JOSÉ CARLOS FARINA, BLOGUEIRO E YOUTUBER

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ROLANDIA E O NORTE DO PARANÁ

domingo, 11 de setembro de 2011

ROLÂNDIA GANHA MEDALHA NAS OLIMPÍADAS ESCOLARES


Renata da Silva Lopes - CICLISMO
A primeira medalha de ouro das Olimpíadas Escolares, que tiveram início neste sábado, em João Pessoa, foi para o Paraná. Na prova de estrada feminina do ciclismo, a paranaense Renata da Silva Lopes, do Colégio Estadual Francisco Villanueva, de Rolândia (PR), levou a medalha de ouro, a primeira nesta edição dos Jogos, que contempla atletas entre 12 e 14 anos de idade.
Renata completou os 13,5 km da prova em 28min09s, deixando para trás a também paranaense Sinara Cristina Bonini, do Colégio Estadual Pacaembu, de Cascavel (PR), ue ficou com a prata, e a medalhista de bronze Paula Lima Ferro, do Colégio Dom Bosco, de São Paulo.
- Estou muito feliz. Esta é a primeira grande competição que disputo e já fui campeã. Como tinha muitas meninas, achei que a prova seria mais difícil, mas, na última volta, percebi que elas estavam mais cansadas que eu e ataquei - vibrou a campeã, que pedala há pouco mais de um ano.

MINHA INFÂNCIA NA ROÇA NO NORTE DO PARANÁ - by FARINA


TEMPOS FELIZES



Passei a minha infância (anos 60) no Município de Rolândia, norte do Paraná. Como eu tinha os meus avôs, tios e primos morando na zona rural (sítio ) passsava todas as férias com eles. Acordávamos bem cedinho... por volta das 6:00 horas.  Os passarinhos nos acordavam sempre neste horário com a alvorada. Eram bem-te-vis, pássaros pretos, anús, tizil, sanhaços, sabiás, tico-tico e pombinhas... Corríamos para o curral para pegar leite quente com espuma e açucar direto no copo. Depois vínhamos para a cozinha comer pão com toucinho ou pão com torresmo. Logo cedo inventávamos um monte de brincadeiras. Uma delas era caçar passarinhos com estilingue. Pegávamos um embornal... o  colocávamos atravessado no ombro e íamos para o rio pegar seixos (pequenas pedras arrendondadas). Após, entrávamos no pomar ou no cafezal na esperança de abater uma pomba juriti para o almoço. Mas Deus sempre protegeu estas aves. Nunca consegui matar uma sequer. Bom... então armávamos arapucas para pegá-las. Muitas vezes conseguimos pegá-las. Levávamos as pobrezinhas para o meu tio abater. Após tirar as víceras e as penas não sobrava quase nada de carne. No verão, na parte da tarde, íamos quase todo dia nadar no riacho. Era um ribeirão pequeno de águas cristalinas e puras. Podíamos até beber  água diretamente do rio. Como o rio era muito pequeno, tínhamos que represá-lo. Colocávamos pedras, madeiras e barro. Tínhamos muita paciência e tempo. Caprichávamos tanto que muitas vezes conseguíamos até 0.80 centímetros de profundidade. Nossa!... para nós era melhor que piscina. Água limpa e geladinha. Foi assim que aprendi a nadar. Primeiramente estilo "cachorrinho" e depois "braçada". Tenho até hoje na minha mente a delícia daquelas águas "profundas" e geladas.... Muitas vezes levávamos peneira para pescarmos. íamos peneirando a água próximo ao barranco, trazendo para cima, barro, pedras e (quando dava sorte) lambaris e camarões de água doce. Mas, o que mais pegávamos eram carangueiros e girinos (filhotes de sapo). Saíamos sempre também  a passear à cavalo. Meu avô tinha duas éguas, a Serena e a Gaucha. As duas eram negras e tinham manchas brancas na testa. Eram lindas. Eu sempre montava a Gaucha que era mais mansa e o meu primo a Serena que era arisca. As vezes íamos longe. Até o Caramurú. Não havia perigo... Não tinha bandido... Não tinha ladrão... Era um prazer incrível poder respirar aquela brisa com o cheiro da florada dos eucaliptos e flores silvestres. Era tudo tão bonito... aqueles cafezais... os trabalhadores capinando a roça...os cumprimentos... tarde!... dia!... (quase ninguém falava bom dia!.. Boa tarde!...) As vezes apóstavamos corrida. (eu perdia sempre e ainda gritava: - me espera preto (apelido do Toninho).  Ao chegarmos em casa andavámos com as pernas abertas por causa das feridas que se formavam nas nádegas. Era uma cavalgada hoje e um período de descanso de pelo menos uns cinco dias para que as feridas cicatrizassem. Eu, meu primos e irmãos adorávamos também acompanhar meu tio e meu avô em viagens de charrete até a venda do Caramurú. Enquanto o meu tio tomava uma "branquinha" eu e meu primo comíamos sanduiche de mortadela e paçoquinha. Meu tio Manoel tinha quatro cachorros americanos de caça e sempre o acompanhávamos em suas caçadas. Era muito divertido. Quando os cães "levantavam" alguma paca ou cotia começavam a correr e uivar sem parar. Ai nós tínhamos que correr junto para ver o resultado. As vezes corríamos uma manhã inteira e era só frescura dos cachorros. (não tinha bicho nenhum). Eu gostava muito quando chegava visita à noite. Eu e meu primo ficávamos sentados ao lado do fogão caipira à lenha comendo pipoca e o meu tio, avô  e visita ficavam contando causos de assombração. O duro era dormir depois. A gente sempre acreditava naquelas mentiras que eles contavam. Eles sempre falavam assim: - "Não sei se é verdade, mas lá em Barretos, meu avô contava que aparecia uma luzinha depois da meia noite e acompanhava os cavaleiros e suas comitivas". A gente sempre ajudava a avó na capina e limpeza do quintal e do pomar e em troca ela fazia pra nós cural de milho, bolos e outras guloseimas. Fazíamos casas do Tarzan em cima das árvores. Amarrávamos uma corda para subir e descer da árvore. Íamos a uma floresta que havia lá perto atrás de marfim para fazermos arco e flexa. Os arcos eram tão bons que conseguíamos arremessar flexas a mais de 50 metros de distância. Subíamos em eucaliptos finos, e, estando lá em cima, forçávamos o tronco a inclinar até  alcançarmos o chão. À noite em nosso quarto ficávamos contando "estórias" e piadas que ouvíamos dos adultos. Na falta de piadas novas repetíamos as de sempre. E o pior, sempre ríamos do mesmo jeito  (isso é que é solidariedade). Teve uma época que  fazíamos carrinhos com rodas de pau e apostávamos corrida descendo em alta velocidade o carreador do sítio. Muitas vezes o "breque" falhava e acabávamos parando com o "chifre" no barranco. As corridas sempre acabavam em chôro. Um dia resolvermos construir um barco para navegar na represa do meu avô. Usamos um tacho (não deu certo)... usamos a mantimenteira da minha avó (também não deu certo)... Aí o meu tio Mané teve uma feliz ideia. Foi lá no mato e cortou uma árvore de imbaúva que é oca por dentro... juntou dois troncos em forma de "V" e pregou taboinhas... Aí deu certo... Passamos uma tarde deliciosa remando e pescando lambaris na represa. Tenho muitas outras estórias para contar, mas vai ficar para outro oportunidade. Até lá pessoal!...JOSÉ CARLOS FARINA - ADVOGADO - ROLÂNDIA - PR.

( PERCA BARRIGA ) Identificado mecanismo que transforma gordura ruim em boa




BONDENEWS
Um grupo de cientistas norte-americanos identificou um mecanismo biológico que transforma gordura branca em gordura marrom. A novidade foi publicada na edição de setembro da revista Cell Metabolism e poderá auxiliar no desenvolvimento de novas estratégias para tratar a obesidade. 

homem tem dois tipos de tecido adiposo: o marrom, ligado à regulação da temperatura e abundante em recém-nascidos; e o branco, cuja função é acumular energia no corpo e está mais presente em adultos. A gordura branca está associada à obesidade e falta de exercícios. É a gordura indesejada que muitos querem se livrar do excesso. 

O novo estudo, feito em modelo animal por cientistas do Centro Médico da Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos, demonstrou que a transformação da gordura ruim em boa é possível devido à ativação de uma enervação e de um caminho bioquímico que começa no hipotálamo (área cerebral envolvida no balanço energético) e que termina nas células adiposas brancas.

A transformação das gorduras foi observada quando os animais foram colocados em um ambiente mais rico, com maior variedade de características e desafios físicos e sociais.

Camundongos foram inseridos em recipientes contendo rodas de girar, túneis, cabanas, brinquedos e diversos outros elementos, somados a alimento e água em quantidades abundantes. Um grupo controle também foi exposto a água e alimento sem limites, mas em ambiente sem dispositivos para que pudessem se exercitar. 

Segundo os cientistas, a maior transformação de gordura branca e marrom foi associada a um ambiente fisicamente estimulante, mais do que à quantidade de alimentos ingerida.