CAUSO VERDADEIRO
Há muito tempo atrás um dos meus sobrinhos foi no cemitério depois da meia noite com uns amigos provar que era corajoso. Sabe... aquelas coisas que os jovens fazem só para zuar e rirem mais tarde... Estavam num grupo de mais ou menos seis jovens. O meu sobrinho (puxou com o tio) não se deu por satisfeito, deixou o grupo na entrada do cemitério onde fica o "cruzeiro" e falou: - eu vou lá no meio, quem quer ir? Apenas um aceitou. Foram. chegando lá, onde tem aquelas sepulturas antigas, com "capelinhas", com portas de vidros, telhados... ficaram lá em pé olhando para lá e para cá todos arrepiados de medo. De repente, um gato ou um gambá ( sei lá) sai de dentro de uma daquelas "capelinhas" (na hora não viram) e acaba soltando um dos vidros que caiu fazendo um enorme barulho... Blammmmmm!... Pensando trata-se de uma assombração ou fantasma (na hora não dá pra pensar muito)... ficaram imediatamente com os "cabelos em pé". correu aquele frio de baixo em cima da espinha... deram um grito assustador (nem precisaram forçar) e criando "asas nos pés" saíram correndo (melhor dizendo voando)... quando passaram em frente ao grupo, não conseguiram falar (a voz não saia) apenas gesticularam apontando lá pra trás. Um dos amigos falou: - não liga não este cara aí está zuando com a gente, deve ser mentira. O outro falou: - não é não, vê a cara deles, estão com medo e com os "cabelos em pé... De repente todos estavam com o "cabelo em pé" também e correndo.. voando.... em direção ao muro (o portão estava frechado) Chegando no muro, não precisaram por os pés para pularem, apenas se apincharam e - voando literalmente -, cairam do outro lado. Já estando fora do cemitério continuaram a correr e só foram para lá na frente, a uns 100 metros... Na dúvida se era gambá, gato ou assombração, nunca mais voltaram no cemitério à noite. Provaram só esta vez que são machos. Fora alguns pequenos detalhes esta história é verdadeira e os personagens estão ainda entre nós para confirmar. Escaparam ilesos das garras da assombração.... JOSÉ CARLOS FARINA
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