O Festival de Música de Rolândia, realizado em novembro, deixou como fruto a criação de uma orquestra itinerante composta por 30 instrumentistas e 20 cantores. Denominada Orquestra e Coro de Rolândia, o grupo inaugurou seu trabalho em um Concerto de Natal e já prepara apresentações na região durante todo o ano de 2014.
A ideia de criar uma orquestra originou-se a partir do próprio lema do festival, que era Educação pela música, e anda de mãos dadas com o incentivo à formação de novos músicos. Durante o festival, foram realizadas oficinas musicais em forma de concertos didáticos para estudantes do ensino fundamental de escolas da rede pública.
De acordo com o produtor executivo do grupo, Rogério Carnasciali, o que se pretende é oportunizar músicas gratuitas para a população da região, além de valorizar os profissionais da área.
A formação da orquestra foi um desafio vencido em 15 dias por intermédio de um trabalho conjunto entre Carcasciali, o maestro Ricardo Prado e o maestro adjunto Vitor Gorni. Os dois últimos se encarregaram de arregimentar músicos e cantores de Londrina e região, com uma agenda apertada de ensaios.
Ricardo Prado, residente no Rio de Janeiro, conta que a criação de orquestras a partir de festivais é uma prática comum e a iniciativa local é “fruto do ambiente musical que a cidade e a região já vivenciam”. A carreira do maestro inclui aulas com Camargo Guarnieri e John Neschling. Prado também foi incentivado por Isaac Karabtchevsky, de quem foi assistente na Orquestra Sinfônica Brasileira.
Por não se caracterizar como uma orquestra fixa, o perfil do grupo de músicos vai variar conforme os concertos. “Teremos um equipe de base, mas chamaremos os profissionais segundo os repertórios apresentados”, afirmou Carcasciali.
Até a regência de Prado será administrada à distância, pois ele virá à região somente para ensaios e apresentações. “Estar longe não será um problema, pois alguns concertos serão regidos por mim, outros pelo Vitor, o maestro adjunto,” afirma.
Cícero Cordão, chefe da Divisão de Música da Universidade de Londrina (UEL), participou do concerto inaugural da orquestra em Rolândia junto de outros quatro músicos da Orquestra Sinfônica da UEL (Osuel) e salientou a iniciativa pelo impacto educativo na cultura musical.
Em épocas de crise para as orquestras no Brasil, a formação de um grupo no Paraná é algo significativo para a música da região. O projeto está sendo viabilizado através dos benefícios da Lei Rouanet de incentivo à cultura e o custo para manutenção anual vai girar em torno de R$200 mil.
Embora o grupo só tenha se reunido para o Concerto de Natal, a equipe está otimista quanto ao futuro da orquestra. “Mantê-la é a nossa principal intenção”, assegurou Carnasciali.
Ele disse que uma orquestra itinerante dá mais condições para ser administrada, e a captação de recursos foi facilitada pela boa aceitação do festival.
A previsão é de que os ensaios sejam retomados em abril em Londrina, no Colégio Mãe de Deus, a fim de preparar o primeiro de dez concertos programados para 2014.
COMENTÁRIO: Quem são estes músicos? onde se reúnem para ensaiar? qual o valor do investimento? por favor alguém me responda... quero filmar os ensaios e divulgar os nomes dos músicos rolandenses e o valor do investimento? quero para hoje. JOSÉ CARLOS FARINA
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