É o blog do Farina que posta muitos videos aqui da região. Entre eles as manifestações ocorridas no Bosque de Londrina contra a derrubada de árvores.Veja aqui
Pela primeira vez, após dezenas de irregularidades, integrantes da Prefeitura de Londrina reconheceram o erro de tentar abrir a Rua Piauí e cortar o bosque Marechal Candido Rondon ao meio sem qualquer tipo de estudo e explicações públicas detalhadas. Em reunião na sede do Ministério Público na tarde de 21-11, até mesmo funcionários do Ippul, Sema e Secretaria de Obras mostraram-se convictos de que o projeto que começou errado deve parar. A abertura da Rua Piauí teria a finalidade de descongestionar o trânsito do local, mas nenhum estudo do Ippul sobre o tráfego na área do Bosque foi divulgado até o momento. Veio do diretor da secretaria de Obras Aguinaldo Rosa o reconhecimento mais enfático: "Erramos feio nisso", declarou, atestando como incorreta a postura da Prefeitura de não apresentar estudos nem consultar a população sobre o projeto. Na reunião estavam representantes do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), o secretário de Obras Bruno Morikawa, a presidente do Ippul Regina Nabhan, o diretor da secretaria de Obras Aguinaldo Rosa e membros da Ong MAE e Ocupa Londrina, além da promotora Solange Vicentin. A Prefeitura iniciou o projeto com a derrubada de 17 árvores sadias sem licenciamento ambiental. A obra foi embargada e o Instituto Ambiental do Paraná multou a Prefeitura em R$ 10 mil. Segundo ação civil pública proposta pela Ong MAE e pelo Mocimento Ocupa Londrina, a proposta contraria o processo de tombamento histórico do local e a natureza de Complexo Esportivo, estabelecida em lei municipal. Conselho Municipal das Cidades (CMC) e Conselho Municipal do Meio Ambiente (Consemma), contra o que manda a lei, jamais foram ouvidos. Durante a reunião, a promotora Solange Vicentin, a advogada Natália Jodas (Ong MAE), o arquiteto Renato Alves e o jornalista Guto Rocha (Ocupa Londrina) também reforçaram que o objetivo da sociedade em se manifestar contra às mudanças no Bosque não envolve qualquer tipo de "jogada política", como membros da administração afirmaram em entrevistas. “Pelo contrário, apoiamos a revitalização do local porque é preciso resolver os problemas de segurança e limpeza ali existentes", afirmou Guto Rocha. Segundo o arquiteto Renato Alves, que já foi funcionário do Ippul, empreendimentos como esse necessitam de 2 a 3 anos de análises e estudos sobre os impactos ambientais, sociais e, no caso, históricos. "Uma obra como essa mexe com a memória de um local, é preciso ouvir quem mora na área, quem se utiliza do Bosque", ressaltou o urbanista. Expostos os problemas no projeto de abertura do Bosque e convencida de que a melhor saída não é mantê-la, a promotora do meio ambiente, Solange Vicentin, levará hoje uma proposta ao prefeito Barbosa Neto: a de que as obras de revitalização sejam feitas com a continuidade do bosque fechado. A decisão de ir ao prefeito foi tomada depois do silêncio permanente da presidente do Ippul, Regina Nabhan, que nada disse sobre a possibilidade de que a administração volte na decisão de abrir a Rua Piauí. A promotora vai propor que o prefeito reavalie os pedidos da sociedade e as irregularidades do projeto - e mantenha o bosque sem carros dentro. "Se ele quiser manter a reabertura, o projeto vai ter que passar por todos os processos pelos quais deixou de passar, entre eles a elaboração do Estudo de Impacto de Vizinhança", declarou a promotora. Caso as obras não sejam paralisadas para abrir a rua, o grupo vai continuar se mobilizando. A reunião com o prefeito acontece amanhã, 22/11, às 10h30 na Escola Municipal Mercedes Madureira, na Rua Darcirio Egger, 342, Jardim Sangri-Lá II - o local foi escolhido para acompanhar a agenda do Prefeito Barbosa Neto.
"É importante lembrar que o dinheiro da venda destes terrenos será destinado exclusivamente e tão somente para investimentos no crescimento de Rolândia, que já vive o seu melhor momento na história. Ao contrário do que dizem algumas pessoas, que querem confundir a opinião pública, a Prefeitura de Rolândia nunca esteve tão bem financeiramente." - JOHNNY LEHMANN
Representantes de diversas entidades de Londrina participaram, durante a tarde desta segunda-feira (21), de uma reunião que discutiu o polêmico projeto de revitalização do Bosque Central. O encontro foi realizado na sede do Ministério Público (MP). Técnicos do Instituto de Pesquisa ePlanejamento Urbano de Londrina (Ippul) e secretários municipais apresentaram o projeto às entidades que já se mostraram contrárias ao que está sendo feito no bosque: o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), que embargou as obras, o Movimento Ocupa Londrina e a ONG Meio Ambiente Equilibrado (MAE). Os representantes das entidades e a promotora de Defesa do Meio Ambiente de Londrina, Solange Vicentin, aceitaram a revitalização no espaço, mas reiteraram que são contra à abertura da rua Piauí pelo Zerinho, localizado no meio da área de preservação.A promotora informou que apresentará ao prefeito uma proposta para a revitalização do espaço sem que a rua precise ser reaberta. Solange classificou como "incoerente" a revitalização em dois lugares, como foi proposta pela prefeitura anteriormente.
Caso Barbosa opte pela abertura da rua, será preciso que o Executivo envie um documento ao Ministério Público e ao IAP para comprovar a real necessidade da obra. Sendo assim, a obra continuará embargada até que as exigências sejam cumpridas por parte da prefeitura. (com informações da repórter Micheli Aligleri, da Folha de Londrina)