R O L Â N D I A W O O D
A opinião sobre o triste fim do Hotel Rolândia, publicada na Folha de Londrina (20-02), pelo Professor Marco Antônio, Coordenador do Centro de Documentação e Pesquisa Histórica da UEL, nos dá um recado urgente: não só sobre a agonia e morte de marcos históricos, mas a extinção da identidade do lugar onde vivemos. O aparente progresso do momento é apenas material, de curta duração. A convivência social sofre e vivemos um vazio enorme onde o tempo nos foge... Abre-se terreno fértil para solidão, stress, crise existencial, especulação, violência e vícios de toda espécie. Tudo desanda! E a culpa não é só dos políticos. Mudança pode parecer fantasia de filmes de cinema. Mas é a fantasia que faz as pessoas se reerguerem. Rolândia orgulhava-se com seus numerosos hospitais e seus 3 cinemas. Hoje não tem cinema e seu único hospital não dá conta, mas a cidade pode voltar a brilhar nas telonas através de “Cinemas Comunitários”. O Cinema, além do lazer social, que no escurinho faz todo mundo ser igual, dá recados inspiradores. Por exemplo, o clássico sobre Gandhi fala: “que a pobreza só pode ser eliminada se as habilidades locais forem ressuscitadas... e o lugar onde moramos só poderá progredir se não importarmos a infelicidade dos outros”. Vamos então voltar a dar mais importância às pequenas felicidades locais? Filmadoras, celulares e máquinas fotográficas que registram e divulgam as belas coisas e belas idéias pessoais não devem se limitar ás redes sociais. Numa telona de um velho lençol de cama podemos mostrar, partilhar e discutir o brilho de nossas vidas. Pelo cinema, utopia se torna real!
DANIEL STEIDLE
Rolândia, 26-02-13.
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