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ROLANDIA E O NORTE DO PARANÁ

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Açúcar tem efeitos semelhantes ao álcool no organismo


Novo estudo indica que os efeitos danosos do açúcar no organismo são semelhantes aos promovidos pelo álcool

Agência Estado
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Doenças infecciosas foram ultrapassadas, pela primeira vez na história, por doenças não infecciosas. De acordo com as Nações Unidas, doenças crônicas não transmissíveis como câncer, diabetes e problemas no coração são responsáveis por cerca de 35 milhões de mortes ao ano. 

Em comentário publicado na edição desta quinta-feira, 2, da revista Nature, três cientistas da Universidade da Califórnia em San Francisco destacam outro responsável pela mudança na saúde pública mundial, além do cigarro e do álcool: o açúcar. 

Os autores afirmam que os efeitos danosos do açúcar no organismo humano são semelhantes aos promovidos pelo álcool e que seu consumo também deveria ser regulado.

O consumo mundial de açúcar, apontam, triplicou nos últimos 50 anos. E, apesar de os Estados Unidos liderarem o ranking mundial do consumo per capita do produto, o problema não se restringe a esse ou a outros países desenvolvidos.

"Todo país que adotou uma dieta ocidental, dominada por alimentos de baixo custo e altamente processados, teve um aumento em suas taxas de obesidade e de doenças relacionadas a esse problema. Há hoje 30% mais pessoas obesas do que desnutridas", destacaram os autores. 

Mas eles destacam que a obesidade não é o principal problema neste caso. "Muitos acham que a obesidade está na raiz de todas essas doenças, mas 20% das pessoas obesas têm metabolismo normal e terão uma expectativa de vida também normal. Ao mesmo tempo, cerca de 40% das pessoas com pesos considerados normais desenvolverão doenças no coração e no fígado, diabetes e hipertensão", disseram. Eles destacam que a disfunção metabólica é mais prevalente do que a obesidade.

No fim das contas, o problema é maior nos países menos ricos. Segundo o estudo, 80% das mortes devidas a doenças não transmissíveis ocorrem nos países de rendas média ou baixa.

De acordo com os autores do artigo, o cenário chegou a tal ponto que os países deveriam começar a controlar o consumo de açúcar. A regulação poderia incluir, sugerem, a taxação de produtos industrializados açucarados, a limitação da venda de tais produtos em escolas e a definição de uma idade mínima para a compra de refrigerantes. 

Mas, diferentemente do álcool ou do cigarro, que são produtos consumíveis não essenciais, o açúcar está em alimentos, o que dificulta a sua regulação. "Regular o consumo de açúcar não será fácil, especialmente nos ‘mercados emergentes’ de países em desenvolvimento, nos quais refrigerantes são frequentemente mais baratos do que leite ou mesmo água", destacaram.

O comentário The toxic truth about sugar, de Robert H. Lustig, Laura A. Schmidt e Claire D. Brindis, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com.

MAIS DE 200 CASAS DESTELHADAS EM LONDRINA

Mais de 200 casas foram destelhadas por temporal em Londrina

Seis famílias tiveram que ser retiradas de residências danificadas e foram levadas para casas de parentes

Rafael Fantin - Redação Bonde
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Os ventos com velocidade acima de 100 km/h provocaram o destelhamento de pelo menos 200 casas durante a tempestade registrada no início da tarde de domingo (22) em Londrina. 

Segundo o major Luiz Alberto Bueno, Relações Públicas do Corpo de Bombeiros de Londrina, mais de 200 lonas foram distribuídas até o início da tarde desta segunda-feira (23) no quartel e nos postos instalados em bairros da cidade. Aproximadamente 80 lonas foram entregues aos moradores do Residencial Vista Bela, na zona norte, uma das áreas mais prejudicadas pelo temporal. 

De acordo com o major, as lonas são utilizadas na cobertura de residências que sofreram destelhamento total ou parcial e em casas que tiveram parte da estrutura comprometida. "O número de locais atingidos deve ser ainda maior, já que contabilizamos apenas as famílias que procuram os bombeiros para retirar a lona", comentou. A Defesa Civil recebeu mais de 20 ligações por conta de destelhamentos no município. 

Ricardo Chicarelli/Equipe Folh


O material continua sendo distribuído pelo Corpo de Bombeiros de Londrina e os interessados podem comparecer até o quartel no cruzamento das ruas Tietê e Jaguaribe, na Vila Nova, região central da cidade. O major revelou que o Corpo de Bombeiros já está em contato com o Estado para realização de uma compra emergencial de lonas, caso a quantidade disponível não seja suficiente para atender as famílias prejudicadas.

Além do fornecimento de lonas, o Corpo de Bombeiros atendeu 53 ocorrências de quedas de árvores que atingiram casas e carros. Seis famílias tiveram que ser retiradas de residências danificadas e foram levadas para casas de parentes.

VÍDEO VENDAVAL EM LONDRINA

VENDAVAL EM LONDRINA - BALANÇO DO PREJUIZOS

  • 200 mil moradores foram prejudicados com vendaval em Londrina

  • Pauline Almeida
Cerca de 200 mil moradores de Londrina foram afetados pelo vendaval desse domingo (22). A informação foi repassada pelo prefeito Alexandre Kireeff (PSD) em entrevista coletiva, na manhã desta segunda-feira (23). O município ainda não finalizou o impacto total de prejuízos, relatório que vai dizer se será decretada situação de emergência ou não.
Kireeff informou que o decreto depende de questões objetivas. "A mensuração do impacto econômico, da valoração e todos os impactos do vendaval no município de Londrina. Tem que haver uma proporção entre os impactos econômicos e o PIB para que seja estabelecido legalmente uma condição de emergência e abrir a possibilidade de recursos", explicou.
Após o vendaval, a prefeitura disponibilizou 48 servidores, entre Defesa Civil, Guarda Municipal, Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) e secretarias de Obras, Ambiente e Agricultura. Também estiveram presentes nos atendimentos 50 bombeiros e 78 funcionários da Copel.
De acordo com dados da prefeitura, 16 guardas foram deslocados para operações de trânsito. A CMTU colocou três equipes nas ruas para restabelecimento de 20 semáforos, sendo que sete continuavam sem energia até a manhã desta segunda-feira.
Os funcionários da companhia também auxiliaram os trabalhadores da Secretaria de Obras no desbloqueio de 18 vias obstruídas por árvores, como as avenidas Dez de Dezembro e Higienópolis e as ruas Gomes Carneiro e Fernando de Noronha.
Controle de danos
O prefeito contou que já havia feito uma reunião há cerca de 15 dias com a Defesa Civil para prever como seria a ação, caso acontecessem desastres naturais, comuns nesta época do ano. Ele informou que o controle dos prejuízos será executado em três etapas.
Inicialmente, ganharão atenção os problemas que trazem risco de morte e saúde para os moradores. Em um segundo momento, será executada a desobstrução de vias, começando pelas de maior fluxo. Por fim, a prefeitura dará atenção à limpeza e ações necessárias para que Londrina volte à normalidade.
Kireeff pediu paciência à população e também ajuda. Os moradores devem recolher os detritos que estiverem em frente a suas residências, sem o uso de água. Os resíduos devem ser colocados em sacos de lixo para que sejam recolhidos pelos trabalhadores da coleta.
Atendimentos
A Defesa Civil, através do telefone 199, e a Guarda Municipal, pelo 153, receberam 403 chamados, sendo 73 de quedas de árvores, 21 de destelhamentos e 21 de problemas com fios da rede elétrica. O Corpo de Bombeiros atendeu famílias que tiveram coberturas das residências retiradas, distribuindo lonas.
Os bairros mais afetados pelos destelhamentos foram o Vista Bela e o Novo Horizonte, ambos conjuntos habitacionais populares. O município acionará o seguro desses bairros e a Defesa Civil Estadual para que os moradores recebam auxílio na reconstrução.
Em Londrina, 120 mil domicílios ficaram sem energia elétrica com a queda de aproximadamente 30 postes e cinco torres de transmissão. No início da manhã de segunda-feira, 15 mil ainda aguardavam a volta da luz.
Já a água ficou cortada em cerca de 40 mil domicílios entre as 14h e 21h de domingo, por causa da falta de luz que atingiu a captação dos sistemas Tibagi e Cafezal. A Secretaria de Educação registrou danos em 35 escolas, sendo que dez tiveram as aulas suspensas.
Na manhã desta segunda-feira, a CMTU fez a limpeza do Calçadão, onde várias árvores e galhos foram quebrados.
fotos:Alexandre Sanches