FOLHA DE LONDRINA
A Câmara Municipal de
Rolândia começou a sessão de julgamento do prefeito Luiz Francisconi Neto (PSDB) com os ânimos bastante agitados no final da tarde deste sábado (2). Dezenas de munícipes lotaram as galerias para acompanhar o processo que pode terminar com a cassação do mandato do chefe do Executivo, afastado desde setembro do cargo. Por conta disso policiais militares acompanham a sessão do lado de fora e na Câmara a segurança também foi reforçada.
De acordo com o presidente da CP (Comissão Processante), o vereador Irineu de Paula (PSDB), vão ser votados três quesitos pelos dez vereadores. Caso Francisconi seja considerado culpado por, no mínimo, sete vereadores em um destes quesitos, ele já terá o mandato cassado e quem termina a legislatura é o prefeito em exercício, o vice Roberto Negrão (PR).
Francisconi Neto chegou à Câmara Municipal pouco antes do início da sessão extraordinária e afirmou que estava muito tranquilo quanto a sua absolvição.
A sessão começou com muitas manifestações de munícipes contra o prefeito. Logo no início o presidente da Câmara, o vereador Eugênio Serpeloni (PSD), pediu calma aos mais exaltados. Em seguida, Serpeloni convocou o suplente do vereador João Salvador dos Santos (PSC), já que ele foi o autor da representação contra o prefeito e por isso não pode votar.
Em seguida, em comum acordo entre a defesa e o presidente da CP, foi dispensada a leitura da defesa prévia do prefeito.
Luiz Francisconi é acusado de ter direcionado uma licitação para favorecer a empresa Somopar no aluguel de um barracão do antigo Instituto Brasileiro do Café. De acordo com o Ministério Público cheques que totalizam R$ 150 mil foram depositados em sua conta e teriam sido o pagamento pelo suposto direcionamento na licitação.
Segundo o relator, o vereador Reginaldo Silva (PSC), o relatório aponta pela cassação do mandato e a sessão de julgamento pode até entrar na madrugada deste domingo (3).
Ao final dos trabalhos, e após colocado em votação os quesitos, os vereadores absolveram o prefeito por 6 a 4. Seis votos pela condenação e 4 abstenções. Para cassar era necessário 7 votos.
Vitor Struck
Reportagem local