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Vaccari estaria envolvido no escândalo de corrupção da Petrobras
Ed Ferreira/Estadão Conteúdo – 30.3.2010
Com diferença de apenas um voto, deputados e senadores da CPMI da
Petrobras aprovaram, nesta terça-feira (18), o pedido de quebra dos
sigilos bancário e telefônico do tesoureiro nacional do PT, João Vaccari
Neto, nos últimos nove anos.
De acordo com o requerimento aprovado, as movimentações financeiras e
as ligações telefônicas feitas por Vaccari entre janeiro de 2005 e maio
de 2014 devem se tornar públicas para os integrantes da CPMI.
Parlamentares da base aliada ao governo se posicionaram contra a quebra
de sigilo de Vaccari, alegando que a comissão não pode se pautar por
questões políticas. O argumento é de que, se o tesoureiro do PT for
investigado, o sigilo dos tesoureiros de todos os outros partidos também
precisa ser quebrado.
O senador Valdir Raupp (PMDB-RO) foi um dos parlamentares que se
posicionou contra. Segundo ele, é “perigoso” convocar tesoureiros de
partidos.
— Qual é o papel do tesoureiro do partido? É dirigir a verba do partido
e arrecadar a verba. Todos os tesoureiros de partidos cumprem esse
papel, de arrecadar fundos legais.
O pedido de quebra de sigilo foi feito baseado em denúncia de que
Vaccari teria recebido US$ 8 milhões da construtora Odebrecht a partir
de um contrato fechado com a área internacional da Petrobras. A suspeita
é de que o repasse teria ocorrido durante a campanha presidencial de
Dilma Rousseff, em 2010.
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