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Moradores, agricultores e ambientalistas de Rolândia e cidades vizinhas lançam neste sábado, dia 23, uma campanha que busca transformar o município no “Central Park do Norte do Paraná”. O objetivo é valorizar a Economia Verde do município, combinando desenvolvimento regional com preservação ambiental.
A campanha vai distribuir flores e frutas e inicia às 10 horas, na estátua de Roland, no centro. E dá seqüência aos atos que têm sido realizados com o objetivo de alertar a comunidade sobre a industrialização em áreas propícias ao lazer e que garantem a segurança alimentar.
Segundo os organizadores, o Central Park de Nova Iorque, famoso mundialmente graças aos festivais, museus e gastronomia em seu entorno, é um referencial. Milhões de pessoas desfrutam de qualidade de vida graças à Economia Verde, que une planejamento urbano a conservação do ambiente.
Moradores, agricultores e ambientalistas de Rolândia e região alertam que a falta de planejamento regional ignora áreas valiosas à qualidade de vida e à segurança alimentar. Eles citam pelo menos 13 espaços que convidam ao lazer, ao estudo e à economia sustentável.
Entre eles a Chácara Rolândia, jardim botânico que teve seu início no pioneirismo; a Chácara Marabú, que preserva uma floresta original de 2 alqueires no espaço urbano; a Pousada das Alamandas, que guardam jardins e remanescentes naturais.
Têm ainda o Distrito Bartira ou Nossa Senhora Aparecida como modelo de “cidade jardim” e a Fazenda Bimini, que concentra a 2ª maior coleção de árvores nativas da Embrapa-Florestas.
Na gastronomia, o Município é reconhecido desde o pólo de embutidos do Distrito de São Martinho a estabelecimentos tradicionais.
O Museu Agrícola JAPONÊS abrigou as festividades dos 100 anos da imigração japonesa, enquanto a Oktoberfest lembra a influência alemã.
No que diz respeito à segurança alimentar, Rolândia tem o título de “Berço do Plantio Direto”. A técnica é utilizada desde 1972 pelo produtor Herbert Bartz. Ele trouxe dos Estados Unidos uma máquina para o plantio direto. Fez os testes em sua propriedade e a técnica se espalhou pelo País. Palha e restos vegetais de outras culturas são mantidos na superfície do solo, garantindo cobertura e proteção contra erosão, mantendo os microorganismos na terra e permitindo o uso de menos herbicidas.
Mas a falta de uma política clara que combine desenvolvimento regional com preservação ambiental põe em perigo a importância de Rolândia como possível “Central Park do Norte do Paraná”.
O município sofre com empresas poluidoras e se encontra em processo acelerado de crescimento. Infra-estrutura precária em loteamentos habitacionais e avanço do parque industrial em áreas destinadas à segurança alimentar também ameaçam a campanha.
Rolândia tem 57 mil habitantes, segundo o censo do IBGE, dos quais quase 3,4 mil trabalham na zona rural; 5 mil no comércio; 1,2 mil na educação e 5,6 mil na indústria de produtos alimentícios, bebida e álcool etílico.
A maior produção agrícola é de soja (23 mil hectares); seguida do trigo (17 mil hectares). Também se produz cana, milho, laranja e café, entre outros.
SERVIÇO:
Lançamento da campanha “Rolândia, o Central Park do Norte do Paraná”
Neste sábado, dia 23, às 10 horas, na estátua de Roland