14/07/2014 - FOLHA DE LONDRINA
Descendentes que residem em Rolândia comemoraram o tetracampeonato com muita dança, pratos e bebidas típicas
Empolgados pela goleada histórica de 7 a 1 sobre o Brasil, aplicada na semifinal, os rolandenses estavam extremamente otimistas quanto à decisão
"Acho que foi uma justiça. Foi mostrado que não foi uma estrela, um showman, que ganhou a Copa. Foi uma equipe", frisa Alexandre Alves
Rolândia - Eisbein, salsichão, chucrute e muita cerveja. A festa alemã em Rolândia foi regada aos pratos tradicionais da pátria mãe, roupas e danças típicas e terminou com muita emoção pela conquista da Alemanha pelo título da Copa do Mundo do Brasil. A vitória no final da prorrogação por 1 a 0 sobre a Argentina de Messi levou às lágrimas os descendentes de alemães do Grupo Folclórico Rotkappen, que se reuniram para torcer pela seleção alemã.
Empolgados pela goleada histórica de 7 a 1 sobre o Brasil, aplicada na semifinal, os rolandenses estavam extremamente otimistas quanto à decisão. Tanto que acordaram bem cedo para iniciar a produção da cerveja artesanal deles. Afinal, era preciso repor o estoque, já que o atual, havia sido reservado para a comemoração de ontem.
Nascido na pequena Eschwbiller, localizada perto de Colônia, na Alemanha, Roland Kronenberg vive no Brasil desde os 5 anos de idade. Era o único alemão nato do grupo presente na festa e já previa um jogo apertado. "Vai ser 2 a 1 ou no máximo 3 a 1 para ter emoção. Se for muito fácil, não tem graça.", afirmou.
A animação e a festa, no entanto, deu lugar à apreensão após o, início da partida. A Alemanha começou dominando a posse de bola, como era esperado, mas a Argentina levava mais perigo. Quando Higuaín saiu na cara de Neuer e chutou para fora, o susto foi geral. Minutos depois, o mesmo argentino marcou, o silêncio de descrédito predominou por segundos, até que veio a imagem de que ele estava impedido e o gol não havia valido. Explosão como a de um gol alemão.
A bola cabeceada por Howedes na trave de Romero tirou todo mundo da cadeira, mas não entrou e a tensão permaneceu.
Veio o intervalo e a hora de recarregar o estômago e aliviar a tensão. Para isso, mais comidas típicas, três apresentações de dança e o chope de metro.
No segundo tempo, a apreensão só aumentava, assim como os protestos contra as faltas cometidas pelos argentinos. E o jogo foi para a prorrogação, que começou quente, com uma grande chance para Schurrle, que foi defendida por Romero. O jogo já se encaminhava para os pênaltis, até que Götze recebeu na área, dominou no peito e bateu de primeira, um golaço, o do tetracampeonato mundial. A festa alemã explodiu, mas a apreensão não foi embora. Ainda faltavam sete minutos de jogo. A Argentina tinha uma falta para Messi cobrar no último lance do jogo. Nervosismo, mãos juntas pedindo ao papa alemão Beto XVI, que agisse mais rápido que seu sucessor argentino, Francisco, e mandasse a bola do craque para longe e foi o que aconteceu. Alemanha campeã.
"É um sentimento de alívio, uma conquista muito grande e muito sofrida. Estou muito emocionado e quase tive um ataque cardíaco", disse Roland. "Em 86 perdemos para a Argentina. Em 90 nos vingamos e agora nos perpetuamos", completou.
Genro de alemães, Alexandre Alves definiu bem a conquista alemã. "Acho que foi uma justiça. Foi mostrado que não foi uma estrela, um showman, que ganhou a Copa. Foi uma equipe, em que todo um trabalho foi feito pelo resultado e ele veio. A Alemanha está de alma lavada. Vamos comemorar muito. A noite será pequena", vibrou.
Thiago Mossini
Reportagem Local
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