FOLHA DE LONDRINA
Autorizados por Eduardo Cunha, movimentos intensificaram ontem as manifestações contra a presidente Dilma Rousseff
Brasília - Com autorização do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), movimentos que pedem a saída da presidente Dilma Rousseff intensificaram ontem as manifestações contra a petista no Congresso. Um grupo se algemou a uma pilastra do Salão Verde, o principal da Câmara dos Deputados e que tem acesso restrito, se diz em greve de fome e afirma que só deixará o local após Cunha decidir se dá ou não sequência ao pedido de impeachment contra Dilma.
Do lado de fora do Congresso, movimentos anti-Dilma trocaram provocações, empurrões e ensaiaram um confronto direto no gramado com integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que chegaram ontem para, oficialmente, protestar contra o projeto de lei antiterrorismo. O grupo foi levado ao local com apoio do PT.
Os movimentos anti-Dilma são formados por vários grupos distintos, entre eles o Movimento Brasil Livre (MBL). Eles estão desde a semana passada acampados no gramado do lado de fora do Congresso com autorização de Cunha. As polícias Militar e Legislativa acompanham de longe a manifestação e dizem que só vão intervir em caso de confusão. Há uma norma conjunta das Mesas Diretoras das duas Casas que proíbe qualquer tipo de construção ou acampamento no local. Cunha disse, na quinta passada, ter autorizado o acampamento pro-impeachment do MBL. Os manifestantes algemados (havia nove deles em volta da pilastra às 17h50 de ontem) também tiveram autorização de Cunha para permanecer no Salão Verde. Segundo líderes desse movimento, apesar de fraldas geriátricas terem sido levadas para o local, haverá revezamento entre as pessoas que participam do protesto. "Sou da geração que não acredita na política. Mas estou aqui pelas minhas filhas, uma de 4 e outra de 14 anos", afirmou Francisco Abrunhoza, presidente da Associação dos Produtores de Mandioca do Paraná.
Débora Álvares e Ranier Bragon
Folhapress
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