JOSÉ CARLOS FARINA, BLOGUEIRO E YOUTUBER

quarta-feira, 20 de junho de 2012

ROLÂNDIA E REGIÃO COM PROBLEMAS NO ABASTECIMENTO DE ÁGUA

BONDENEWS
A Sanepar informa que, em função da forte chuva dessa terça-feira (19), as cidades de Apucarana, Arapongas, Rolândia, Bela Vista do Paraíso, Florestópolis, Porecatu e São Pedro do Ivaí estão com o abastecimento prejudicado nesta quarta-feira (20). Equipes de manutenção trabalham com a previsão de normalização do abastecimento ainda hoje. 

Na cidade de Florestópolis, o abastecimento está paralisado em função da inundação do principal poço que atende a cidade. A previsão é que a produção de água seja retomada durante a tarde e que a normalização do abastecimento aconteça de forma gradativa. 

Em Porecatu, a queda de postes de energia afetou o principal poço produtor de água que abastece a cidade. Não há previsão de retorno da energia. A Sanepar trabalha com a previsão de restabelecer a normalidade do abastecimento na noite desta quarta-feira (20). 

São Pedro do Ivaí teve a captação de água do Rio Barbacena inundada durante a madrugada. A Sanepar teve que paralisar o tratamento de água, que foi retomado por volta das 9h30 da manhã. Os níveis dos reservatórios de água estão muito baixos e o abastecimento deve ser normalizado de forma gradativa durante a tarde. 

As cidades Apucarana, Arapongas, Rolândia e Bela Vista do Paraíso tiveram a capacidade de produção reduzida em função da chuva e da elevação da turbidez da água nos mananciais de captação de água. A Sanepar foi obrigada a reduzir a capacidade de produção nestas cidades e está com os níveis dos reservatórios muito abaixo do normal. 

A Sanepar pede a colaboração para que os sistemas se recuperem o mais rápido possível. Moradores de imóveis que possuem caixa d’água com reserva suficiente para 24 horas, conforme norma da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), não deverão sofrer desabastecimento. Mais informações pelo 
Serviço de Atendimento ao Cliente: 115. Em São Pedro do Ivaí, o atendimento ao cliente é feito pelo (43) 3451-1372.

VÍDEO CORNÉLIO PROCÓPIO - PR. By FARINA

VÍDEO PITANGUEIRAS - PR. By FARINA

VÍDEO BELA VISTA DO PARAÍSO - PR. By FARINA

VÍDEO IBIPORÃ By FARINA

VÍDEO MARINGÁ By FARINA

VÍDEO ARAPONGAS By FARINA

VÍDEO DE CAMBÉ By FARINA

VÍDEO APUCARANA À NOITE - By FARINA

PARQUE ESTADUAL EM CORNÉLIO PROCÓPIO - "SÃO FRANCISCO"

FOLHAWEB

Um oásis verde no Norte Pioneiro

Parque São Francisco, nos municípios de Cornélio Procópio e Santa Mariana, é o principal remanescente da Mata Atlântica na região
A mata apresenta uma biodiversidade considerável que está sendo estudada por universitários
Fotos: Wilhan Santin e Divulgação/IAP
Na última segunda-feira uma onça-parda se refugiou em uma propriedade da zona rural próxima ao parque
Devanil José Bonni, chefe do IAP, ao lado de uma peroba-rosa, uma das espécies mais imponentes do parque
O Parque Estadual Mata São Francisco, com pouco mais de 832 hectares, é um pedaço da Mata Atlântica que restou na regiãoNesta semana, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a pesquisa Indicadores de Desenvolvimento Sustentável 2012. Os dados são tristes em relação à Mata Atlântica, o bioma mais devastado do País. Restam apenas 12% - ou 149,7 mil km2 - da área original, que já foi de 1,8 milhão de km2. 

No Norte Pioneiro do Paraná, às margens da BR-369, ocupando áreas dos municípios de Cornélio Procópio e Santa Mariana, está um pequeno, porém rico, pedaço do que restou de Mata Atlântica na região. O Parque Estadual Mata São Francisco tem pouco mais de 832 hectares e guarda uma biodiversidade considerável segundo biólogos ouvidos pela FOLHA. 


Desde 1997 pertencente ao governo do Paraná, a mata São Francisco foi comprada de uma família que era proprietária das terras pela Companhia Energética de São Paulo (Cesp), naquela época responsável pela construção das usinas hidrelétricas de Canoas 1 e Canoas 2, no Rio Paranapanema, na divisa dos Estados de São Paulo e Paraná. ''Foi uma compensação ambiental devido ao alagamento de terras paranaenses por causa das usinas. A Cesp comprou e doou ao governo do Paraná'', explica Devanil José Bonni, chefe do escritório regional do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e gerente do parque. 



Antes disso, a mata esteve ameaçada de ter grande parte de suas árvores derrubadas. Como não fazia parte de uma fazenda, mas era considerada uma propriedade individual, com escritura própria, a legislação permitia que 80% da área fosse desmatada, restando apenas a reserva legal de 20%. 



Houve mobilização de ambientalistas e de outros setores da sociedade e a São Francisco permaneceu em pé, tornando-se parque estadual e unidade de conservação. 



Atualmente, o parque conta com estrutura para receber grupos de visitantes, tem salas de recepção e vídeo, banheiros e funcionários, como guarda-parque e vigilantes, e uma trilha de 1,6 mil metros por dentro da mata. O passeio por ela é boa oportunidade de contato muito próximo com a natureza. Em torno de 350 pessoas por mês, principalmente estudantes, visitam o parque. 



Quem percorre a trilha tem uma boa noção de como era o Norte do Paraná quando os primeiros colonizadores chegaram à região. Árvores imponentes como a peroba-rosa são várias pelo caminho. Quanto aos animais, é difícil visualizar algum durante o passeio. Eles preferem manter prudente distância dos humanos, buscando esconderijos entre a vegetação. Bugios e macacos-prego são o que mais costumam se mostrar aos visitantes, segundo o gerente do parque. 



Mas embora não se mostrem com frequência, os animais estão por ali. Pesquisadores já registraram, com fotos ou colhendo vestígios como pegadas e fezes, entre outros animais, veados, tamanduás, macacos, capivaras, pacas, cutias e até onças-pardas. 



Durante a visita da reportagem, só foi possível ver papagaios que estão em processo de introdução, ou reintrodução como prefere o gerente - já que os papagaios um dia habitaram as matas do Norte do Paraná -, no parque. 



''Eles foram apreendidos no fim de 2011 pela Polícia Rodoviária Federal. Estavam nas mãos de contrabandistas. Trinta exemplares ficaram conosco'', comenta Bonni. Ontem, a FOLHA publicou reportagem que mostra que aumentou 256,8% de 2010 para 2011 o número de apreensões de animais silvestres nas rodovias federais que cortam o Paraná. 



Nos próximos meses, um projeto que visa oferecer aulas regulares aos alunos de escolas de Cornélio Procópio e Santa Mariana deve começar na Mata São Francisco.