Satélite do Simepar registra passagem de tornado pelo Paraná
Imagens do radar meteorológico mostraram a formação de um tornado no Sudoeste do Estado na segunda-feira. Área rural de Chopinzinho sofreu estragos
Rafael Fantin - Redação Bonde
O Simepar confirmou no início da tarde desta terça-feira (22) que os satélites do instituto registraram a formação de um tornado no Sudoeste do Paraná por volta das 15h na segunda-feira (21).
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O tornado foi registrado na área rural do município de Chopinzinho, onde as casas de moradoresforam destruídas pela força do vento. "Todas as características técnicas configuram com a formação do tornado. Quando a tempestade acontece em uma área rural, o tornado provoca menos destruição com menos registros da população", explicou a meteorologista do Simepar, Sheila Paz.
De acordo com ela, o radar meteorológico registro uma formação semelhante a um gancho que se deslocou no sentido noroeste para sudeste durante a tarde de segunda-feira. "A chance de ser um tornado é de mais de 90%. Para o instituto obter mais informações e detalhes, uma equipe teria que se deslocar até a região para analisar o evento e o rastro da tempestade", afirmou.
Em cinco estações meteorológicas do Simepar entre Noroeste, Oeste e Sudoeste do Paraná, os ventos chegaram próximo ou ultrapassaram os 100 quilômetros por hora. Em Marechal Cândido Rondon, os ventos atingiram 119 quilômetros por hora, maior velocidade registrada na segunda-feira no Estado. Em Dois Vizinhos, cidade na região de Chopinzinho, a ventania ultrapassou os 106 quilômetros por hora. "Durante um tornado, os ventos chegam a uma velocidade maior do que as registradas na última tarde", comentou Sheila, que ainda lembrou que a cidade de Chopinzinho não possui radar meteorológico para registrar as informações sobre o clima.
Foto cedida ao Portal Bonde pela emissora Rádio Chopinzinho
Questionada sobre as chuvas acompanhadas com ventos de alta velocidade, a meteorologista esclareceu que as tempestades sempre aconteceram no Estado, principalmente no Oeste. Para ela, o que mudou foi a possibilidade de registros e a tecnologia para confirmar os fenômenos da natureza. "Hoje, a pessoa tem um celular e pode registrar a tempestade com uma foto ou vídeo. Os recursos e tecnologia disponíveis nos institutos de meteorologia também avançaram. Além disso, locais afastados e áreas rurais estão mais habitados", analisou.
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