GUERRA DO CONTESTADO.
O governo federal concedeu a concessão da ferrovia São Paulo / Rio Grande do Sul, que iniciava em Itararé-SP e terminava em Santa Maria, ao grupo do norte americano Percival Farquhar, que passou a denominar-se Brazil Railways. Além do governo pagar por quilometro construído, a empresa, ficaria com uma área de 15 km ao longo de toda a ferrovia, dos dois lados da ferrovia. A empresa americana além de lotear estas terras, começou a cortar e exportar milhares de araucárias centenárias. Para isso foi criada a Madereira Lumber pertencente ao mesmo grupo. Na região da Caçador e Curitibanos-SC. havia milhares de posseiros, a maioria caboclos, mestiços, que habitavam a região por muitas décadas. Eles ficaram sem terras e sem trabalho de uma hora para outra e resistiram à invasão e ao esbulho. O plano era vender estas terras para imigrantes europeus que estavam chegando no Brasil, naquela época. Milhares de trabalhadores da ferrovia, que foram abandonados na região sem nenhuma assistência por parte da ferrovia, também aderiram ao movimento, lutando ao lado dos posseiros. O governo e os coronéis da região, ao invés de apoiá-los passou a combatê-los. A guerra durou de outubro de 1912 a agosto de 1916, e morreram cerca de 10 mil pessoas. A maioria do lado dos caboclos posseiros. Houve também a liderança de um monge, tipo curador de nome Zé Maria. As batalhas mais sangrentas ocorreram no Irani e Taquaruçu. Pela primeira vez na história do Brasil, foi utilizado dois aviões para combater os posseiros. Foi um grande massacre, onde os jagunços e soldados praticamente exterminaram os posseiros, matando homens, mulheres, idosos e crianças. A maioria não teve nem direito a uma sepultura com cruz e identificação. Por estes excessos vergonhosos, nunca esta guerra foi devidamente ensinada nas escolas. Poucos conhecem a verdadeira história desta vergonha nacional. JOSÉ CARLOS FARINA
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ZÉ MARIA. beato
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