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JORNAL DE LONDRINA
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Cooperativas do Paraná rompem barreira dos R$ 40 bilhões
Faturamento bilionário garante novo recorde para o setor em 2013
06/12/2013 | 00:01Igor Castanho/Gazeta do Povo
O cooperativismo paranaense ignora o ritmo lento da economia brasileira e caminha para encerrar o ano com faturamento acima de R$ 40 bilhões, um novo recorde para o setor. A Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) projeta salto de 12% em relação à receita de 2012, contando com participação expressiva do agronegócio. O valor supera o crescimento no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil acumulado até setembro, que é de 2,4%. Além dos bons preços das commodities, a expansão é lastreada por investimentos bilionários feitos pelo setor, que ampliaram a capacidade de recebimento e processamento da produção.
As 240 cooperativas do Estado atuam em dez ramos distintos - agropecuário, crédito, consumo, habitacional, educacional, infraestrutura, saúde, trabalho, transporte, turismo e lazer -, mas a maior contribuição vem do campo. O setor tem participação de 56% no PIB agropecuário do Estado e gera 1,6 milhão de empregos, aponta a Ocepar. Somente a Coamo, de Campo Mourão, deve faturar mais de R$ 8 bilhões. O valor é R$ 1,5 bilhão superior ao orçamento previsto para Curitiba em 2013 (R$ 6,5 bilhões).
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Investimentos em infraestrutura e agroindústria ajudam a sustentar o crescimento do setor. Desde 2002 o setor reaplicou entre 3% e 5% da renda anual - nos últimos sete anos os aportes superam R$ 1 bilhão a cada ano. José Pio Martins, economista e reitor da Universidade Positivo, avalia que a situação não poderia ser diferente. Ele destaca que se os investimentos não fossem feitos, o crescimento da produção obrigaria as cooperativas a processar parte da produção em outros estados. “A maioria das cooperativas já avançou para o setor secundário e terciário. Isso ajuda a reduzir a dependência em um ano de safra ruim, por exemplo”, aponta.
Nesse contexto a Cooperativa Agroindustrial Consolata (Copacol), de Cafelândia, no Oeste do Estado, planeja investir R$ 300 milhões nos próximos dois anos. Conforme o presidente da instituição, Valter Pitol, metade desse recurso será alocado com foco nos cooperados, em estruturas de recebimento da produção. A outra metade será destinada às cadeias integradas de aves, suínos, peixes e gado leiteiro. “Os investimentos agregam valor à produção, ampliam a competitividade e trazem a oportunidade dos produtores participarem mais das atividades da cooperativa”, aponta.