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quarta-feira, 29 de julho de 2015

Menino de 3 anos mata o pai com tiro de 44

FOLHA DE LONDRINA

 acidental

Um menino de 3 anos de idade matou o pai com um disparo acidental de arma de fogo no município de Cantagalo (Centro). O caso ocorreu na tarde de segunda-feira. A arma era uma espingarda calibre 44, que havia sido adquirida pelo próprio pai e estava escondida no almoxarifado de um lava rápido de propriedade da família, que fica em anexo a residência, mas o garoto a encontrou e, pensando ser uma arma de brinquedo, teria gritado para o seu pai "É a polícia", quando a arma disparou acidentalmente. 

O agricultor Aguinaldo Nogueira da Rosa, de 40 anos, foi atingido no rosto. Ele havia acabado de chegar do trabalho e tinha se sentado para tomar café. Segundo o delegado de Laranjeiras do Sul, Rodrigo Rederde, que está cuidando do caso, o próprio ângulo do disparo indica que o tiro foi acidental. "A casa possui dois cômodos e a mãe estava no quarto ao lado quando ouviu o disparo", relatou o delegado. Ele destacou que a arma é de calibre de uso restrito da polícia e não poderia estar em posse de Rosa. 

Segundo o delegado, vizinhos ouviram o barulho e foram ao local. "A vítima foi encontrada ainda com vida, mas não resistiu aos ferimentos", afirmou. Rederde explicou que a criança ainda não se deu conta do que aconteceu e será acompanhada por um psicólogo e uma assistente social. 

O presidente da ONG Londrina Pazeando, Luiz Claudio Galhardi, destacou que a cada sete horas um acidente com arma de fogo é registrado no País e a maioria dos envolvidos são crianças. "Quanto menos armas em circulação, menos acidente e menos mortes", destacou. Ele destacou que o Mapa da Violência de 2015, elaborado pelo pesquisador Julio Jacobo, apontou que 160 mil vidas foram salvas em 12 anos do Estatuto do Desarmamento. 

"Quem tem arma em casa deve mantê-la, e também a munição, guardada fora do alcance das crianças e de ladrões. Essa arma é um chamariz para criminosos. A CPI do Desarmamento de 2006 apontou que 70% das armas utilizadas pelos criminosos vêm do comércio legal", afirmou.

Vítor Ogawa
Reportagem Local

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