Funcionários da indústria GNB Baterias, com sede em Londrina, paralisaram as atividades ontem, para pedir melhores condições de trabalho, participação nos lucros e resultados (PLR), cesta básica e plano de saúde. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Londrina e Região, a principal reclamação é pelo mau tratamento dispensado aos funcionários, o que causa alta rotatividade. Por meio de assessoria de imprensa, a diretoria da empresa nega problemas do tipo e diz que o sindicato nem ao menos apresentou tal questão durante a negociação de ontem.
Segundo a entidade de trabalhadores, todos os 260 funcionários pararam ontem, relataram muitos casos de xingamentos e que, quando apresentam algum atestado por problema de saúde, são obrigados a trocá-los por outros que exijam menos dias sem atividade. "A empresa tem um giro muito grande de funcionários. A maioria nem fica seis meses no trabalho", diz o diretor presidente do sindicato, Sebastião Raimundo da Silva.
A assessoria da empresa nega que os problemas tenham sido discutidos e informa que o objetivo da paralisação foi adiantar uma negociação sobre PLR, plano de saúde e cesta básica. Conforme a empresa, os itens estão na pauta de reivindicações da Convenção Coletiva de Trabalho e só podem ser discutidas no fim do ano, com o sindicato patronal.
Silva afirma que, se não houver negociação, o caso será denunciado ao Ministério Público do Trabalho. Já a GNB informa que conseguiu uma liminar de interdito proibitório contra o sindicato, que teria impedido a entrada na empresa de funcionários que queriam trabalhar ontem e de fornecedores terceirizados.
Fábio Galiotto
Reportagem Local
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