Sempre que alguém o compara com Joaquim
Barbosa, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Sérgio Moro
desconversa. Ou melhor, silencia. O juiz da 13ª vara federal criminal de
Curitiba, que ganhou notoriedade à frente das investigações da Operação
Lava-Jato, não gosta desse tipo de comparação nem de especulações sobre
o seu futuro. Há alguns anos, rejeitou sondagens para se tornar
desembargador, o que para muitos é degrau natural para galgar a última
instância do Judiciário. Moro afastou-se da oferta por desconfiar de
tentativa de cooptação por parte de um figurão da política nacional que
temia virar réu num inquérito que chegou à sua mesa. Não fosse isso, ele
daria outro jeito de recusar a oferta por acreditar que ainda há muito o
que fazer na primeira instância. Eleito por ISTOÉ o “Brasileiro do
Ano”, Moro não mostra sedução pelo poder da toga. De hábitos simples,
ele faz parte de uma rara safra de juízes que encararam a magistratura
como profissão de fé.
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