200 mil moradores foram prejudicados com vendaval em Londrina
- Pauline Almeida
Cerca de 200 mil moradores de Londrina foram afetados pelo vendaval desse domingo (22). A informação foi repassada pelo prefeito Alexandre Kireeff (PSD) em entrevista coletiva, na manhã desta segunda-feira (23). O município ainda não finalizou o impacto total de prejuízos, relatório que vai dizer se será decretada situação de emergência ou não.
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Kireeff informou que o decreto depende de questões objetivas. "A mensuração do impacto econômico, da valoração e todos os impactos do vendaval no município de Londrina. Tem que haver uma proporção entre os impactos econômicos e o PIB para que seja estabelecido legalmente uma condição de emergência e abrir a possibilidade de recursos", explicou.
Após o vendaval, a prefeitura disponibilizou 48 servidores, entre Defesa Civil, Guarda Municipal, Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) e secretarias de Obras, Ambiente e Agricultura. Também estiveram presentes nos atendimentos 50 bombeiros e 78 funcionários da Copel.
De acordo com dados da prefeitura, 16 guardas foram deslocados para operações de trânsito. A CMTU colocou três equipes nas ruas para restabelecimento de 20 semáforos, sendo que sete continuavam sem energia até a manhã desta segunda-feira.
Os funcionários da companhia também auxiliaram os trabalhadores da Secretaria de Obras no desbloqueio de 18 vias obstruídas por árvores, como as avenidas Dez de Dezembro e Higienópolis e as ruas Gomes Carneiro e Fernando de Noronha.
Controle de danos
O prefeito contou que já havia feito uma reunião há cerca de 15 dias com a Defesa Civil para prever como seria a ação, caso acontecessem desastres naturais, comuns nesta época do ano. Ele informou que o controle dos prejuízos será executado em três etapas.
Inicialmente, ganharão atenção os problemas que trazem risco de morte e saúde para os moradores. Em um segundo momento, será executada a desobstrução de vias, começando pelas de maior fluxo. Por fim, a prefeitura dará atenção à limpeza e ações necessárias para que Londrina volte à normalidade.
Kireeff pediu paciência à população e também ajuda. Os moradores devem recolher os detritos que estiverem em frente a suas residências, sem o uso de água. Os resíduos devem ser colocados em sacos de lixo para que sejam recolhidos pelos trabalhadores da coleta.
Atendimentos
A Defesa Civil, através do telefone 199, e a Guarda Municipal, pelo 153, receberam 403 chamados, sendo 73 de quedas de árvores, 21 de destelhamentos e 21 de problemas com fios da rede elétrica. O Corpo de Bombeiros atendeu famílias que tiveram coberturas das residências retiradas, distribuindo lonas.
Os bairros mais afetados pelos destelhamentos foram o Vista Bela e o Novo Horizonte, ambos conjuntos habitacionais populares. O município acionará o seguro desses bairros e a Defesa Civil Estadual para que os moradores recebam auxílio na reconstrução.
Em Londrina, 120 mil domicílios ficaram sem energia elétrica com a queda de aproximadamente 30 postes e cinco torres de transmissão. No início da manhã de segunda-feira, 15 mil ainda aguardavam a volta da luz.
Já a água ficou cortada em cerca de 40 mil domicílios entre as 14h e 21h de domingo, por causa da falta de luz que atingiu a captação dos sistemas Tibagi e Cafezal. A Secretaria de Educação registrou danos em 35 escolas, sendo que dez tiveram as aulas suspensas.
Na manhã desta segunda-feira, a CMTU fez a limpeza do Calçadão, onde várias árvores e galhos foram quebrados.
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