JOSÉ CARLOS FARINA, BLOGUEIRO E YOUTUBER
domingo, 12 de junho de 2011
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sábado, 11 de junho de 2011
ELIAS ANDREATO - ROLANDENSE FAMOSO ( o homem de Rolândia )
Biografia
Andreato, Elias (1955) Ficou mais famoso depois que zombou de Rolândia no JÔ SOARES |
Elias Vicente Andreato (Rolândia-PR - 1955). Ator e diretor. Como intérprete, transita com desenvoltura nos variados estilos da cena contemporânea, destacando-se nas atuações em personagens densas e angustiadas, comprometidas com o ato de viver. Como diretor, distingue-se sobretudo nas comédias, buscando efeitos de leveza e entretenimento. Após ter passado pelo amadorismo, Elias estréia profissionalmente em Pequenos Burgueses, de Máximo Gorki, numa montagem de Renato Borghi, em 1977. Vive Oswald de Andrade em Tietê, Tietê... ou Toda Rotina Se Manteve Não Obstante o que Aconteceu, de Alcides Nogueira com o grupo Os Farsantes, em 1979, enfrentando, logo a seguir, um monólogo intempestivo: Diário de um Louco, de Nikolai Gogol, dirigido por Marcio Aurelio, em 1980. No mesmo ano, está em Calabar, texto de Chico Buarque e Ruy Guerra proibido desde 1974, encenado por Othon Bastos, Martha Overbeck e Renato Borghi, com direção de Fernando Peixoto.Lua de Cetim, novamente de Alcides Nogueira, com direção de Marcio Aurelio, reafirma seu prestígio, em 1981. Seguem-se alguns trabalhos desenvolvidos com Edith Siqueira, Trágico à Força, de Anton Tchekhov, em 1982; Édipo Rei, de Sófocles, em 1983; Senhorita Júlia, de August Strindberg, em 1984. No mesmo ano, protagoniza um espetáculo criativo e inquietante: Artaud, O Espírito do Teatro, texto de José Rubens Siqueira, dirigido por Francisco Medeiros e enfrenta um desafio, ao fazer o velho de Escola de Mulheres, de Molière, direção de Roberto Lage. Em 1985, com O Gosto da Própria Carne, de Albert Innaurato, novamente ao lado de Edith Siqueira e Roberto Lage, explora largamente a composição de uma personagem out-sider. Um travesti, em Hello! Boy!, de Roberto Gil Camargo, permite-lhe o trânsito pela comédia, em 1986. No mesmo ano, participa de O Corpo Estrangeiro, de Marguerite Duras, montagem experimental de Marcia Abujamra. Em 1988 surge em Lago 21, ao lado de Walderez de Barros e Mariana Muniz, realização poética sobre textos de William Shakespeare e Anton Tchekhov. Em 1989, novamente com Roberto Lage, participa de Decifra-me ou Devoro-te, de José Rubens Siqueira e Renato Borghi. Está em Sexo dos Anjos, de Flávio de Souza, peça que lhe garante prêmios Shell, Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA), e Apetesp de melhor ator em 1990. Solo Mio é uma criação sobre textos de Caio Fernando Abreu, Murilo Rubião e Renato Borghi, em 1992, com direção de Eliana Fonseca. Repetindo a parceria com Marcia Abujamra, em 1993, enfrenta novo solo com grande repercussão: Van Gogh, a partir de cartas deixadas pelo angustiado artista plástico. Sua interpretação recebe do crítico Armindo Blanco o comentário: "Como seu modelo, Andreato é um arco-íris de sensibilidade, um poderoso supridor de emoções empenhando-se até o limite da exaustão. Tem a técnica vocal e gestual de um ator consumado. Seu trabalho, premiado com o Shell em São Paulo, é arrebatador. Vai além de um discurso sobre a infinidade solar das possibilidades cromáticas para mergulhar a fundo na alma desse genial artista, que preferia pintar os olhos de um homem às catedrais e no qual a sociedade de seu tempo viu apenas um paciente mental".1
Em 1994 está em Repetition, de Flávio de Souza, ao lado de Xuxa Lopes, e em Esta Noite Choveu Prata, novo solo buscado num texto típico dos anos 40, escrito por Pedro Bloch. Em A Gaivota, de Anton Tchekhov, bem-sucedida encenação de Francisco Medeiros de 1996, obtém nova oportunidade de reconhecimento. Oscar Wilde, espetáculo que retrata os últimos dias do escritor inglês, é uma criação de 1997, com direção de Vivien Buckup. Diversas encenações levam sua assinatura, com destaque para Levadas da Breca, de Flávio de Souza, com Mira Haar e Patrícia Gaspar, 1988; Não Tenha Medo Virgínia Woolf, a partir da obra da autora, com roteitro de Elias e Esther Góes, 1990; Áulis, em adaptação de Celso Frateschi para Ifigênia em Áulis, de Eurípides, 1993; no mesmo ano, Rimbaud, roteiro de Elias Andreato e Ariel Borghi; Tantã, de Rafael Camargo, com Cristina Pereira, numa evidente preferência pela comédia e os gêneros leves. Em 1996 dirige Do Amor de Dante por Beatriz, um roteiro de sua autoria, com fragmentos da Divina Comédia e dos poemas da juventude de Dante Alighiere, interpretado por Celso Frateschi, sensível homenagem à recém falecida amiga e atriz Edith Siqueira. No mesmo ano, ganha o Prêmio IBEU de melhor direção com Os Fantástikos, de Tom Jones e Harvey Schmidt, um musical Off- Broadway. Em 1997, dirige Arte Oculta, escrito e interpretado por Cristina Mutarelli, ao lado de Carlos Moreno. Em 2000, dirige Paulo Autran em Visitando o Sr. Green, de Jeff Baron, espetáculo que marca os 50 anos de carreira do ator. No ano seguinte, é a vez de um texto de Mário Bortolotto, Gravidade Zero, para o ator circense Rodrigo Matheus, e Futilidades Públicas, um monólogo de Patrícia Gaspar. Remoto Controle, de Leonardo Alckmin, é dirigido por ele para a Mostra de Dramaturgia Contemporânea do Sesi, em 2002. No mesmo ano, encena Só Mais um Instante, de Marta Góes, na Mostra Oficial do 11º Festival de Teatro de Curitiba e dirige Marília Pêra em A Filha da ... , de Eduardo Silva. 3 Versões da Vida, de Yasmina Reza, com Denise Fraga e Marco Ricca é o espetáculo de 2003. Retorna como ator, em 2003, em Artaud, Atleta do Coração, uma análise de Artaud pelas pinturas de Van Gogh, sob a direção de Marcia Abujamra, e em Senhor das Flores, de Vinícius Márquez, dirigido por Marco Ricca. E, em 2004, está em A Cabeça, de Alcides Nogueira, ao lado de Débora Duboc, novamente direção de Marcia Abujamra. No cinema participa de algumas produções, com destaque para Sábado, Os Boleiros e O Príncipe, todos de Ugo Giorgetti. Parceira de Elias em diversos trabalhos, a diretora Marcia Abujamra traça um perfil da trajetória do artista: "Ator de teatro, televisão e cinema, diretor e muitas vezes roteirista de seus próprios trabalhos, Elias Andreato é um artista de rara sensibilidade e talento na arte de compor suas personagens. Sua busca é pela humanidade das personagens que interpreta e seus espetáculos freqüentemente questionam o papel do artista na sociedade e a relação com o seu tempo. Construiu uma carreira sólida feita, acima de tudo, pela escolha por personagens/personalidades que pudessem traduzir esse pensamento - Van Gogh, Oscar Wilde, Artaud, são exemplos dessa escolha e resultaram em interpretações marcantes que garantiram a ele um lugar especial no teatro brasileiro. Andreato já foi considerado o maior ator de teatro da geração pós-Arena e Oficina, um ator que se supera a cada espetáculo e é hoje referência para as gerações mais jovens que vêem nele uma inspiração e uma possibilidade de vida e de um caminho pessoal no teatro".2
Notas
1. BLANCO, Armindo. Uma viagem na tempestade. Tribuna da Imprensa, Rio de Janeiro, 19 maio 1994.
2. ABUJAMRA, Marcia. Depoimento sobre Elias Andreato cedido à Enciclopédia Teatro do Itaú Cultural. São Paulo, out. 2002.
Teatro / Ator
- 1977- Pequenos Burgueses, de Máximo Gorki, com direção de Renato Borghi
- 1978– Brincadeiras, de Raimundo Mattos, com direção de Mario Mazetti
- 1979- Tietê! Tietê!, de Alcides Nogueira, com direção de Marcio Aurelio
- 1980- Diário De Um Louco, de Nikolai Gogol, com direção de Marcio Aurelio
- 1981- Lua De Cetim, de Alcides Nogueira, com direção de Marcio Aurelio
- 1982- Trágico à Força, de Anton Tchecov, com direção de Marcio Aurelio
- 1983- Édipo Rei, de Sófocles, com direção de Marcio Aurelio
- 1984- Senhorita Júlia, de August Strindberg, com direção de Renato Borghi
- 1984- Artaud, O Espírito Do Teatro, de José Rubens Siqueira e Antonin Artaud, com direção de Francisco Medeiros
- 1984- Escola De Mulheres, de Molière, com direção de Roberto Lage
- 1985- O Gosto Da Própria Carne, de Robert Inaurato, com direção de Roberto Lage
- 1985- O Auto Do Frade, de João Cabral de Melo Neto, com direção de Carlos Meceni
- 1986- Hello! Boy!, de Roberto Gil Camargo, com direção de Roberto Lage
- 1986- O Corpo Estrangeiro, de Marguerite Duras, com direção de Marcia Abujamra
- 1988- Lago 21, de Anton Tchekov e Shakespeare, com direção de Jorge Takla
- 1989- Decifra-Me Ou Devoro-Te, de Renato Borghi, com direção de Roberto Lage
- 1990- Sexo Dos Anjos, texto e direção de Flávio de Souza
- 1991- O Empresário, de Mozart, com direção de Jorge Takla
- 1991- Uma Noite Com Valentin, de Karl Valentin, com direção de Fernado Beck
- 1992- Solo Mio, de Caio Fernando Abreu, Murilo Rubião, com direção de Eliana Fonseca
- 1993- Van Gogh (Fragmentos Da Vida E Obra De Van Gogh), roteiro de Elias Andreato], direção de Marcia Abujamra
- 1994– Rèpétition, texto e direção de Flávio de Souza
- 1995- Esta Noite Choveu Prata, de Pedro Bloch, com direção de Elias Andreato
- 1996- A Gaivota, de Anton Tchecov, com direção de Jorge Takla
- 1997- Oscar Wilde (Fragmentos Da Vida E Obra De Oscar Wilde), roteiro Elias Andreato e direção de Vivien Buckup
- 2001- As Cidades Invisíveis, de Ítalo Calvino, com direção de Marcia Abujamra
- 2001- A Comédia Dos Homens, de Griselda Gambaro, com direção de Marcia Abujamra
- 2003- Senhor Das Flores, de Vinícius Márquez, com direção de Marco Ricca
- 2003- Artaud, Atleta Do Coração, de Antonin Artaud, com direção de Marcia Abujamra
- 2004– A Cabeça, de Alcides Nogueira, com direção de Marcia Abujamra
- 2006– O Avarento, de Molière, com direção de Felipe Hirsch
- 2007– Amigas, Pero Non Mucho, de Célia Forte, com direção de José Possi Neto
- 2008– Andaime, de Sérgio Roveri, com direção de Elias Andreato
- 2009– Doido, roteiro, direção e interpretação de Elias Andreato
Teatro / Diretor
- Não Tenha Medo De Virgínia Woolf - (Fragmentos da obra e vida de Virginia Woolf), roteiro Elias Andreato com Esther Góes
- Futilidades Públicas, solo de Patrícia Gasppar
- Levadas Da Breca, criação coletiva, com Mira Haar e Patrícia Gasppar
- Arte Oculta, de Cristina Mutarelli, com Carlos Moreno e Cristina Mutarelli
- Ifigênia Em Áulis, de Sófocles, com Celso Frateschi e Edith Siqueira
- Rimbaud (Fragmentos da Obra e Vida de Rambaud), roteiro Elias Andreato, com Ariel Borghi, Nilton Bicudo e Vitória Camargo
- Tantã, de Rafael Camargo, com Cristina Pereira
- Shows da cantora Eliete Negreiros
- Os Fantastikos (Um Musical Off-Broadway), de Tom Jones e Harvey Schmidt, com Emiliano Queiroz e Claudio Botelho
- Complexo De Doris Day, de Luís Carlos Rossi, com Eliana Fonseca e Juarez Malavazzi
- Do Amor De Dante Por Beatriz (Fragmentos da Divina Comédia e dos Poemas da Juventude de Dante Alighiere), roteiro de Elias Andreato, com Celso Frateschi
- A Lista De Alice, de Betinho, com Ângelo Antônio
- Visitando O Sr. Green, de Jeff Baron, com Paulo Autran e Cassio Scapin
- Alguma Poesia, de Carlos Drummond de Andrade, com Tereza Athayde, Fábio Herford e Mario Augelli
- Gravidade Zero, de Mário Bortolotto, com Rodrigo Matheus
- Eu Não Sou Cachorro, de Fernando Bonassi, com Celso Frateschi
- Desconhecido Íntimo, de Alexandre Alkimin, com Renato Borghi e Débora Duboc
- 22, Ó Nóis Na Fita Moderna, inspirado na Obra de Oswald de Andrade, com Iara Jamra, Moises Inácio e Elias Andreato
- Só Mais Um Instante, de Marta Góes, com Tânia Bondezan, Heloisa Cintra e João Paulo Lorenzon
- A Filha Da... , de Carlos Eduardo Silva, com Marília Pêra, Luciana Coutinho, Nina Morena e Luciano Barbalho
- Elas Cantam Chico, show com Ana Carolina, Zizi Possi, Elba Ramalho, Zélia Duncan, Sandra de Sá, Fernanda Abreu, Jane Duboc, Wanderléa, Mart’nália, Alcione e Elza Soares
- 3 Versões Da Vida, de Yasmina Reza, com Denise Fraga, Marco Ricca, Mário Schoemberger e Ilana Kaplan
- A Era Do Rádio, show com a soprano Eloisa Baldin e as mezzo-soprano Silvia Tessuto e Regina Helena Mesquita e o baixo Roberto Casemiro
- O Carnaval Dos Animais, de Saint-Saëns, com a Camerata São Paulo, sob regência de Daniel Misiuk e Corpo de Baile Jovem do Theatro Municipal de São Paulo
- O Rim, de Patrícia Melo, com Carolina Ferraz, Ivone Hoffman, Marcelo Serrado e Heitor Martinez
- Adivinhe Quem Vem Para Rezar, de Dib Carneiro Neto, com Paulo Autran e Cláudio Fontana
- Operação Abafa, de Jandira Martini e Marcos Caruso, com Miguel Magno, Jandira Martini, Marcos Caruso, Tânia Bondezan, Noemi Marinho, Francarlos Reis e Diego Leiva
- Andaime, de Sérgio Roveri, com Cassio Scapin e Cláudio Fontana
- Ghetto, solo de Fábio Herford], baseado na obra de Zvi Kolitz
- Florilégio, de Carlos Moreno e Mira Haar, com Carlos Moreno, Mira Haar e Jonatan Harold.
TV
- Revistinha (Programa Infantil) TV Cultura
- Helena (Novela) TV Manchete
- A Idade Da Loba (Novela) TV Bandeirantes
- Suave Veneno (Novela) TV Globo
- A Muralha (Minissérie) TV Globo
- Sai De Baixo (Roteirista 1997/1998) TV Globo
- Cidadão Brasileiro (Novela) TV Record
- Minha Nada Mole Vida (Humor) TV Globo
- Beleza Pura (Novela) TV Globo
Cinema
- Faça Você Mesmo, de Fernando Bonassi – Curta-Metragem
- Epopéia, de Michael Human – Curta-Metragem
- A Cela, de Philipi Barcinski – Curta-Metragem
- The Goiana Incident de Kim Flitcroft – Longa-Metragem
- City Films Production For BBC
- Dedicatórias, de Eduardo Waisman – Curta-Metragem
- O Postal Branco, de Fihilipi Barcinsk – Curta-Metragem
- Sábado, de Hugo Giorgetti – Longa-Metragem
- Os Boleiros, de Hugo Giorgetti – Longa-Metragem
- O Príncipe, de Hugo Giorgetti – Longa-Metragem
- Mãe, de Luis Antonio Pereira – Curta-Metragem
- Essa Maldita Vontade De Ser Pássaro, de Adrian Steinway e Paula Fabiana
NORTE DO PARANÁ - BRASIL - By JOSÉ CARLOS FARINA
VÍDEOS NORTE DO PARANÁ
VALE A PENA CONHeCER E INVESTIR
VALE A PENA CONHeCER E INVESTIR
Um dos lugares mais bonitos e prósperos do planeta, o norte do paraná possui uma vasta extensão de terras férteis do tamanho de muitos paises da Europa. O grande retangulo que vai de Londrina até Cascavel e Foz do Iguaçu, passando por Sertanópolis, Rolândia e Maringá sempre foi e sempre será o Celeiro do Brasil. O "Eldorado" do Brasil ainda está aqui. Venha conhecer e viver no Norte do Paraná. Aqui você tem tudo o que precisa pra viver. Solo fértil, bom clima, chuvas regulares, comércio e indústria em pleno desenvolvimento, lazer, turismo, praias, pesca, centenas de rios e nascentes, remanescentes de florestas e um povo honesto e trabalhador. TEXTO e FOTO de JOSÉ CARLOS FARINA - ROLÂNDIA - PR.
AVENTURAS DO FARINA EM ROLÂNDIA - CARONAS
MINHA VIDA DA CARONISTA
Nos anos 70, quando eu era jovem (não faz muito tempo) era moda pegar carona. Nestas caronas você passa por cada situação e pega cada figura. Vou contar algumas estórias cômicas: A gente ficava sempre "dedando" ali próximo da estátua do Roland. Eu e meu amigo Jair Qualio fizemos um curso em Londrina e nesta época íamos sempre juntos nestas aventuras. Na primeira façanha, depois de esperarmos mais de meia hora alguma alma caridosa e como ninguém parava resolvermos "dedar" um fusca velho caindo aos pedaços que de tão ruim vinha zique-zagueando pela pista com as rodas quase que soltando. Neste fusca vinha o motorista e um acompanhante. Logo que entramos o motorista foi falando: - "Nóis não respeita nem quebra-molas e nem buracos". E para provar ia procurando os buracos da pista pra jogar o carro. O coitadinho do fusca que já estava capegando e com as rodas soltas dava grandes pulos. Batemos com a cabeça várias vezes no teto. Para complicar o cara que ia de passageiro ( tinha uma cabeça pequena igual a um repolho) olhou para trás e com uma cara de maluco falou: - "não sei se vocês sabem, mas não injetamos". Na época nem sabíamos o que era "injetar", mas pensamos que coisa boa não era. Ai depois de passar correndo em uns quatro quebra-molas e jogar o carro em tudo e qualquer buraco o motorista resolveu perguntar: - "onde que vocês querem ficar mesmo? O Jair com os olhos esbugalhados de medo falou gaguejando: Aqui mesmo!...Aí o cara pisou no freio de uma vez arrastando mais de vinte metros, quase capotando. Nem mal abriu a porta já saímos correndo e até esquecemos de agradecer. Paramos mais ou menos em frente a exposição e tivemos que ir à pé até o centro de Londrina. Mas ainda agradecemos a Deus o fato de termos chegado vivos. Neste mesmo dia, para voltarmos para Rolândia estava difícil para conseguir carona então viemos a pé. Enquanto andávamos íamos dedando. Acabamos chegando em Cambé e nada de carona. Quando estávamos um pouco pra frente do Estádio, em uma curva, dedamos um fuscão amarelo que vinha a mais de 120 km/p/h. Quando fizemos o sinal o carro já estava estava bem próximo de nós... o cara se apavorou e pisou no freio de uma vez e saiu no acostamento de terra. Gente, que coisa horrível... o carro freiou uns 40 metros e quase cai em uma valeta do lado da pista. Subiu uma grandiosa poeira vermelha. Eu o Jair corremos. Chegamos ao lado do carro com as línguas de fora. Aí um homem moreno com mais ou menos uns 60 anos de idade... um chapéu panamá na cabeça falou bravo: - "vocês ficam num lugarzinho díficil pra pegar carona ein?". Fiquei tão nervoso que falei para o Jair: - "deixa que eu vou na frente". Mas eu queria é ir atrás mesmo - respondeu o Jair. - "pode ir então na frente". Nossa carreira de caronistas foi infeliz. Nas férias de Julho (não lembro o ano) o Jair me convidou para passar uns dias na casa do seu pai no sítio no km. 14, próximo a São Martinho. Fomos tentar carona ali em frente a AABB. O Jair não tinha paciência nenhuma. Esperamos apenas uns 15 minutos e como ninguém parou já veio ele com a aquela proposta: - "vamos indo a pé e dedando. Logo alguém pára". Pra encurtar a conversa fomos conversando, contando piadas e proezas até o sítio e ninguém parou. Saímos de Rolândia por volta das 9:00 e chegamos lá por volta das 13:00 horas. Mortos de fome e sede. Ainda bem que sobrou bastante almoço para nós repormos a energia. Vou contar mais esta: Desta vez estava sozinho. Em frente a estátua do Roland dedei um Maverick V-8 que vinha a mais de 120 k/p/h. Achava impossível que ele parasse, afinal era o meu sonho andar em um carro assim. Para a minha surpresa o cara pisou no freio precisando de uns 20 metros para parar. Quando cheguei do lado o cara foi falando: "entra logo, põe o sinto, não conversa comigo que eu tenho que chegar em Londrina daqui 10 minutos." Pensei em desistir mas a vontade de andar no Maverick era maior. Entrei todo sem jeito e com cara de assustado. Gente!.. ai é que eu vi que o tal do Maverick era um carrão mesmo. O cara saiu queimando os pneus na primeira marcha, na segunda, na terceira....a quarta eu não sei por causa do medo. Minha cabeça colou no banco e com os olhos esbugalhados fiquei só olhando o motorista ultrapassar todo e qualquer carro que vinha pela frente... qualquer que fosse o lugar. Podia ser curva...lombada...com espaço ou sem espaço. Ele era bem melhor que o Rubinho Barrichello. Ao chegarmos próximo ao viaduto de Sertanópolis ele saiu para ultrapassar uma fila de mais ou menos uns seis carros, próximo a uma curva. Quando ele estava ultrapassando o último apareceu de repente um caminhão Scania laranjada na nossa frente. Do lado só havia espaço para o carro e nada mais. Na hora em que íamos bater ele jogou o carro de uma vez para o lado direito e "vupt" passou a Scania a mais de 100 por hora. Não deu tempo nem de orar a Deus. Fiquei com o olhos saltados e o pé "freiando" até amassar o assoalho . Se batêssemos não iriamos sentir nada. Seria um passeio no céu sem aviso prévio. Coitada da minha mãe para lavar depois a cueca. O medo foi tanto que não tive coragem de perguntar ao motorista porque ele estava com tanta pressa. JOSÉ CARLOS FARINA - ROLÂNDIA - PR.
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