FOLHA DE LONDRINA
Sema cogita abate de pombos
Sema estima que população das aves chegue a 400 mil na zona urbana
Londrina - A reunião realizada ontem pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema) com representantes de classe do setor rural, a fim de tentar definir uma estratégia para diminuir a superpopulação de pombos em Londrina, sinalizou algumas sugestões. Para os representantes, principalmente de empresas de grãos e cooperativas, a primeira medida a ser adotada é o manejo das aves. Segundo eles, as tentativas realizadas isoladamente surtiram pouco ou nenhum efeito, como o uso de repelentes, que só mudaram o "problema" de lugar. As empresas devem continuar, entretanto, com cuidados no transporte e armazenagem dos produtos, como preconiza as diretrizes de segurança alimentar.
Conforme o secretário municipal, Cleuber Brito, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) já autorizou o manejo, mas com algumas condicionantes. "Precisamos de um programa que atenda vários requisitos, como destinação e presença de um veterinário. Vamos deixar bem claro que não se trata de extermínio das aves, mas controle populacional", enfatizou. Em declarações anteriores, no entanto, o secretário havia se posicionado contrário nessa questão.
A Sema não possui números concretos ou um estudo da quantidade de pombos, porém, a estimativa é de que existam 400 mil na área urbana (100 mil somente no Bosque) e mais de 1 milhão na zona rural.
Diante da demanda apresentada, o secretário se comprometeu a apresentar um esboço do Programa de Manejo no prazo de 30 dias. Nesse projeto irão constar outras medidas a serem implantadas concomitantemente. Dentre elas, recuperação de áreas de preservação ambiental (APPs), limpeza dos locais (fezes e alimentos) e mapeamento das áreas onde as capturas poderão ser realizadas.
Brito ratificou que os repelentes em testes usados na Praça Sete de Setembro e Bosque, na área central da cidade, não surtiram efeito. Já os dois aparelhos colocados no Terminal de Ônibus do Distrito do Irerê (zona sul), que estão em fase de testes, apresentaram resultado satisfatórios e vão continuar em funcionamento. Cada um custa R$ 6 mil.
Marian Trigueiros
Reportagem Local
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