JOSÉ CARLOS FARINA, BLOGUEIRO E YOUTUBER

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

CAI A QUALIDADE DE VIDA DE LONDRINA - PR.

FOLHA DE LONDRINA

Cai satisfação dos londrinenses com a qualidade de vida

Pesquisa do Fórum Desenvolve Londrina mostra que cidadãos não se sentem seguros em andar pelas ruas da cidade

Celso Pacheco
80,8% dos londrinenses consideram que Londrina é uma cidade boa para se viver

O número de londrinenses que avaliam a qualidade de vida em Londrina como boa ou ótima caiu de 54,7% para 44,7%, de 2014 para 2015. O dado faz parte da 4ª Pesquisa de Percepção da População sobre a Cidade de Londrina, encomendada pelo Fórum Desenvolve Londrina. Já a porcentagem dos que acham que a qualidade de vida melhorou baixou de 42,5% para 29,4%. 
A pesquisa, feita pela Litz Estratégia e Marketing, ouviu 1.064 londrinenses de todas as regiões da cidade e tem margem de erro de 3%. Ela é feita desde 2012, sempre em agosto. Formado por 37 entidades, o Fórum visa "construir uma agenda positiva" para o centenário de Londrina, que será comemorado em 2034. Ontem, além de divulgar a pesquisa e a atualização de seu manual de indicadores, a organização festejou seus dez anos. 
O coordenador da pesquisa, Fábio Pozza, que é diretor de Marketing e Expansão do Centro Brasileiro de Cursos (Cebrac), chama atenção para um outro dado da pesquisa. Apenas 37,6% dos entrevistados conhecem o nome de, ao menos, dois vereadores de Londrina. No ano eleitoral de 2013, eram 46,3%. "Para uma cidade que se considera participativa é um número ruim", afirma. O desconhecimento dos parlamentares é maior entre os mais pobres (70,1%). Mas também é alto entre os que ganham acima de 12 salários mínimos (62,9%). 
Outro dado que se destaca na pesquisa é quanto à segurança. Quando submetidos a determinadas afirmações, os entrevistados tinham que dizer se concordam totalmente, se concordam, se não concordam nem discordam, se discordam ou se discordam totalmente delas. Em relação a se sentirem seguros em caminhar pelas ruas de Londrina, 77,4% afirmaram discordar totalmente, discordar ou nem concordar nem discordar. 
A pesquisa também atribui uma avaliação média para cada questão, que vai de zero a 5. A boa notícia é que, desde 2012, essa média quanto à questão da segurança vem aumentando. Saiu de 2,5, foi a 2,8 por dois anos e está em 3,1. "O fato de mais de 70% dos londrinenses dizerem que tem receio de andar pela cidade é grave e a sociedade precisa pensar sobre isso", declara 

Mais alta é a porcentagem dos que não concordam que a cidade é bem cuidada e com espaços públicos conservados (79,1%). Mas também neste aspecto a percepção dos londrinenses vem melhorando. Em 2012, a média era de 2,2 e subiu para 2,4 em 2013. Agora está em 2,6, a mesma de 2012. 
Apesar dessas médias negativas, 80,8% dos londrinenses consideram que Londrina é uma cidade boa para se viver. E 82,6% dizem que sentem orgulho de morar na cidade. 
A pesquisa ainda pediu para os entrevistados apontarem três pontos que mais causam preocupação e três pontos mais positivos na cidade. Saúde (42,8%), segurança (35,9%) e buracos nas ruas (33,3%) são os principais motivos de preocupação. Os pontos positivos são coleta de lixo (41%), áreas verdes (26,3%) e transporte público (24,2%). 
A cada ano, o Fórum Desenvolve Londrina estuda um tema e, no início do ano seguinte, publica um caderno com a análise desse tema. Neste ano, a organização estudou a gestão pública. "Estamos na fase de compilação do caderno, que será divulgado em março. Ainda não podemos adiantar nada", afirma o gerente regional do Sebrae, Heverson Feliciano. 
Ele conta que os membros do Fórum se reúnem uma vez por semana na Associação Médica de Londrina (AML) e que a metodologia de trabalho foi importada de Jacksonville, nos Estados Unidos. "Pesquisamos modelos pelo mundo e decidimos seguir o de Jacksonville. A cidade tem problemas parecidos com os nossos. Entre eles, a dificuldade de reter talentos", exemplifica Feliciano. 
O presidente do Fórum, Charles Vezzozo, afirma que a maior contribuição do Fórum, que teve início em 2005, é proporcionar uma maior participação da comunidade londrinense nas discussões e nas soluções dos problemas da cidade. "A gente consegue unificar e consolidar o pensamento do londrinense", declara. (Leia mais sobre o assunto no Caderno de Economia). 



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Nelson Bortolin
Reportagem Local

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