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sexta-feira, 19 de junho de 2015

GAECO PRENDE MAIS DOIS EM ROLÂNDIA

FOLHA DE LONDRINA

Mais de cem serão indiciados por crimes na Receita Estadual

Além de auditores fiscais, empresários que teriam pagado propina também estarão hoje entre os indiciados no inquérito do Gaeco

Marcos Zanutto
Conforme o delegado do Gaeco, Alan Flore, suspeitos serão denunciados por corrupção passiva tributária e formação de organização criminosa
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) finaliza hoje o inquérito sobre a segunda fase da operação Publicano, com o indiciamento de mais de cem pessoas. Além dos auditores fiscais que foram presos, também devem ser relacionados os empresários que teriam evitado a fiscalização em seus estabelecimentos com o pagamento de propina, alimentando o esquema de corrupção investigado na Receita Estadual. As principais irregularidades apontadas são corrupção passiva tributária e formação de organização criminosa, conforme antecipou o delegado Alan Flore. 

Durante entrevista coletiva, Flore revelou que foram apurados fatos irregulares até então desconhecidos pelo Ministério Público (MP) do Paraná e que podem embasar a abertura de novas investigações sobre o esquema de pagamento de propina e sonegação fiscal na Receita Estadual. "Outros fatos se tornaram conhecidos e podem gerar um desmembramento, uma nova fase da operação Publicano, mas isso será avaliado oportunamente." O delegado deve detalhar a participação dos investigados hoje. 

Após o indiciamento, será aberto o prazo para que os promotores de Justiça apresentem a denúncia criminal. Da fase um da operação Publicano resultou ação penal contra 62 pessoas, que tramita na 3ª Vara Criminal de Londrina. 

NOVAS PRISÕES

Mais dois auditores fiscais foram presos no começo da noite de ontem pelo Gaeco; Silvano Aparecido Bonilha e Luiz Antonio Marqueze, ambos lotados em Rolândia. Não foi informado qual seria o envolvimento deles nas irregularidades apuradas na Receita, porém, teriam sido citados em depoimentos realizados durante essa semana. 

Com os novos mandados, sobe para 61 o número de detidos desde o dia 10 de junho, quando foi deflagrada a operação. Um deles, Antonio Hércules, preso na quarta-feira, seguia internado sob escolta policial em um hospital de Londrina. 

Entre os 12 suspeitos que prestaram depoimento ontem, estava Ana Paula Pelizari Lima, mulher do ex-inspetor-geral da Receita. Assim como o marido, ela ficou em silêncio. Até agora, nove auditores conseguiram habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) – o último foi de José Luiz Favoretto, mas ele segue preso porque responde também por exploração sexual de menores – e pedidos de extensão do benefício já foram apresentados por outros investigados.

Edson Ferreira
Reportagem Local

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