OPERAÇÃO BOI NA LINHA
A Polícia Civil deflagrou, nesta quarta-feira (22), a 3.ª fase da Operação Boi na Linha, que investiga uma quadrilha especializada em extorquir donos de veículos roubados ou furtados. Ao todo, foram cumpridos 25 mandados de prisão (sendo sete de prisão preventiva e 18 de temporária) e cerca de 30 mandados de busca e apreensão em Rolândia e municípios próximos na região noroeste do Paraná.
Segundo a PC, o crime de extorsão ocorria por meio de ligações telefônicas, em que os suspeitos afirmavam estar com o bem da vítima e exigiam pagamento de resgate. Quarenta policiais civis em militares cumpriram os mandados nas cidades de Centenário do Sul, Arapongas, Bandeirantes, Jaguapitã, além de Rolândia.
De acordo com a investigação, o grupo criminoso praticava as extorsões sob grave ameaça. A partir de anúncios publicados nas redes sociais, os suspeitos obtinham informações sobre pessoas que tinham o veículo furtado ou roubado. Na sequência, determinados criminosos tinham a função de fazer a ligação e pedir o pagamento de resgate, com depósito em conta corrente.
Outros suspeitos do grupo criminoso, proprietários das contas bancárias, eram responsáveis por sacar o dinheiro e dividir o produto da extorsão entre os golpistas. Os proprietários das contas depositavam o pagamento dos demais criminosos em casas lotéricas. O objetivo dos saques e depósitos era evitar o rastreamento do dinheiro ilícito através de operações de transferência.
Os golpistas exigiam o pagamento de valores entre R$ 200 e R$ 2 mil às vítimas.
HISTÓRICO
A operação Boi na Linha iniciou em 2018. Na 1ª fase, doze mandados de prisão temporária e oito de busca e apreensão foram cumpridos em Brasília em dezembro do ano passado. Naquela época, em torno de cinco vítimas do golpe registravam boletim de ocorrência por dia.
Em fevereiro foi deflagrada a 2ª fase da operação, em que seis mulheres foram presas pela prática da extorsão, sendo cinco em Rolândia e uma em Curitiba. Nesse período, o número de vítimas do golpe caiu para cerca de 2 por dia.
Durante a 3ª fase, a PC tem registrado cinco vítimas do golpe por semana.
A PC orienta que crimes de roubo e furto de veículos sejam investigados apenas pelas unidades locais e que as vítimas não depositem valores e nem paguem boletos referentes a supostos “resgates” de bens.
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