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Depois de uma semana de trégua, a chuva voltou com força em Apucarana. Na tarde de ontem, uma rajada de vento que durou apenas cerca de 10 segundos, de acordo com relato dos moradores, derrubou árvores, muros e afetou cerca de 30 residências no Núcleo Habitacional Adriano Corrêa, na saída para Curitiba. Uma família precisou ser desalojada.
Os danos de maior monta aconteceram em moradias da Avenida Serra da Mantiqueira, ruas Serra da Prata e Serra da Ortigueira. “Estava com minha neta e foi tudo muito rápido. Minha casa toda estalou, achei que ela ia cair. Em segundos o vento levou quase todo o telhado. Graças a Deus ninguém se machucou”, disse a moradora Diva Estrassacapa, ainda em choque, enquanto acompanhava os bombeiros cobrirem a casa com lona plástica.
Também assustada, Amália Zanchin dizia ainda não saber exatamente o que tinha acontecido. “Foi muito rápido. Só deu tempo de pegar minha neta de três anos e me trancar no banheiro. Não consigo entender o que aconteceu”, afirma.
Equipes da Defesa Civil, bombeiros, guardas municipais e funcionários da prefeitura estiveram no local para auxiliar as vítimas. O prefeito Beto Preto (PT) e o vice-prefeito Júnior da Femac (PDT) também estiveram no local. “Vim prestar a minha solidariedade às vítimas e a toda esta comunidade do Núcleo Adriano Corrêa. Assim que recebi esta triste informação, determinei que todas as nossas equipes, com máquinas, caminhões, operários, se direcionassem o mais rápido possível para prestar ajuda aos moradores”, lamentou o prefeito.
O coordenador da Defesa Civil no município, Edinei da Silva, explica que é difícil entender o que aconteceu. “Relatos dão conta de que o vendaval que fez todo esse estrago durou menos de um minuto. Além disso, os estragos ficaram concentrados em um pequeno trecho do bairro. Várias outras casas no entorno não foram afetadas. É uma situação bastante atípica”, destaca.
Até o final desta edição, os estragos ainda estavam sendo contabilizados pelas equipes, que ainda trabalhavam para tirar escombros de muros, barro e árvores caídas das ruas. Ninguém ficou ferido. Uma mulher passou mal e foi atendida por uma equipe dos bombeiros, sem necessidade de encaminhamento a alguma unidade de saúde. Uma família teve que ser desalojada até que a casa onde eles moram pudesse ser vistoriada e reparada.