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ROLANDIA E O NORTE DO PARANÁ

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

DEPUTADO COBRA REPÓRTER

Cobra Repórter quer duplicação e extensão do Contorno Sul de Arapongas até Contorno Sul de Rolândia

O deputado estadual Cobra Repórter (PSD) solicitou por meio de requerimento já aprovado na Assembleia Legislativa, a duplicação e a extensão da rodovia PR 986, no trecho que abrange o Contorno Sul de Arapongas até Contorno Sul de Rolândia. O requerimento é direcionado ao governador Ratinho Junior e ao diretor do Departamento de Estradas e Rodagem (DER), Coronel João Alfredo Zampieri.

De acordo com Cobra Repórter, é intensa a reclamação da população pela duplicação do trecho, uma vez que ele é muito movimentado e uma via essencial para o escoamento da produção da região. 

“Temos na região o maior polo moveleiro do país, é uma via extremamente movimentada e que precisa garantir a segurança para os motoristas de caminhões, carros e motos, além de pedestres. A segurança é a questão mais importante”, destaca Cobra Repórter.

VÍDEO ROLÂNDIA SANEPAR CONCLUI SERVIÇO ADUTORA ROMPIDA FARINA

NOTA DE FALECIMENTO ROLÂNDIA - PR.

NOTA DE FALECIMENTO FALECEU O SR VALDIR MONTENEGRO ( DIDI ) VELÓRIO CAPELA CENTRAL SEPULTAMENTO AS 17HORAS NOSSOS SENTIMENTOS A FAMÍLIA E AMIGOS.

MAURICIO PROMOÇÕES COMUNICOU


HERBERT BARTZ DE ROLÂNDIA - PR. INSPIRA LIVRO INFANTIL

agricultura.gov.com

Livro infantil que conta história sobre plantio direto é lançado em feira no PR
O Mistério do Ribeirão Vermelho

Durante visita à feira Show Rural Copavel, ministra participa do lançamento que trata de técnica sustentável de produção, com uso de palha e rotação de culturas

Publicado: 07/02/2019 11h50Última modificação: 08/02/2019 17h10

O susto com a cor vermelha do rio que corre perto de casa levou três crianças a questionarem o pai agricultor sobre o que estava acontecendo. Curiosas, elas descobriram que a vermelhidão da água foi causada pela terra arada sem proteção e levada pela chuva.

Os irmãos aprenderam com o pai que havia outra maneira de plantar sem agredir o solo e começaram um trabalho de conscientização dos produtores vizinhos. O final dessa história pode ser conhecida no livro “O Mistério do Ribeirão Vermelho”, primeira obra do país a tratar sobre a história das práticas agrícolas sustentáveis para o público infantil.

Inspirado na trajetória de Herbert Bartz, agricultor pioneiro na América Latina na adoção do que mais tarde foi chamado de sistema de plantio direto, o livro tem o objetivo de conscientizar, de forma lúdica e didática, alunos do ensino fundamental sobre o respeito à natureza e a conservação do meio ambiente.

A história de como Bartz introduziu o plantio direto na palha no início da década de 70, no interior do Paraná, foi contada na biografia “ O Brasil Possível”, escrita pelo jornalista Wilhan Santin e lançada no ano passado. Depois da boa repercussão entre os agricultores, pesquisadores e o público em geral, a obra foi adaptada pelo mesmo autor para as crianças de 5 a 12 anos e será lançada nesta sexta-feira (8), em Cascavel (PR).

“Era para ser uma cartilha, mas acabou virando um livrinho. Vemos como um marco para a educação e para mostrar o que a agricultura faz de bom”, disse Marie Bartz, bióloga e filha do pioneiro do plantio direto.

Plantio direto

Marie, que é representada por uma das crianças do livro, explica que a técnica descoberta pelo pai se baseia em três pilares, hoje reconhecidos pela Organização das Nações Unidas como princípios básicos da agricultura conservacionista: mínimo revolvimento, manutenção permanente de cobertura e a rotação de cultura atrelada à adubação.

“Nós somos uma referência para o mundo. Quando o produtor atende a esses pilares, a gente consegue uma agricultura mais sustentável e mais resiliente, equilibrada, que não fica tão dependente das intempéries ambientais, como a seca”, explicou Marie.

Pelo sistema do plantio direito, o agricultor utiliza processos que não revolvem totalmente a terra no momento da semeadura para não degradar o solo nem atingir o lençol freático. São utilizadas palhas para manter o solo úmido, reter nutrientes e atrair a presença de minhocas, que contribuem para aumentar a fertilidade.

A técnica, considerada a primeira revolução das práticas agrícolas no Brasil, também diminui o uso de máquinas e tratores reduzindo, assim, a emissões de gases do efeito estufa na atmosfera. O plantio direto hoje é uma das principais tecnologias que integram o Plano da Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC).

O plantio direto pode ser aplicado em propriedades de pequeno, médio ou grande porte. Também há experimentos na agricultura orgânica e é adaptável a diferentes culturas, como café, cana de açúcar, hortaliças, entre outros. A Federação Brasileira de Plantio Direito e Irrigação estima que 60% dos produtores já utilizam plantio direto no Brasil.

A bióloga ressalta, no entanto, que ainda é preciso melhorar a qualidade do sistema, principalmente com relação à rotação das culturas, que nem sempre traz retorno econômico imediato ao produtor. Marie acredita que o livro pode contribuir para difundir o conceito do plantio direto, principalmente onde predomina a tradição de práticas antigas.

Parte das edições do livro será distribuída na rede de ensino de Rolândia e Londrina (PR), região onde a técnica nasceu. Depois do lançamento, a versão em PDF do livro ficará disponível para download gratuito no site da Febrapdp em português, espanhol, francês, alemão e inglês.

Segundo Marie, o objetivo é produzir no futuro novos volumes para dar continuidade à história do Ribeirão Vermelho com outros conceitos e técnicas da agricultura sustentável.

Lançamento

A produção do livro “O Mistério do Ribeirão Vermelho” contou com o apoio da Itaipu Binacional e da Federação Brasileira de Plantio Direito e Irrigação. O lançamento ocorrerá durante a programação da 31ª edição do Show Rural Coopavel e terá a participação da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina.

Acompanhada dos secretários de Agricultura Familiar e Cooperativismo, Fernando Schwanke; de Aquicultura e Pesca, Jorge Seif Júnior, e de autoridades locais, a ministra desembarca na manhã desta sexta-feira (8) em Cascavel para visitar a feira, acompanhar o lançamento de tecnologias da Embrapa, entre outras atividades do evento.

O Show Rural Coopavel é um dos maiores eventos de agronegócio do país que reúne centenas de empresas e entidades. A feira destaca iniciativas de inovação tecnológica, novas pesquisas sobre desenvolvimento de técnicas de produção sustentável e de saúde animal, entre outros assuntos relacionados à agropecuária.

VÍDEO FRANCISCONI , O CRISTO RECRUCIFICADO DE ROLÂNDIA - PR.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

JUSTIÇA BLOQUEIA RECEITA PEDÁGIO VIAPAR PARANÁ

A 1ª Vara Federal de Curitiba concedeu nesta segunda-feira (11) liminar que determina a imediata indisponibilidade de 33% da receita bruta da concessionária de pedágio Viapar e também que suas controladoras (Queiroz Galvão, Carioca Engenharia e Cowan Engenharia) depositem em juízo 11% do valor que receberam da Viapar a partir de 2018.

A decisão atende pedido da força-tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal (MPF) no Paraná dentro da Operação Integração, que investiga um esquema de pagamento de propina ao grupo político do ex-governador Beto Richa (PSDB) em troca do aumento de tarifas e cancelamento de obras em rodovias. 

A operação apura a prática de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, estelionato e peculato na administração das rodovias federais no Paraná. As irregularidades, segundo o MPF, teriam se iniciado no ano de 1999, quando as concessionárias passaram a pagar propinas para obter aditivos prejudiciais ao interesse público.

A decisão também determinou a integral indisponibilidade da caução contratual prestada pela concessionária, proibiu que a Viapar aumente a remuneração de seus dirigentes, distribua lucros e obtenha empréstimo de instituição pública.

A liminar determina ainda que a União apure, até o final do mês de agosto, as irregularidades da concessão de rodovias para a Viapar, manifestando-se sobre a conveniência de manutenção do contrato. Caso a União decida pela caducidade da concessão da Viapar, a empresa será retirada da administração das rodovias por ter descumprido o contrato de concessão.

Na ação, o MPF pede a imposição de sanções da Lei Anticorrupção à concessionária Viapar e às controladoras Cowan, Queiroz Galvão e Carioca Engenharia. Além da reparação do dano, as empresas podem ficar impedidas de receber incentivos do poder público por até 5 anos.

O governo do Estado aderiu integralmente aos pedidos do MPF, por entender que as concessões rodoviárias do “Anel de Integração” eram operadas num contexto geral carente de amparo técnico, seriedade ou idoneidade.

Para a procuradoria, “os direitos dos usuários são violados sistematicamente" pelas práticas irregulares identificadas. Assim, o estado se posicionou em favor dos pedidos apresentados pelo MPF na ação. As irregularidades na administração da concessão começaram a ser apontadas por um grupo de trabalho do MPF em 2013.

Na época, foram identificados 13 atos secretos que beneficiaram as concessionárias, além de diversas doações eleitorais suspeitas. A investigação comprovou que tais atos eram editados como contraprestação por propinas pagas sistematicamente pelas concessionárias.

No caso da Viapar, a investigação identificou que a concessionária, em razão do pagamento de propinas, conseguia aprovar aditivos suprimindo obras indevidamente, dentre as quais a duplicação da BR-369 entre Campo Mourão e Cascavel e do contorno de Maringá e, mesmo assim, elevar a tarifa cobrada dos usuários.

Na ação, o MPF pediu o reconhecimento da nulidade de diversos aditivos ao contrato da Viapar, elaborados nos anos de 2000, 2002, 2014, 2015 e 2018 em prejuízo dos usuários das rodovias administradas. Todos estes atos administrativos foram elaborados num contexto de corrupção de agentes públicos (os graves problemas decorrentes das modificações contratuais seriam sintomas disso).

Os valores dos danos materiais causados pela Viapar, somados aos danos morais, ultrapassam R$ 3 bilhões. Na primeira fase da Operação Integração, que teve foco nas irregularidades da concessionária Econorte, foram presos Nelson Leal Jr., ex-diretor do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), e Hélio Ogama, ex-diretor da Econorte.

Ambos, que atualmente colaboram com as investigações, confessaram que a elaboração dos aditivos ocorria em um contexto de pagamento de propinas. Já na segunda fase da Operação Integração, o aprofundamento das investigações levou à prisão de dirigentes de outras concessionárias e também da regional paranaense da ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias).

Em 2012, análise de auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) identificou diversas irregularidades nesses aditivos.

A Viapar informou ainda não ter sido citada ou intimada da decisão, e assim que for irá se manifestar no processo judicial com as medidas cabíveis. 

(O Diário)