JOSÉ CARLOS FARINA, BLOGUEIRO E YOUTUBER

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ROLANDIA E O NORTE DO PARANÁ

sábado, 26 de março de 2011

ALEXANDRE FARINA DA TERRA ROXA NO SBT

ALEXANDRE FARINA E O NORTE DO PARANÁ

Meu sobrinho, Alexandre Farina, diretor executivo da Terra Roxa - Desenvolvimento do Norte do Paraná foi entrevistado hoje pelo SBT de Londrina para falar sobre o seu trabalho frente a esta empresa de fomento das potencialidades econômicas e culturais do Norte do Paraná. Entre outros fatos importantes Alexandre afrmou que já mantem centenas de contatos com empresas e universidades de paises da Europa, Estados Unidos, Ásia e Mercosul. Alguns empreendimentos já estão em desenvolvimento e espera-se muitos outros a partir dos próximos meses. Alexandre afirmou que os empresários europeus e americanos ficam encantados com os solo, o povo e o clima do norte do Paraná e não se cansam de repetir que temos aqui uma estufa natural a céu aberto, onde tudo o que se planta dá. Parabéns Alexandre. Desejamos sucesso a você e a Terra Roxa - Desenvolvimento do Norte do Paraná. Pedimos a você que, se puder, ajude a divulgar os meus vídeos e as minhas fotos do Norte do Paraná junto a estes empresários do exterior. Eu também amo muito Rolândia e todo o Norte do Paraná. Teu saudoso avô, José Farina, de saudoso memória, que ajudou a desbravar o norte do Paraná estaria muito orgulhoso de você. Parabéns pelo seu trabalho e liderança. JOSÉ CARLOS FARINA - ADVOGADO - ROLÂNDIA - PR.

quinta-feira, 24 de março de 2011

terça-feira, 22 de março de 2011

MINHA INFÂNCIA EM ROLÂNDIA - ANOS 60

BONS TEMPOS QUE NÃO VOLTAM MAIS

Nasci na cidade de Rolândia, norte do Paraná, mas sempre tive um pé na cidade e outro nos sítios de café dos meus avôs e tios. A partir dos meus 8 anos passava todas as minhas férias no sítio do meu avô materno Juan Martin. Lá morava o meu primo mais querido, o Toninho, conhecido por Preto. Como era costume, as crianças a partir dos 8 anos ajudavam os pais na lida do café e dos cereais. Eu, meu primo e irmãos ajudávamos os avós e tio até as 15 horas e depois éramos liberados para brincar. O nosso trabalho era capinar, limpar os troncos dos cafeeiros para facilitar o rastelamento, panhar café, "virar" o café para secar no terreirão, amontoá-lo à tardezinha, ajudar a lavar os grãos para separar a terra e impurezas e ajudar a ensacar. Uma certa época, nos anos 60, minha mãe pegava café para separar as impurezas em casa. Os comerciantes de café cediam umas máquinas onde os grãos caiam em uma esteira de pano. Com um pedal íamos
movimentando a esteira e tirando os torrões, pedrinhas e pequenos pedaços de madeira. Eu e meus irmãos ajudávamos todo dia a nossa mãe. Era uma maneira de ajuntarmos uns troquinhos para assistirmos o matinê do cinema aos domingos. Até hoje me lembro de cheiro do café beneficiado. Na década de 60 teve um ano que o preço do café caiu tanto que as maquinas de café cederam de graça aquele café mais quebrado. Meu avô pegou logo uns dois ou três caminhões para usar como adubo. Lembro-me que vinha muita gente pegar aquele café para torrar e consumir. Mais tarde, já mocinho viajava sempre com meu pai (que era corretor de terras) para mostrar propriedades agrícolas aos seus clientes. Por todas as estradas que andávamos de jipe víamos apenas enormes cafeeiros. O norte do paraná era um imenso cafezal. O mais lindo e vistoso do mundo. Pés com até 2,50 metros, verdinhos e saudáveis. As nossas terras sempre foram as melhores do Brasil. Quase
todos os proprietarios davam empregos para os porcenteiros. Estes trabalhavam muito e tinham muita fartura. Criavam uma vaquinha, porcos e galinhas, tinham um cavalo com carroça. Aos sábados na roça infalivelmente acontecia os bailes de sanfona de barracas cobertos com lona. Havia uma amizade sincera e muito companheirismo. Os jovens voltavam a pé para a casa sob a lua cheia, conversando e contando piadas. Falávamos sobre as namoradas para quem ainda não havíamos declarado o nosso amor5. As domingos a diversão era banhos na cachoeira, pesca, caçar passarinhos com estilingue e futebol. A noite meu avô sempre recebia os amigos para ouvir as notícias no rádio. Eu e meu primo fícavamos ouvindo sentados ao lado do fogão caipira, tomando café e comendo pipoca feita com gordura de porco. Após ouvir as notícias meu avô, meu tio e os amigos começavam a contar causos de assombração. O duro era dormir com a lamparina apagada com medo de que
aquelas assombrações fossem aparecer. Me orgulho muito da infância e juventude que tive aqui em Rolândia-Pr., dividindo o meu tempo entre cidade e sítio. Amo minha região e minha família. Temos aqui uma das melhores terras do mundo e um povo honesto e trabalhador. Sinto saudade daqueles tempos e se pudesse viveria tudo outra vez. Um abraço a todos os norte paranaenses. Deus abençoe a todos. JOSÉ CARLOS FARINA - ADVOGADO - ROLÂNDIA - PR.