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quarta-feira, 11 de novembro de 2015

4º ASSALTO A BANCOS EM ORTIGUEIRA EM POUCOS MESES

FOLHA DE LONDRINA-BONDE

AÇÃO PARECIDA COM OPERAÇÃO TERRORISTA

Quadrilhas de roubo a banco desafiam a lei em Ortigueira


Três meses depois de duas agências serem explodidas na cidade, criminosos usam máquinas da prefeitura para invadir unidade



Quando a Klabin anunciou o Projeto Puma, maior investimento privado da história do Paraná, com cifras de R$ 7,2 bilhões, a população de Ortigueira, nos Campos Gerais, viu a oportunidade de corrigir os baixos níveis de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da cidade de 23 mil habitantes, com mais empregos e renda. O número de trabalhadores formais mais que dobrou em 15 meses, ao passar de 3.023 no final de 2013 para 6.248 até agosto deste ano. Só nas obras da papeleira, são cerca de 9 mil trabalhadores, contando postos em municípios vizinhos. Tanto dinheiro circulando chamou a atenção das quadrilhas, especialmente das especializadas em roubo a banco. 
No final de julho, criminosos fortemente armados instalaram explosivos em três agências bancárias da cidade. As unidades do Sicredi e do Bradesco foram destruídas pelas explosões e os bandidos fugiram com o dinheiro dos caixas eletrônicos. No Itaú, o plano foi frustrado pelas bombas que falharam. Na madrugada de ontem, a agência que ficou intacta da outra vez foi o alvo de criminosos. No lugar dos explosivos, a quadrilha usou duas escavadeiras da Prefeitura, que estavam estacionadas a cerca de 100 metros da agência, para derrubar o prédio. 
Segundo a Polícia Militar, cerca de 15 criminosos fortemente armados quebraram as paredes do fundo da agência e levaram quatro cofres com as pás do maquinário. Três deles foram abandonados na rua em frente à agência. Os assaltantes ainda roubaram dois carros e fugiram em sentido a Mauá da Serra. Até a noite de ontem ninguém havia sido preso. A Polícia Civil investiga se a mesma quadrilha agiu nos dois ataques. 
Os investimentos em Segurança Pública não acompanharam o do setor privado na cidade, que conta com apenas um destacamento da PM. Só dois policiais se revezam por turno. 
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Ortigueira (Acio), Wilson Bonin, foi uma das vítimas da última ação dos bandidos. Ele teve a vitrine da sapataria destruída por disparos dos criminosos em fuga. "A cidade está à mercê desses bandidos. Todo mundo fica assustado esperando pelo próximo crime", conta. Segundo ele, além da sensação de insegurança, os ataques à banco prejudicam a economia local. "Um dos bancos explodidos em julho foi reaberto na semana passada. Quem precisava de algum serviço específico tinha que ir até Telêmaco Borba", lembra Bonin, que defende o reforço do policiamento. "Tem muita gente de fora na cidade, não é igual antigamente que conhecíamos todo mundo. Isso é bom, mas tem que ter mais policiais para conter a criminalidade." 
De acordo com o Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, 214 ataques a bancos já foram registrados este ano no Estado, sendo 148 explosões de caixas eletrônicos, 28 arrombamentos e 38 assaltos ou tentativas.
Celso Felizardo

Reportagem Local

COMENTÁRIO: Com tanto barulho porque ninguém atirou nestes marginais que mais paredcem terroristas??

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