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ROLANDIA E O NORTE DO PARANÁ

quarta-feira, 21 de maio de 2014

ROLÂNDIA SÓ VAI PERDER COM O CHUMBO




“Indústrias sem chaminés” ameaçadas
Vale a pena analisarmos o discurso oficial da “vontade popular” por industrialização. A “vontade popular” em Rolândia é ter um hospital atendendo satisfatoriamente, (vale lembrar que Rolândia tinha 6 hospitais), ter lazer para a população, que o lixo não se espalhasse por todo o município, que o “aterro sanitário” funcionasse, que empresas não poluíssem, que decisões que afetam um município inteiro, como a questão da chegada do “chumbo sujo”, não fossem mantidas em segredo durante anos.  As 46 empresas mencionadas pela prefeitura, para as quais se deve dar lugar, expulsando empresários estabelecidos, nunca foram esclarecidas. Enquanto empresas já existentes, que de longa data promovem e enriquecem um município, agrícola por excelência, detentor do mundialmente conhecido título de “berço do plantio direto”, são esquecidas. A maior queixa dos empresários de Rolândia é a falta de mão de obra qualificada. A maior parte dos parques industriais consolidados se encontra abandonada e subutilizada. A tão falada “industrialização” do poder público deveria ser um processo natural que se some ao perfil histórico e não uma imposição de política passageira, populista. De exemplo, verifica-se na região, para onde o poder público quer impor o “chumbo sujo”, a Capital Paranaense dos Embutidos, pólo de fruticultura, avicultura, piscicultura, agricultura de ponta, rede gastronômica, turismo rural, trilha de cavaleiros, ciclistas e pedestres além de campos de pesquisas florestais com a EMBRAPA-FLORESTAS. Tudo isso em região de manancial, da tão preciosa água! Uma lucrativa e sustentável “indústria sem chaminés” que gera inúmeros empregos e promove, regionalmente, a tão rara e necessária “qualidade de vida”.

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