FONTE: TN ONLINE - APUCARANA - foto by FARINA
Em face da iminente lotação dos espaços existentes, o prefeito de Apucarana, Beto Preto (PT), confirmou que o município corre contra o tempo para viabilizar um terreno adequado para a construção de um cemitério popular. Contudo, uma situação ainda mais emergencial pode vir à tona. Sob o argumento da preservação ambiental, uma ação popular de autoria sigilosa pede a suspensão dos sepultamentos nas três cemitéiros do município.
Segundo o prefeito, a busca por área apta a receber um cemitério é tratada de “maneira objetiva”. “Já temos alguns locais em mente, mas ainda não é possível informar quais são”, diz. Conforme Beto, o objetivo é construir um “cemitério popular”. “Os espaços serão vendidos a preço de custo para proporcionar um sepultamento digno, sem onerar ainda mais os cidadãos”, informa.
Ação popular com pedido de liminar, impetrada segunda-feira, pede a interdição dos cemitérios Cristo Rei, Saudade e o do Distrito de Pirapó. O advogado Elvio de Freitas Leonardi, procurador da ação, alega que nenhum das três cemitérios de Apucarana segue o plano de recuperação ambiental do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), de 2003. “Dez anos é tempo suficiente para regularizar e não foi o que aconteceu”, argumenta.
Segundo ele, a liminar faz dois pedidos: suspender os sepultamentos até que o município regularize a situação ou interromper temporariamente os enterros apenas nos ossuários verticais, chamados de “gavetas”. “Essas gavetas não possuem licenciamento ambiental”, justifica. O advogado informa que a ação aguarda apreciação do juiz Laércio Franco Júnior. “Mesmo se forem negadas as liminares, estudaremos outro recurso viável”, adianta ele, que manteve sigilo sobre o responsável pela ação.
O prefeito Beto Preto reconhece o problema e o credita à falta de planejamento das gestões anteriores. “Nos últimos 12 anos, a Aserfa (Autarquia de Serviços Funerários de Apucarana) foi abandonada e tratada sem nenhum investimento. Então, o que não foi feito em mais de dez anos, estamos tendo que resolver em um ano e meio. Se essa liminar for aceita, teremos que obedecer a Justiça”. À reportagem, o presidente da Aserfa, Franciley Preto Godoi, o Poim, afirmou que o Cemitério da Saudade está mais cheio, mas que Cristo Rei tem vagas suficientes para suprir a demanda atual.
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