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segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Johnny Lehmann se afasta voluntariamente nesta segunda-feira dia 08

G1/GLOBO

Após ter liminar derrubada, prefeito de Rolândia se afasta da prefeitura

Johnny Lehmann (PTB) anunciou decisão nesta segunda-feira (8).
Prefeito diz que preferiu se afastar para evitar uma 'humilhação maior'.

Rodrigo Saviani - do G1 PR
Prefieto de Rolândia, Johnny Lehmann  (Foto: Reprodução/RPC TV) 
O prefeito de Rolândia, Johnny Lehmann (PTB), diz que  investigação é injusta. (Foto: Reprodução/RPC TV)
O prefeito de Rolândia, no norte do Paraná, Johnny Lehmann (PTB), anunciou que se afastará da prefeitura nesta segunda-feira (8). A decisão foi tomada após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) derrubar uma liminar cautelar que o mantinha no cargo.  Apesar do afastamento, Lehmann continua como prefeito até que a justiça faça uma notificação oficial para que ele deixe o cargo junto com o vice-prefeito, José Danilson Alves de Oliveira (PSB).
Lehmann explicou que preferiu se afastar antes da notificação oficial para evitar uma 'humilhação maior'. "Seria mais humilhante ainda se eu estivesse na prefeitura aguardando um oficial de justiça me convidando para sair da prefeitura. Enquanto o recurso não for julgado, eu não volto à prefeitura. Assim que for notificado pela Justiça, me afasto por força da lei. Por enquanto, a decisão é por vontade própria”, diz Lehmann.
O mandato de Lehmann foi cassado em 2013 pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), pela utilização indevida dos meios de comunicação durante a eleição de 2012. À época, o prefeito entrou com um recurso no TSE e conseguiu uma liminar o autorizando a ficar no cargo. A liminar foi cassada na sexta-feira (5) pela ministra do TSE Maria Thereza de Assis Moura.
“Eu não acredito que um pequeno jornal fez a diferença e definiu o pleito. É uma condenação que eu acho injusta, estou me sentido muito injustiçado. Realmente eu gostaria de terminar [o mandato], mas se não tiver como, Rolândia segue seu caminho”, opina Lehmann.
A decisão da ministra Maria Thereza manteve a cassação e a inegibilidade de direitos políticos de Lehmann pelo período de oito anos. Como é uma decisão monocrática, o parecer é de apenas um ministro do Tribunal, o advogado de Lehmann, Guilherme Gonçalves, informou que entrará com um recurso recorrendo da decisão.
Entenda o caso
Johnny Lehmann foi julgado e cassado por duas vezes no período de onze meses. Na primeira, o processo foi julgado pelo Fórum Eleitoral de Rolândia, onde o juiz entendeu que o político utilizou dinheiro público para publicidade eleitoral, desrespeitou o limite de gastos da prefeitura e também utilizou indevidamente os meios de comunicação para se promover durante a campanha. O julgamento foi em dezembro de 2012, mas, em maio de 2013, o Lehmann conseguiu uma liminar do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o autorizava a assumir o cargo.
Em outro processo, o TRE julgou que houve a utilização indevida dos meios de comunicação em outro período – que não foi incluído no primeiro processo - durante a campanha e por isso houve um novo julgamento.

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