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ROLANDIA E O NORTE DO PARANÁ

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

HENRIQUE STAHLKE E OS MISTÉRIOS DO CASTELO ELDORADO DE MARILÂNDIA DO SUL

NOTA DO FARINA:

Conversei por telefone com o Dr. Henrique Stahlke, que reside em Curitiba. Ele é neto do construtor do Castelo, também de nome Henrique Stahlke. Ele me disse que o seu avô era um homem muito culto e rico. Viajava todos os anos para a Europa. Segundo ele, "ao contrário do que andaram falando,  meu avô não era nazista. Era um empreendedor, que acreditou na pujança do norte do Paraná. Ele investiu naquela região, e somente construiu o castelo porque era muito rico e tinha este sonho. Ele venceu na vida e conquistou tudo o que o dinheiro pode comprar." Sobre as "estórias" de assombração, disse que tudo não passa de lenda. Ele deixou 6 filhos. 4 do primeiro casamento e dois do segundo. depois da sua morte os herdeiros venderam a propriedade. O corpo de Henrique Stahlke está sepultado no cemitério central de Londrina." 
Relato feito à José Carlos Farina  (Rolândia-Pr.)

NOTA:


Nos anos 1960, o que restou da propriedade, foi vendido ao professor Álvaro Pereira Salles, que quis construir um spa no local. Entretanto, o sonho nunca chegou a ser realizado, Alvaro adoeceu e faleceu vítima de Alzheimer. Atualmente, o casarão fica aberto de sábado e domingo das 8 às 19 horas para piqueniques e eventos.

PESQUISA FARINA

WHIKIPEDIA




Construído pelo descendente de alemão João Henrique Stalhk no período da Segunda Guerra Mundial (entre 1942 e 1947) em um lugar, que na década de 1940 era quase inacessível, pois ficava em uma grande mata nativa e dentro da fazenda da família Stalk: a Fazenda República do Eldorado. A fazenda tinha como principal recursos econômicos, a extração de madeira[2][3].

Em face a sua localidade (quase que escondida), por seus proprietários serem descendentes de alemães e a construção possuir luxos europeus, além de ocorrer num período de guerra e pós-guerra, especulou-se, por longos anos, que o local se destinaria a receber importantes nazistas em fuga da Alemanha.

A construção ficou sob responsabilidade do alemão (naturalizado brasileiro, por isso o seu nome ser João) João Plath

Os salões do castelo chegou a receber visitas ilustres do cenário paranaense, como o interventor Manuel Ribas e o governador Ney Amintas de Barros Braga[2].

Com o declínio econômico da Fazendo República do Eldorado (que foi considerada uma das maiores do mundo, tendo uma moeda própria, o Boró, que era aceito em toda a região, o imóvel perdeu o glamour de suas primeiras décadas, porém, sua importância arquitetônica e cultural foram mantidos pela família Stalhk e atualmente a edificação é considerada um patrimônio histórico da cidade e um dos bens culturais do resgata da história da imigração alemã para o Brasil.

Existe um processo em tramitação para o tombamento do castelo junto ao Ministério da Cultura e ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Arquitetura

Inspirado no castelo-medieval (ou normando) alemão de Castelo de Wartburg, o edifício possui 2142 m² de construção, com quatro pavimentos e paredes de 70 cm de espessura, contendo torres, telhados sobrepostos, sacadas, jardim suspenso, vidros franceses, lustres tchecos e seus aposentos e salões são decorados em estilo neoclassico.
Lendas, locações e livro

O Castelo Eldorado é cercado de várias lendas desde a sua construção, como a de ser um refúgio de nazistas e também a de ser um local contendo assombrações.

Entre as décadas de 1990 e 2000 o imóvel foi substituído como residência e por isso passou a ficar desocupado e é neste período que outra lenda surgiu: de possuir seres sobrenaturais, como fantasmas e assombrações. Com esta nova polêmica, o local virou locações de produções cinematográficas e televisiva, bem como, um episódio do programa Fantástico da Rede Globo de Televisão, no quadro Phantasmagoria, sobre locais assombrados e com a apresentação de Tadeu Schmidt[3].

Em 2007, foi a principal locação de um filme, com produção local, intitulado “A Lenda do Castelo Eldorado”

Em 2013, foi novamente cenário de um filme, agora para a televisão, denominado de "O castelo", produzido pelo canal [RPC TV]] e exibido com quadro "Casos e Causos" do programa rpc


A abundância de situações e assuntos que giram em torno do castelo transformaram o local em tema principal do livro “A República do Castelo Eldorado”, escrito pelo poeta e escritor Thiago Zardo e que resume a importância do palácio na vida social e econômica do município, do Paraná e no resgate da história da imigração alemã ao sul do Brasil

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