ele tem que cumprir 80 horas de trabalho por mês, o que faz em uma única semana. Nas outras três semanas, é preciso recorrer ao IML de Londrina, que fica a 54km de distância.
O Governo do Estado diz que nomeou recentemente mais dois médicos, que estão preparando a documentação para começar a trabalhar, em 30 dias.
Segundo o IML, até o momento, nenhum atendimento foi prejudicado e, em casos pontuais, o IML de Londrina forneceu e continuará dando assistência aos atendimentos de Apucarana.