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A motivação do crime foi vingança.
Na madrugada do dia 1º de maio, Pedro Bento da Silva, de 22 anos, teria sido assassinado por Lincoln Martins, próximo à casa do pai da vítima (Pedro), Florisval Silva.
Pedro teria sido esfaqueado várias vezes por Lincoln e arrastado para a rua.
À Banda B, Florisval disse o seguinte: “Quando vi meu filho morto, fui falar com o Lincoln. Ele me disse que se a PM não tinha falado nada quem era eu pra falar alguma coisa. Sou o pai do rapaz trabalhador que ele rasgou como se fosse um cachorro. Sou o pai de um menino que nunca fez nada errado, que cuidou dele desde o primeiro sapatinho. Saí de lá e fui atrás de uma arma”.
Florisval foi a Curitiba, trocou seu carro por uma pistola 9mm e voltou à casa de Lincoln.
“Eu estava transtornado, cego mesmo. Ele assumiu e só me falou: veja o que você faz. Dei um tiro na cabeça dele e poupei os outros que estavam com ele pra não cometer uma injustiça. Sei que não deveria ter feito justiça com as próprias mãos, mas na hora estava fora de mim. O que posso dizer é que meu filho não vai voltar, ele me tirou tudo, mas estou com a alma lavada”.
Lincoln morreu dois dias depois, no hospital.
O delegado Tiago Dantas, de Almirante Tamandaré, afirmou que Florisval não teve uma atitude correta, uma vez que eles iam prender o autor do crime: “Iríamos prender o Lincoln. Estava muito claro que ele era o autor da morte do João pedro. Havia todo tipo de vestígios, mas ele se precipitou e matou o rapaz. Este não é o caminho”.
E completou: “Ele cometeu o crime num intervalo de tempo muito curto após a morte do filho, isso deve atenuar a pena em razão da forte emoção. Devemos indiciá-lo por homicídio privilegiado, mas a Justiça é que vai decidir o destino deste pai”.
O delegado ainda afirmou que o inquérito da morte de Pedro ainda está aberta, uma vez que ainda não se sabe se houveram outros envolvidos.
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