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O ex-prefeito de Londrina e deputado estadual Luiz Eduardo Cheida (PMDB) e o atual prefeito da cidade, Barbosa Neto (PDT), protagonizaram ontem uma discussão sobre o caso Sanepar. Em entrevista coletiva na manhã de ontem, Barbosa criticou o peemedebista por ter prorrogado o contrato com a Sanepar em 1995. Questionado sobre o assunto pela reportagem, Cheida informou que vai solicitar ao Tribunal de Contas (TC) do Paraná que verifique a legalidade da contratação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para fazer um levantamento patrimonial da companhia de saneamento. Amparada no artigo 24 da Lei de Licitações, a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) contratou a FGV sem licitação por R$ 595 mil por três meses. O contrato foi anunciado anteontem pela CMTU.
''O prefeito vai pagar mais de meio milhão de reais para uma consultoria que não é necessária. A Sanepar é concessionária de serviço público e tem obrigação de fornecer todas as informações de que o município necessita'', declarou Cheida. ''Vou levar esse fato ao Tribunal de Contas na próxima segunda-feira.''
Na entrevista coletiva ontem de manhã, Barbosa justificou a escolha da FGV. ''Não podemos entrar numa discussão de um contrato bilionário sem antes ter os números reais. Consultamos o Instituto Brasileiro de Consultoria e o preço (da FGV) está abaixo de praticado por outros e até por ser uma fundação de notório saber jurídico como é o caso da FGV'', declarou o prefeito.
Os dados incluem um levantamento sobre o patrimônio da empresa em Londrina, valores investidos ao longo dos anos, faturamento e eventual reversão de bens ao patrimônio municipal, e devem embasar decisão do município sobre o futuro dos serviços de esgoto e abastecimento de água, terceirizados para a Sanepar em 1973 pelo ex-prefeito José Richa. O contrato expirou em 2003, segundo o município, e as leis municipal e federal sobre saneamento urbano determinam que contratos antigos sejam revistos. Desde então, o contrato entre o município e Sanepar vem sendo prorrogado emergencialmente.
A Sanepar, em manifestações anteriores de seus direitores, entende que o contrato original está em vigor porque em 1995 - oito anos antes do fim do contrato - o então prefeito Cheida teria prorrogado o contrato por mais 30 anos. Tal prorrogação seria irregular, uma vez que os procedimentos ocorreram através de termos aditivos.
Barbosa questionou a prorrogação feita naquela época. ''Teve prefeito que fez um contrato de gaveta entre a prefeitura e a Sanepar, nem mandou para a Câmara Municipal. Na verdade, ele deveria ser responsabilizado civil e criminalmente pelo lucro cessante e até pelos prejuízos que a prefeitura teve nesses últimos anos. Renovar precariamente o contrato é um desserviço e o município abriu mão de milhões e milhões de reais'', disse o prefeito em entrevista coletiva.
Cheida afirmou que a prorrogação ocorreu regularmente, mas não se lembra detalhes e por que razão ocorreu 8 anos antes do fim do contrato. O deputado desafiou Barbosa a processá-lo pela suposta irregularidade. ''Se o prefeito acha que houve danos ao erário é obrigação dele me denunciar, exigir providência sob pena de estar prevaricando'', afirmou Cheida.
Loriane Comeli
Reportagem Local
ate quando vamos ter aguentar esse prefeito!!!
ResponderExcluiragora ele vai terceiriza UPA(que esta com a obra atrasada a meses), com qual objetivo???
ano eleitoral...patrocina campanha, não convoca os aprovados em concurso publico, qual desses motivos????
já sei!!!ter mais um desviu milionário como aconteceu das outra vezes(ciap, galax...)
sera que acertei???