FOLHA DE LONDRINA - 03/05/14
Soja tem quebra na produtividade mas bons preços ao produtor
No dia 31 de janeiro, a colheita nacional da safra 2013/14 de soja foi aberta oficialmente na cidade de Quarto Centenário, Centro-Oeste do Paraná. Naquele dia, o sol escaldante e a temperatura elevada já castigavam a lavoura da oleaginosa, mas as expectativas ainda eram positivas, com a projeção de safra recorde – de 16,4 milhões de toneladas - se mantendo para a temporada.
Não demorou muitos dias para todo aquele calor "derreter" os sonhos dos sojicultores, que passaram do otimismo para uma enorme preocupação. Ao longo do mês de fevereiro, as perdas foram aumentando nos estados do Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná, principalmente na região Norte, com perdas de lavouras inteiras. No solo das propriedades, não foi raro a temperatura bater a casa dos 50ºC, e a antecipação da colheita foi necessária.
Após três meses desta situação inesperada, a colheita da soja paranaense chega ao fim e é possível fazer uma avaliação. De acordo com o último levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura (Seab), a produção fechou em 14,5 milhões de toneladas, uma diminuição de 12,2% frente ao aguardado valor recorde que não se concretizou.
O produtor Matias José Knoor, de Rolândia, plantou aproximadamente 500 hectares de soja. A sua expectativa é que a produtividade girasse em 62 sacas por hectare (sc/ha) mas, devido ao forte calor entre os meses de janeiro e fevereiro, fechou em 55 sc/ha, uma quebra 12% nas expectativas do sojicultor. "O problema mais forte aconteceu na primeira quinzena de janeiro, período crítico para o preenchimento dos grãos. De qualquer forma, avalio que a safra foi boa", analisa Knoor.
Leia mais sobre o balanço da colheita da soja e a expectativa para o plantio do milho safrinha e do trigo no Paraná na reportagem de Victor Lopes na Folha Rural deste sábado.
Reportagem Local
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