Represa transborda e alaga casas em Rolândia
Cerca de 50 imóveis do Jardim Água Verde foram atingidos pela enxurrada; sistema precário de contenção da chuva já havia provocado enchente em 2012
"Escutamos o muro caindo, em seguida a água com lama já invadiu a casa. Foi muito rápido", relatou Fátima de Medeiros
Rolândia - Pelo menos 50
casas do Jardim Água Verde, na zona norte de Rolândia, foram atingidas,
no início da tarde de ontem, por uma enchente provocada pelo
transbordamento de uma represa de contenção das águas das chuvas, à
margem da rodovia PR-323, Contorno Norte da cidade. As manilhas da
represa, que já havia transbordado em 2012, não deram conta de fazer o
escoamento. A força da água causou muitos estragos no bairro que tem
menos de cinco anos de existência. Em menos de cinco minutos, a
enxurrada quebrou muros, portões, invadiu as casas e arrastou dois
carros pelas ruas.
Os moradores tiveram que deixar as casas às pressas. Por sorte, ninguém ficou ferido. A aposentada Adelina de Cruz Medeiros, de 65 anos, teve que ser socorrida às pressas pelos filhos. "Escutamos o muro caindo, em seguida a água com lama já invadiu a casa. Foi muito rápido", relatou a filha, Fátima Rodrigues de Medeiros, de 34 anos. A vizinha Simone Gonçalves, teve o carro arrastado pela água. "Estava dormindo, quando percebi o carro tinha rodado. A água inundou tudo até a altura do painel", contou. Outro carro também foi arrastado até um fundo de vale, na baixada do bairro.
Na Rua João Antônio Colussi, duas casas tiveram os portões de ferro arrancados. Uma das casas, construída há poucos dias, ainda estava vazia. "O dono ia mudar daqui a três dias. Agora acho que vai precisar consertar primeiro o que estragou", disse o morador José Cristo. Duas casas do bairro estavam fechadas desde a última enchente. Os moradores se mudaram e, desde então, cobram indenização da prefeitura na Justiça.
O metalúrgico Marcos Antônio Ramos, de 30, mora de frente com a represa. Ele denunciou que a falta de limpeza também contribui para as enchentes. "O fundo da represa fica cheio de lixo, mato. Isso entope as manilhas e causa essas tragédias. Não dá pra dormir aqui sabendo que tem uma bomba que pode explodir a qualquer momento", reclamou. A terra que segura a água apresenta vários pontos de erosão. Os moradores contaram que já fizeram abaixo-assinado pela desativação da represa, mas nunca obtiveram resposta. Segundo eles, há um jogo de empurra entre a prefeitura e o Departamento de Estradas de Rodagem (DER).
A primeira moradora do bairro, a comerciante Valéria Forgerini, de 36, contou que a enxurrada ocorreu com a mesma intensidade da anterior, porém na época havia menos casas no bairro. "Agora o estrago foi maior, pois são muitas casas. Vamos ver quem vai arcar com isso, pois era uma tragédia anunciada", cobrou. Durante a tarde, os moradores fizeram mutirões para ajudar na limpeza das casas mais atingidas. Regiane Costa, de 33 anos, pegou uma enxada para retirar a lama da casa de uma vizinha. "Sofremos com enchentes, a rodovia não oferece nenhuma segurança para os pedestres, a criminalidade está tomando conta".
O Corpo de Bombeiros de Rolândia atendeu a ocorrência e orientou os moradores das casas em áreas mais críticas a abandonarem os imóveis no caso de mais chuvas fortes. O trecho da linha de trem que corta a região também foi interditado. "O problema do bairro é aquela represa que tem que ser corrigida com urgência pelas autoridades. No caso de outras chuvas fortes, uma tragédia não está descartada", advertiu o cabo Pedro Volnei.
O superintendente da Regional Norte do DER, José Ferreira Heidegger, afirmou desconhecer a existência da represa e garantiu que a contenção não foi construída e nem é de responsabilidade do DER. A reportagem da FOLHA tentou contato com a Prefeitura de Rolândia no fim da tarde de ontem, mas não conseguiu contato. Outros bairros também sofreram alagamentos de menor gravidade em Rolândia. Parte do muro de Cemitério Municipal foi destruído. Celso Felizardo - Reportagem Local.
Os moradores tiveram que deixar as casas às pressas. Por sorte, ninguém ficou ferido. A aposentada Adelina de Cruz Medeiros, de 65 anos, teve que ser socorrida às pressas pelos filhos. "Escutamos o muro caindo, em seguida a água com lama já invadiu a casa. Foi muito rápido", relatou a filha, Fátima Rodrigues de Medeiros, de 34 anos. A vizinha Simone Gonçalves, teve o carro arrastado pela água. "Estava dormindo, quando percebi o carro tinha rodado. A água inundou tudo até a altura do painel", contou. Outro carro também foi arrastado até um fundo de vale, na baixada do bairro.
Na Rua João Antônio Colussi, duas casas tiveram os portões de ferro arrancados. Uma das casas, construída há poucos dias, ainda estava vazia. "O dono ia mudar daqui a três dias. Agora acho que vai precisar consertar primeiro o que estragou", disse o morador José Cristo. Duas casas do bairro estavam fechadas desde a última enchente. Os moradores se mudaram e, desde então, cobram indenização da prefeitura na Justiça.
O metalúrgico Marcos Antônio Ramos, de 30, mora de frente com a represa. Ele denunciou que a falta de limpeza também contribui para as enchentes. "O fundo da represa fica cheio de lixo, mato. Isso entope as manilhas e causa essas tragédias. Não dá pra dormir aqui sabendo que tem uma bomba que pode explodir a qualquer momento", reclamou. A terra que segura a água apresenta vários pontos de erosão. Os moradores contaram que já fizeram abaixo-assinado pela desativação da represa, mas nunca obtiveram resposta. Segundo eles, há um jogo de empurra entre a prefeitura e o Departamento de Estradas de Rodagem (DER).
A primeira moradora do bairro, a comerciante Valéria Forgerini, de 36, contou que a enxurrada ocorreu com a mesma intensidade da anterior, porém na época havia menos casas no bairro. "Agora o estrago foi maior, pois são muitas casas. Vamos ver quem vai arcar com isso, pois era uma tragédia anunciada", cobrou. Durante a tarde, os moradores fizeram mutirões para ajudar na limpeza das casas mais atingidas. Regiane Costa, de 33 anos, pegou uma enxada para retirar a lama da casa de uma vizinha. "Sofremos com enchentes, a rodovia não oferece nenhuma segurança para os pedestres, a criminalidade está tomando conta".
PERIGO PERMANENTE
O Corpo de Bombeiros de Rolândia atendeu a ocorrência e orientou os moradores das casas em áreas mais críticas a abandonarem os imóveis no caso de mais chuvas fortes. O trecho da linha de trem que corta a região também foi interditado. "O problema do bairro é aquela represa que tem que ser corrigida com urgência pelas autoridades. No caso de outras chuvas fortes, uma tragédia não está descartada", advertiu o cabo Pedro Volnei.
O superintendente da Regional Norte do DER, José Ferreira Heidegger, afirmou desconhecer a existência da represa e garantiu que a contenção não foi construída e nem é de responsabilidade do DER. A reportagem da FOLHA tentou contato com a Prefeitura de Rolândia no fim da tarde de ontem, mas não conseguiu contato. Outros bairros também sofreram alagamentos de menor gravidade em Rolândia. Parte do muro de Cemitério Municipal foi destruído. Celso Felizardo - Reportagem Local.
COMENTÁRIO DO FARINA: Estive no local e andei por onde desceu a enxurrada. Constatei três casas com invasão das águas. Duas com danos a móveis. Uma delas não relatou prejuízo. Duas casas com danos pequenos não havia ninguém na casa (uma delas vazia). Constatei também 5 muros danificados. Foi relatado uma senhora com ferimentos leves. JOSÉ CARLOS FARINA
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