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ROLANDIA E O NORTE DO PARANÁ

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

LONDRINA - CRIANÇAS têm AULA DE TREM e FERROVIA ANTIGA no MUSEU

FOLHA DE LONDRINA

Um bilhete, por favor!

Calçando pantufas de tecido para proteger o assoalho, as crianças puderam conhecer o interior do antigo trem
Após visitarem as exposições do Museu Histórico, os alunos participaram da simulação da compra de um bilhete para o trem. No guichê de compra original, o monitor Thiago fez o papel de bilheteiro e garantiu a todos um lugar no setor de primeira classe. Antes de subirem ao trem, os alunos calçaram pantufas de tecido para proteger o assoalho de madeira dos vagões. 


No primeiro vagão, à época utilizado exclusivamente pelos trabalhadores da estação ferroviária, o fogão a lenha e as instalações mais simples chamaram a atenção, assim como o cofre instalado no seu interior que garantia, uma vez por mês, o pagamento de todos os trabalhadores, conforme o trem ia passando pelas cidades que integravam a rota ferroviária. 



Já no trem de passageiros, os bancos estofados da primeira classe contrasta com os de madeira da segunda classe, mas o charme é o mesmo e dá vontade de se transportar no tempo para ouvir o 'piuiiii' do trem e se deliciar com um meio de transporte que já foi um dos mais importantes do país e merece ser resgatado. (A.P.N.)

O RELOJÃO DE LONDRINA ( EDIFÍCIO AMÉRICA DO SUL )

FOLHA DE LONDRINA
O gigante implacável
O tempo nos controla, mas ninguém controla o tempo: no horizonte de Londrina os ponteiros giram e avisam a cidade que a viagem dela é eterna
É um monumento ao tempo, ao tempo que nos disciplina e nos consome, ao tempo que nos avisa que a gente não é para sempre, porque sempre há um aviso lá no alto de que a cidade só é eterna no todo porque em partes ela é fragilmente finita. Quando o Relojão rompeu o horizonte no final dos anos 1950, Londrina já era uma obra humana promissora e bem-sucedida. 

Os 12 milhões de minutos que já tinham ficado para trás desde a fundação do município já tinham transformado mato em concreto, suor em dinheiro, dor em diversão. Ainda havia cafezais avistando os ponteiros, mas já havia muito mais que isso. 

Nos 17 pavimentos abaixo do monumento, um lugar que revelava o quanto cada minuto é uma partícula de transformação. Os escritórios, os negócios, o cheiro e a degustação do café, os cheques polpudos, a arquitetura moderna, o Edifício América era o termômetro de uma cidade febril. 

Dezenas de metros acima do Calçadão, o espigão respira, se encerra todo dia com uma vista generosa, ainda protegida "na cidade que sobe e que cresce", como se a selva de pedra abrisse uma clareira em respeito ao contador do tempo. 

A terra que ainda rima com menina já amadureceu e para isso precisou de cada um dos 29 milhões de minutos registrados pelo Relojão, as 482 mil horas desde aquele janeiro de 1958 exterminaram os cafezais, lá de cima a engrenagem não parou e foi rodando para lembrar que o mundo rodopia como um pião: o chapéu saiu da cabeça dos homens, as roupas encurtaram, há quem diga que os dias e principalmente as noites abateram impiedosamente as boas maneiras, liberaram o que era proibido, proibiram o que era liberado, atrofiaram as transações comerciais, inventaram outras, revogaram títulos – quem ainda acredita que somos a capital mundial do café? - abrigaram redenção, contaram um tempo feito de vergonhas municipais, estaduais e federais. Mas abaixo dos giros, viveram glórias da mesma proporção. O Relojão não parou na maior alegria mas prosseguiu, aliviante, na maior tristeza. 

A grande máquina oca é um quadrado com lados de 6,5 metros, com mostrador e marcos de concreto, com ponteiros – o maior de três metros e o menor de 2,80 - de zinco galvanizado. A energia vem de pulsos eletromecânicos, que movimentam a engrenagem. 

Mas lá de baixo, o gigante pode ser feito de angústia e de ansiedade. É o tempo de todos, na verdade, o tempo de todos que não pertence a ninguém. 

A Londrina que hoje se orgulha de tão poucos giros de ponteiros para realizar essa façanha de ser assim tão monumental vai, quem sabe, se envaidecer um dia de ter um relógio tão velho que parece que sempre existiu. 

Máquinas não têm alma. Emprestam dos homens mais generosos. Os toques vitais da engrenagem que ninguém vê partem de um homem franzino e determinado, o relojoeiro Ueda Tetsuo, de 76 anos. É dele a incumbência de manter a viagem do Relojão constante e exata. Desde 1963, ele azeita o relógio-monumento sobre o Edifício América. A tarefa foi repassada pela Dimep (fabricante que hoje é mais conhecida pelos relógios-ponto), empresa que montou a estrutura e da qual era representante técnico. 

Paulista de Promissão, começou a trabalhar com relógios em Presidente Prudente (SP). Veio para Londrina atraído pela fama. Aqui se casou e formou família. Embora ele seja remunerado pela Nissei, rede de farmácias que tem uma loja no térreo do edifício e que banca todos os custos de funcionamento da máquina desde 2006, garante que acertar o Relojão "é uma coisa que faço com muito amor e há muito tempo". O filho Carlos Yukio, de 42, ajuda o pai e é o natural herdeiro da nobre função. Já faz alguns ajustes na máquina sem a presença dele. 

A maior preocupação do senhor Tetsuo é o regime de ventos. Quando as rajadas são muito fortes, como aconteceu algumas vezes este ano, o ponteiro dos minutos tem se movido. "Uma bucha se desgastou e o encaixe está meio frouxo. Depois do vento, sempre olho se não houve alteração. Se houve, eu entro no relógio e faço o ajuste", explica. 

Anderson Coelho
O relojoeiro Ueda Tetsuo, de 76 anos, tem a incumbência de manter a viagem do Relojão constante e exata-Lúcio Flávio Moura-Reportagem Local

A guardiã da Mata dos Godoy ( LONDRINA )

FOLHA DE LONDRINA

Com história digna das mais dramáticas novelas, filha de Olavo Godoy assumiu a luta pela preservação da floresta
O Parque Estadual Mata dos Godoy, área protegida que abriga uma das mais importantes florestas do Norte do Paraná, possui uma guardiã. A funcionária pública aposentada Maria Helena dos Santos Godoy Tenório, de 59 anos, assumiu a responsabilidade de proteger o parque de 690 hectares, onde existem mais de 200 espécies de árvores, 60 mamíferos e 300 aves, da ameaça do impacto ambiental que pode ser causado pelo projeto Arco Norte, que inclui a construção de uma aeroporto de cargas e uma rede de rodovias na região. Maria Helena é a presidente da Associação dos Amigos da Mata dos Godoy, que luta para manter a floresta intacta. A história que a conduziu a esta posição, entretanto, inclui detalhes dignos de uma dramática novela. 

A primeira constatação sobre a vida de Maria Helena é que ela foi fruto de uma história de amor. Filha de Juvelina, uma funcionária da fazenda Santa Helena, ela nasceu na propriedade da família Godoy, que era dona de uma extensa área que incluía a própria Mata. O pai de Maria Helena – e dos dois irmãos dela – era Olavo Godoy, um dos donos da fazenda. Tratada como "afilhada" e com privilégios incomuns a filhos de empregados, Maria Helena, entretanto, só foi reconhecida como filha de Olavo em 2000, quatro anos após a morte dele. 

Olavo nunca se casou, mas teve três filhos que foram reconhecidos tardiamente por decisão judicial. A despeito da situação, Maria Helena sempre conviveu com o pai, que inclusive entrou com ela na igreja no dia do casamento com Guilon Tenório, com quem vive, hoje, na Santa Helena. "Eu passava as férias escolares na casa dele, e não na minha mãe", lembra. Aposentada pela Caixa Econômica Federal, ela nunca deixou de visitar Olavo e a fazenda, onde a mãe morou até 1992. Depois do reconhecimento da paternidade, porém, achou que era hora de voltar de vez e lutar por Justiça. 

Por conflitos com uma familiar distante de Godoy, que assumiu a propriedade quando ele já estava no fim da vida, Maria Helena batalhou muito para retomar o que era dela e dos irmãos por direito. Lamenta profundamente o fato de ter sido proibida de conviver com o pai nos últimos momentos de vida, mas empenhou todas as forças para recuperar a estabilidade financeira da propriedade que ele ajudou a construir. 

"Quando voltei, a fazenda tinha dívidas e muitas áreas que não estavam produzindo com eficiência. Nós só conseguimos recuperar a propriedade e pagar as dívidas porque tínhamos aposentadoria", conta a mulher de hábitos simples que cuida pessoalmente da casa de 64 anos onde mora. "Minha vida é uma ironia. Nasci filha de fazendeiro, mas nunca vivi como fazendeira. Hoje, sou uma herdeira, mas vivo como uma trabalhadora", brinca. 

A guardiã da mata conta que abraçou a luta pela recuperação da fazenda para "consertar" a história. "Consegui recuperar o nome do meu pai, que morreu sendo considerado um ‘caloteiro’. Ele foi o homem responsável pela doação da Mata dos Godoy para o Estado, mas terminou velado sem honrarias em uma cerimônia simples na Acesf", lamenta. 

Olavo, segundo ela, tinha uma visão diferenciada da vida. Mesmo antes da doação, que ocorreu em 1989, ele preservou a floresta. "Mantinha pessoas para proteger a mata dos caçadores", recorda a filha, que atribui a essa preocupação, também, o fato de haver matas nativas em todas as entradas da fazenda. "Por isso luto pelo bem comum, pela preservação do planeta e pela vida", afirma. 

Maria Helena também espera que, antes de morrer, o pai tenha entendido que a maior ambição dela era poder conviver com ele. "Tenho certeza que meu pai não teria deixado as filhas desamparadas se tivesse agido conforme sua vontade", defende. O pioneiro faleceu bastante senil, sem capacidade de tomar decisões por conta de doenças. 

Agora, Maria Helena se dedica à defesa do equilíbrio ambiental na região da Mata dos Godoy. Para construção do aeroporto, a prefeitura, na gestão de Barbosa Neto, decretou de utilidade pública uma área de seis mil hectares ao redor da mata. "O problema é que as propriedades são consideradas áreas de amortecimento que protegem a mata de influências que podem alterar a vida existente. Não concordamos que um aeroporto seja construído a menos de mil metros de uma área de preservação", defende. 

A ativista lembra que a região abriga uma bacia hidrográfica de cinco ribeirões que contribuem para o abastecimento da população de toda região de Londrina. Por todos esses motivos, o Ministério Público sugeriu a revogação do decreto, que realmente aconteceu. "Vamos lutar até o fim para que não destruam a maior reserva de mata atlântica do norte paranaense." 

Saulo Ohara
"Vamos lutar até o fim para que não destruam a maior reserva de mata atlântica do norte paranaense"
Maria Helena Godoy Tenório-Carolina Avansini-Reportagem Local

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

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  • Orlando Américo Gonçalves PRIMEIRO QUERO TE PARABENIZAR PELO QUE TEM FEITO, E OS QUE CRITICAM, GERALMENTE SÃO OS QUE NADA FAZEM, ADIANTE TEU TRABALHO É MUITO IMPORTANTE PARA A CIDADE E REGIÃO. 
  • Clóves Vasconcelos Jr. Amigo, não se preocupe em justificar, continue fazendo muito e bem,... o tempo se incumbirá do resto !
  • Aparecida Herrmann Eu acho seu trabalho lindo vc é a ponte que nos mantem ligados a essa linda cidade.Farina tem algum projeto pra colocar momes nas ruas, ou quem sabe um bairro com um nome significativo tipo bairro "Pioneiros' aonde as ruas teriam nomes dos fundadores de Rolândia...adoraria ver pelo.menos o nome do meu sogro lembrado...

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