FOLHA DE LONDRINA
Jovem levou dois tiros em perseguição próximo à Mata dos Godoy após assaltar sítio em São Luiz; outro rapaz de 16 anos se entregou
Anderson Coelho
Caminhonete roubada no sítio foi alvejada pela polícia: adolescente foi morto com dois tiros
Um adolescente de 17 anos morreu e outro adolescente, de 16, foi detido em confronto com a Polícia Militar (PM), no início da tarde desta sexta-feira (21), na Rodovia Mábio Gonçalves Palhano, km 14, perto da Mata dos Godoy, na zona rural de Londrina. Eles estavam em dois veículos – uma Amarok e um Fiat Uno - roubados de um sítio no Distrito de São Luiz.
De acordo com a PM, a dupla usou um Monza furtado em Cambé, no dia anterior, para chegar até a propriedade do piscicultor Rui Anami, de 67 anos. A vítima contou que, no momento em que voltava para a casa para almoçar, foi dominado pelos adolescentes. "Eles me ameaçaram com uma faca, me amordaçaram, e depois me trancaram amarrado no banheiro", contou. Lá eles se apossaram de duas armas da vítima, um revólver calibre 32 e uma espingarda adaptada calibre 22.
A vítima disse ainda que o adolescente morto no confronto, que já tinha passagem pelo Centro de Socioeducação de Maringá (Cense Maringá) trabalhava em sua propriedade havia pouco mais de um mês. "O pai dele me pediu para dar uma chance ao menino e eu resolvi fazer essa bondade. Até então ele nunca tinha dado trabalho", relatou. Após amarrarem o sitiante, os adolescentes roubaram eletrodomésticos e outros objetos de valor. Alguns pertences como uma máquina de lavar, televisores e um videogame foram colocados na caçamba da caminhonete guiada pelo adolescente morto. Já o outro garoto que se entregou dirigia o Uno. O Monza foi abandonado no sítio de Anami.
A ação chamou a atenção dos funcionários da fazenda que acionaram a PM. A dupla chegou a percorrer cerca de 14 quilômetros com os carros roubados, mas foi interceptada por uma equipe da Polícia Militar próximo ao pórtico da Mata dos Godoys. De acordo com a PM, o garoto mais novo, que não estava armado, parou o carro e se entregou, já o mais velho, que estava com o revólver, teria trocado tiro com os policiais. Ele foi atingido por dois tiros: um no peito e outro na cabeça. Após a perda de controle da direção, a caminhonete estourou uma cerca de uma fazenda e parou cerca de 100 metros da pista, em uma área de plantação.
Segundo o Corpo de Bombeiros, quando o Siate chegou ao local, o adolescente já estava morto. O perito do Instituto de Criminalística, Fábio Mira, afirmou que o adolescente estava com duas armas dentro do carro e que as munições do revólver estavam todas deflagradas. Alguns familiares do adolescente morto chegaram a acompanhar de longe o trabalho da perícia. Eles confirmaram que o garoto já teve passagem pelo Cense e lamentaram o ocorrido.
O dono do sítio recebeu atendimento médico, mas não apresentava ferimentos graves. Ele prestou queixa na 10ª Subdivisão Policial. "Fiquei muito surpreso porque nunca ia imaginar que uma pessoa que eu acolhi poderia fazer uma coisa dessa. Infelizmente, isso custou a vida dele", comentou. (Colaborou Fernanda Circhia/Grupo Folha).
Celso Felizardo
Reportagem Local
Anderson Coelho
Caminhonete roubada no sítio foi alvejada pela polícia: adolescente foi morto com dois tiros
Um adolescente de 17 anos morreu e outro adolescente, de 16, foi detido em confronto com a Polícia Militar (PM), no início da tarde desta sexta-feira (21), na Rodovia Mábio Gonçalves Palhano, km 14, perto da Mata dos Godoy, na zona rural de Londrina. Eles estavam em dois veículos – uma Amarok e um Fiat Uno - roubados de um sítio no Distrito de São Luiz.
De acordo com a PM, a dupla usou um Monza furtado em Cambé, no dia anterior, para chegar até a propriedade do piscicultor Rui Anami, de 67 anos. A vítima contou que, no momento em que voltava para a casa para almoçar, foi dominado pelos adolescentes. "Eles me ameaçaram com uma faca, me amordaçaram, e depois me trancaram amarrado no banheiro", contou. Lá eles se apossaram de duas armas da vítima, um revólver calibre 32 e uma espingarda adaptada calibre 22.
A vítima disse ainda que o adolescente morto no confronto, que já tinha passagem pelo Centro de Socioeducação de Maringá (Cense Maringá) trabalhava em sua propriedade havia pouco mais de um mês. "O pai dele me pediu para dar uma chance ao menino e eu resolvi fazer essa bondade. Até então ele nunca tinha dado trabalho", relatou. Após amarrarem o sitiante, os adolescentes roubaram eletrodomésticos e outros objetos de valor. Alguns pertences como uma máquina de lavar, televisores e um videogame foram colocados na caçamba da caminhonete guiada pelo adolescente morto. Já o outro garoto que se entregou dirigia o Uno. O Monza foi abandonado no sítio de Anami.
A ação chamou a atenção dos funcionários da fazenda que acionaram a PM. A dupla chegou a percorrer cerca de 14 quilômetros com os carros roubados, mas foi interceptada por uma equipe da Polícia Militar próximo ao pórtico da Mata dos Godoys. De acordo com a PM, o garoto mais novo, que não estava armado, parou o carro e se entregou, já o mais velho, que estava com o revólver, teria trocado tiro com os policiais. Ele foi atingido por dois tiros: um no peito e outro na cabeça. Após a perda de controle da direção, a caminhonete estourou uma cerca de uma fazenda e parou cerca de 100 metros da pista, em uma área de plantação.
Segundo o Corpo de Bombeiros, quando o Siate chegou ao local, o adolescente já estava morto. O perito do Instituto de Criminalística, Fábio Mira, afirmou que o adolescente estava com duas armas dentro do carro e que as munições do revólver estavam todas deflagradas. Alguns familiares do adolescente morto chegaram a acompanhar de longe o trabalho da perícia. Eles confirmaram que o garoto já teve passagem pelo Cense e lamentaram o ocorrido.
O dono do sítio recebeu atendimento médico, mas não apresentava ferimentos graves. Ele prestou queixa na 10ª Subdivisão Policial. "Fiquei muito surpreso porque nunca ia imaginar que uma pessoa que eu acolhi poderia fazer uma coisa dessa. Infelizmente, isso custou a vida dele", comentou. (Colaborou Fernanda Circhia/Grupo Folha).
Celso Felizardo
Reportagem Local