JOSÉ CARLOS FARINA, BLOGUEIRO E YOUTUBER

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ROLANDIA E O NORTE DO PARANÁ

sexta-feira, 16 de maio de 2014

ROLÂNDIA - NOVA DENUNCIA CONTRA JOHNNY LEHMANN


OLHA QUE INTERESSANTE ISSO O DEPUTADO FOI CONDENADO POR USAR ADVOGADO CONTRATADO ENQUANTO PREFEITO PARA SE DEFENDER.
O PREFEITO DE ROLÂNDIA TAMBÉM ESTÁ USANDO ADVOGADO DA PREFEITURA PARA ME PROCESSAR
HUMMMMMMMMMMM .... GOSTEI DESSA CONDENAÇÃO 
O deputado estadual Luiz Eduardo Cheida (PMDB) foi condenado pela 4ª...
BEMPARANA.COM.BR

A MAIOR VERDADE SOBRE O CHUMBO


Mauro Valdevino da Silva Com tantos protestos contra a instalação desta fábrica de baterias em Rolandia e a insistência de alguns setores, nos leva a imaginar que não está vindo somente uma empresa poluidora, mas um caminhão de PROPINA .
COMENTÁRIO: PARABENS PELA CORAGEM....

ROLÂNDIA - NULIDADES PARA APROVAÇÃO DO CHUMBO

À CÂMARA MUNICIPAL DE ROLÂNDIA – ESTADO DO PARANÁ.


Curitiba, 15 de maio de 2014

À Exma. Presidente da Câmara, Vereadora Sabine Denise Giesen e ao Exmo. Presidente da Comissão de Zoneamento, Vereador Odyr Giordani Junior.

Prezada Vereadora, prezado Vereador:


Considerando a função de defesa do meio ambiente que exerço na capacidade de conselheira do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), representando as organizações ambientalistas da Região Sul do Brasil, assim como de representante da Sociedade Civil na Comissão Nacional de Segurança Química, e considerando que recebi de cidadãos de Rolândia mensagens de solicitação de providências, peço que enquanto não houver apresentação de EPIA-RIMA disponível ao público e não for convocada Audiência Pública, nos ritos legalmente previstos, sobre pretendida atividade de potencial altamente poluidor ou classificadas de natureza “nociva” (INDÚSTRIA DE BENEFICIAMENTO DE MATÉRIA-PRIMA PARA ACUMULADORES DE ENERGIA – FABRICAÇÃO DE PILHAS, BATERIAS E OUTROS ACUMULADORES) no Município de Rolândia, seja suspensa qualquer tomada de decisão sobre mudança de zoneamento da área onde a referida empresa pretende se instalar, até que a população direta e indiretamente atingida seja ouvida e expresse a sua opinião sobre a matéria.
Reitero que somente o EPIA-RIMA poderá analisar tecnicamente as consequências do empreendimento, apontar a sua viabilidade, alternativas locacionais, enfim, analisar em profundidade a realidade existente e futura da região. O Estudo abrange uma alongada série de conhecimentos e só um amplo debate garantido por Audiências Públicas dará suporte a uma tomada de decisão bem fundamentada.
Uma decisão precipitada e contrária aos anseios da população, que não leve em conta o Princípio da Precaução, poderá comprometer o meio ambiente e consequentemente, a saúde pública, causando ainda mais intranquilidade e insegurança do que já está ocorrendo na população.
Atenciosamente, 
Zuleica Nycz



Conselheira do CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente.
Membro da CONASQ – Comissão Nacional de Segurança Química/MMA

COMENTÁRIO: O DIABO DÁ A PANELA MAS NÃO DÁ A TAMPA. DEPOIS DESTA É SÓ ENTRAR COM UMA AÇÃO NA JUSTIÇA E ACABAR DE VEZ COM ESTE FILME DE TERROR QUE CERTAS AUTORIDADES QUE NÃO AMAM ROLÂNDIA CISMARAM EM TRAZER PARA O NOSSO POVO. CHEGA DE PALHAÇADA. ROLÂNDIA TEM DONO. PEÇO AS PROMOTORES QUE ACABEM DE VEZ COM ESTE FILME DE TERROR.. EU TENHO MEDO DO CHUMBO. A MARIA JOSEFA GARANTE QUE SE ESTA EMPRESA VIR UM DIA ROLÂNDIA VAI VIRAR UM CIDADE FANTASMA. E O NOSSO CEMITÉRIO TERÁ CENTENAS DE DEFUNTOS  CHUMBADOS. CHEGA".. BASTA".. PEÇO CORAGEM AOS VEREADORES.. AJUDEM OS CIDADÃOS DE BEM DA CIDADE. FIQUEM DO LADO DOS "MOCINHOS". SE ESTA EMPRESA SÓ VAI TRAZER MALEFÍCIOS PORQUE TANTA INSISTÊNCIA? CARACÓLIS... A PROMOTORA DE LONDRINA DRA. SOLAGE ESTÁ EXPULSANDO ELES DE LÁ... QUE SE FAÇA UMA COMISSÃO ORRA E VÃO ATÉ ELA PARA SABER O PORQUE... NÃO DEVE SER POR COISA BOA... NEM PITANGUEIRAS A QUIS LÁ.. MAS LÁ AS AUTORIDADES AMAM MAIS  O MUNICIPIO E SEU POVO.... QUE  TIPO DE VEREADORES HORRÍVEIS QUE NÓS TEMOS QUE DIANTE DE UM QUADRO HORRÍVEL COMO ESTE SE CALAM.. NÃO ABREM A BOCA.. NÃO SE SABE SE POR MEDO. OU POR FALTA DE CONHECIMENTO ( COM UMA OU OUTRA EXCEÇÃO) JOSÉ CARLOS FARINA

CINE CINEMAS DE ROLÂNDIA por JOSÉ CARLOS FARINA

Transcrito do site "História de Rolândia" by Farina

ISTO É HISTÓRIA.. ESTE EDIFÍCIO DA DIREITA ERA O ANTIGO CINE ROLÂNDIA, INAUGURADO NOS ANOS 50. ALI NA ESQUINA FICAVAM OS CARTAZES COM A FOTO PRINCIPAL DO FILME EM EXIBIÇÃO... O CINEMA  TINHA UM ARTISTA  QUE PINTAVA À MÃO A REPRODUÇÃO DA FOTO EM TAMANHO GIGANTE...  A MOLECADA DE HOJE NEM IMAGINA AS EMOÇÕES DAS ESTRÉIAS DOS FILMES ÉPICOS QUE FORAM EXIBIDOS ALI.. "E O VENTO LEVOU"... EL CID... OS 10 MANDAMENTOS... "BEN-HUR"... ONDE HOJE É O INSS FICAVA O CINE BANDEIRANTES. LEMBRO-ME QUE UM DOS ÚLTIMOS FILMES QUE FOI EXIBIDO LÁ FOI "DIO COME TI AMO"... EU ESTAVA LÁ... ERAM POUCOS ESPECTADORES ASSISTINDO... O CINE BANDEIRANTES TINHA CADEIRAS ESTOFADAS, JÁ O ROLÂNDIA AS CADEIRAS ERAM DE MADEIRAS DA "MÓVEIS CIMO" (ENCOSTO CURVADO COR MARROM), IGUAIS AS DA CÂMARA MUNICIPAL... O CINE ROLÂNDIA (ESTE DA FOTO) TINHA MAIS PÚBLICO. AS MOÇAS E RAPAZES PREFERIAM ESTE CINEMA POR SER MAIOR E POR TER AMPLOS CORREDORES PARA QUE PUDESSEM TRANSITAR E PRATICAREM A FAMOSA "PAQUERA".  AS MOÇAS CHEGAVAM MAIS CEDO E FICAVAM SENTADAS. OS RAPAZES FICAVAM CIRCULANDO E LOCALIZANDO ONDE ESTAVA SENTADA E SUA PRETENDENTE. SE A MOÇA SINALIZASSE COM UM SORRISO DANDO A ENTENDER QUE "ESTAVA INTERESSADA", LOGO DEPOIS QUE AS LUZES COMEÇAVAM A APAGAR O RAPAZ CHEGAVA E SENTAVA JUNTO. SEMPRE HAVIA UMA COLEGA QUE SAIA E DEIXAVA O LUGAR VAGO.  NAS PAREDES  HAVIAM VÁRIOS ARRANJOS COM LUZES. ANTES DO FILME COMEÇAR TOCAVA A MÚSICA "TEMA DE LARA" OU "BEIJA-ME MUCHO" E ESTAS LUZES IAM APAGANDO PROGRESSIVAMENTE, PARA DAR TEMPO DAS PESSOAS SENTAREM. HAVIA TAMBÉM UMA ANTE-SALA COM UMA ÓTIMA BOMBONIERE ONDE COMPRÁVAMOS CHICLETES ADANS E AS FAMOSAS BALAS DE CEVADA SONKSEN. NESTA ANTE-SALA HAVIAM SOFÁS PARA QUE OS CLIENTES PUDESSEM ESPERAR A SESSÃO COMEÇAR. A MOÇADA TINHA MANIA DE ASSOVIAR QUANDO O FILME COMEÇAVA E TORCER PARA O MOCINHO. QUANDO TINHA CENA DE AÇÃO... HAVIAM APLAUSOS TAMBÉM PARA O MOCINHO...  VIRAVA UMA BAGUNÇA NO CINEMA. POR VÁRIAS VEZES ARMAVAM BOMBAS ENORMES PARA EXPLODIR NO MEIO DA SESSÃO. COMO ESPOLETA COLOCAVAM A BOMBA ENFIADA EM UMA BITUCA DE CIGARRO ACESA. UMA VEZ ACENDERAM UM TAL DE "BARBANTINHO" QUE ERA PREPARADO COM ENXOFRE COM UM CHEIRO INSUPORTÁVEL... A SESSÃO TEVE QUE SER INTERROMPIDA PARA A LIMPEZA.  A SESSÃO COMEÇAVA DEPOIS DA MISSA. E LOGO APÓS O  TÉRMINO DA SESSÃO QUASE TODOS OS JOVENS IAM PARA A SORVETERIA HOLANDESA TOMAR SORVETE OU CHOPE. NOS ANOS 70 ABRIRAM A LANCHONETE "SOBRADO" ( ATUAL CASA DO GIBIM ) E O PÚBLICO ENTÃO COMEÇOU A DIVIDIR.  MAS FORAM TEMPOS DOURADOS. NÃO HAVIA DROGAS. QUASE TODOS TRABALHAVAM. AJUDAVAM OS PAIS. ERA UMA JUVENTUDE SADIA. HAVIA RESPEITO PARA COM OS MAIS VELHOS. NOS ANOS 60 OS JOVENS USAVAM CALÇAS FUNIL, BEM APERTADAS, BOTINHA E JAQUETAS. NOS ANOS 70 USARAM AS CALÇAS "BOCAS DE SINO" E SAPATOS PLATAFORMA.  NOS ANOS 60 CURTIAM MÚSICAS DO IÊ IÊ IÊ / JOVEM GUARDA E NOS ANOS 7O COMEÇOU A "ARREBENTAR" A MÚSICA ROMÂNTICA INGLESA OU AMERICANA. OS JOVENS NESTA ÉPOCA GASTAVAM DE DANÇAR MÚSICA LENTA, SEMPRE COM OS ROSTOS "COLADOS". OS DISCOS DOS BEE GEES CHEGAVAM A GASTAR DE TANTO TOCAR. A MINHA MÚSICA PREFERIDA ERA "I STARTED A JOKE", ATÉ HOJE ME EMOCIONO COM ELAAS VEZES QUANDO OS PAIS LIBERAVAM OS CARROS ÍAMOS PARA BAILES EM CAMBÉ, SÃO MARTINHO, SABÁUDIA E JAGUAPITÃ. SEMPRE DAVA BRIGAS E TÍNHAMOS QUE SAIR CORRENDO. HAVIA RIVALIDADE DOS JOVENS COM OS QUE VINHAM DE FORA. NINGUÉM QUERIA DIVIDIR AS MENINAS. É QUE AS "DANADINHAS" SE INSINUAVAM MAIS PARA OS RAPAZES DE FORA. NAQUELE TEMPO TODO MUNDO CONHECIA TODO MUNDO. OS RAPAZES "DE FORA"  TINHAM MAIS CHANCES. O CARA PODIA SER FEIO PARA DEDÉO MAIS SEMPRE ARRUMAVA NAMORADINHA FORA DE ROLÂNDIA. O DIFÍCIL ERA SAIR CORRENDO. AS VEZES O CARRO DEMORAVA PARA "PEGAR" E OS CARAS CHEGANDO. TINHA NEGUINHO QUE ATÉ REZAVA NESTA HORA PEDINDO PARA O FUSCA  "PEGAR" LOGO.  UMA VEZ MEU PRIMO, O TONINHO, ME LEVOU A UM BAILE EM APUCARANA. DEPOIS DAS 2 DA MADRUGA SAIU UMA BRIGA ( NÃO SEI ATÉ HOJE O MOTIVO) SÓ SE VIA CADEIRA E MESA VOANDO DE UM LADO PARA O OUTRO. EU E MEU PRIMO QUE NÃO SOMOS BOBOS PULAMOS LOGO UMA JANELA QUE ESTAVA ABERTA. LOGO DEPOIS OUVIMOS TAMBÉM TIROS DE REVÓLVER. PARA NÓS ACABOU A FESTA E VIEMOS EMBORA. KKKKKKKKK JOSÉ CARLOS FARINA

OBS.: Escrevi em outro lugar deste blog o costume  que a molecada tinha de trocar gibis nas matinês do cinema... domingos antes de começar o filme.. antes das 14 horas... eu tenho as minhas coleções até hoje. 

COMENTÁRIO: Sergio de Sersank Formidável! Vc é genial, meu caro José Carlos Farina. Eu não disse que vc é um historiador nato? Com sua licença, gostaria de partilhar isso que vc escreveu em seu blog com todos os meus amigos do Face. O que vc narra aqui, com essa sua memória prodigiosa, vale também para os diversos municípios da região e quiçá do Brasil, afora. Vc retrata bem, apesar de ser aenas uma síntese o que publica aqui, um pouco do que foram as nossas vidas na adolescência e juventude. Faltou falar das quermesses, com os chamados "correios-elegantes" e de algumas outras coisas, como aquela fase das "brincadeiras dançantes" que estava por todo o país. Mas, certamente vc está guardando pra nos contar isso tudo com detalhes ainda mais precisos e encantadores. Mesmo porque seria, por ora, estender demais. Os jovens de hoje nem imaginam quanto era feliz a mocidade dos "anos dourados". Continue a nos brindar com suas pérolasFarina! Grande abraço!

RESPOSTA: José Carlos Farina Muito obrigado Sergio. Fico feliz que tenha gostado. É.. éramos felizes e sabíamos...  Fico honrado com o seu elogio. Ainda mais vindo de uma famoso escritor como você.  um abraço. Deus te abençoe. Você é muito gentil.
MAIS COMENTÁRIOS:

Fernando luis Zampa - apesar de ser um pouco mais "jovem" , ainda cheguei a assistir alguns filmes no cine Rolândia...ou melhor , vários.... quase toda a trilogia dos "Trapalhões" tive a honra de assistir primeiro no cinema , além de todos os "Superman" , guerra nas estrelas , entre outros.... e só pra completar , já no final dos anos 70 e início  da década de 80 , além da bomboniere , ainda tínhamos o carrinho de cachorro-quente do "bigode" , quem se lembra ?....E os cartazes dos filmes , um show a parte.... saudades.... -
 José Milton Figueiredo - Dr. Farina, tinha também o meu amigo Nori (Antenor Vidotto) vendendo pipoca  ali na na rua, e também o baleiro dentro do cinema onde comprávamos a bala deia, pois era desse jeito mesmo, so saudades, abraço amigo.
RESPOSTA: Sim... O antenor Vidoto, o pai dele o Seu Antonio e o Tião pipoqueiro. Obrigado por acrescentarem tantos importantes relatos. JOSÉ CARLOS FARINA

CINE ROLÂNDIA NA FOLHA DE LONDRINA

FOLHA DE LONDRINA

Um cinema que marcou época


Documentário em curta-metragem sobre o extinto Cine Rolândia, dirigido pela historiadora Carolina Gorla, será exibido pelo Canal Futura

Divulgação
Carolina Gorla quer deixar um documento audiovisual de uma sala de cinema que marcou época em sua cidade e que sua geração não conheceu
Um documentário em curta-metragem produzido por uma historiadora de Rolândia (PR) foi selecionado pelo Canal Futura para ser exibido no programa Sala e Notícias. O filme, "Expedicionários de um Tempo Bom", narra a trajetória do extinto Cine Rolândia, sala de projeção pioneira do vizinho município, aberta na década de 60 e fechada em 1985. 


A produção tem roteiro e direção de Carolina Gorla, formada em História na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Mandaguari (Fafiman) e pós-graduada em História Cultural pela Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), de Curitiba. Ela realizou o documentário como um trabalho de conclusão do curso de especialização em Cinema Documentário oferecido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro. 

O curso durou dois anos – de 2012 a 2013. Entre os professores estavam profissionais de renome do cinema nacional, como Eduardo Escorel, João Moreira Sales e Eduardo Coutinho (falecido recentemente), além de historiadores como Bernardo Buarque de Holanda. A ideia de fazer o filme surgiu depois que ela apresentou uma primeira – e frustrada – proposta de tema para seu orientador. "Seria um filme sobre uma roda cultural chamada Amalgama que acontece na praia de Botafogo, unindo os " dois Rios" o da Zona Norte e o da Zona Sul, através das rimas e do rap", conta. 

"A proposta não causou entusiasmo, acabei desistindo da ideia. Por alguns dias pensei bastante e num desses dias fui questionada por um professor se exibiria no cinema da minha cidade natal o documentário. Foi quando pensei "não temos cinema", e não temos mesmo! Sempre ouvi histórias dos meus pais sobre a grande sala que existiu no centro da cidade. Foi ela que protagonizou o cenário cultural de Rolândia nas décadas de 60, 70 e 80. Mas, no contexto de fechamentos de salas de cinema em todo Brasil, principalmente no interior, ela fecha em 1985. Eu nasci em 1988, porém a memória em torno dessa sala sempre foi tão presente que é como se tivesse conhecido. Não só os meus pais, mas os seus amigos e os meus tios, enfim existe uma memória muito presente. Foi então que pensei que isso tudo daria um filme, eu reuniria história, memória e por fim o cinema, e documentaria algo que minha geração não conheceu". 

Com 16 minutos de duração, o filme traz depoimentos de pessoas que frequentaram a sala. Para encontrar os antigos espectadores, Carolina publicou um anúncio no jornal de Rolândia procurando pessoas dispostas a narrarem suas memórias relacionadas ao lendário cinema. "Tudo começou com um frequentador apaixonado que fez questão de dizer que foi o último a sair da sala, na última exibição", lembra. "O filme era 'O feitiço de Áquila'. Ele possui um acervo grande com os cartazes, folhetos, etc. Entrevistei também uma mulher que morou no cinema com o gerente dos últimos anos da sala, teve uma filha com ele e, quando cinema fechou, ele foi embora e até hoje não tem contato. Conversei com a bilheteira, que não quis falar muito. Conversei com um ex-jogador de futebol que, quando criança, engraxava sapatos para entrar no cinema e assistir os craques que passavam no canal 100. Minha mãe também aparece no filme. Esses são os personagens que entraram no filme, conversei com outros". 

A fotografia de "Expedicionários de um Tempo Bom" é de José Dias Lima e a edição ficou nas mãos de Daniel Gonçalves, com passagem pela TV Globo e proprietário da produtora independente carioca Seu Filme. Foi através da produtora que Carolina inscreveu o documentário na seleção do Canal Futura. A produção está em processo de finalização e deverá ser exibida pelo emissora em julho. Antes, no próximo mês, o filme será visto em Rolândia durante as comemorações dos 80 anos do município.

Nelson Sato
Reportagem Local

JOSÉ DIAS DE ROLÂNDIA NA FOLHA

FOLHA DE LONDRINA

Curta de Rolândia será exibido no Rio

Filmagem que narra a história da artista plástica alemã Nanuk Mathilde Hoster foi selecionada para o 1º Festival O Cubo de Cinema

Divulgação
Produção contou com a participação de atrizes e atores amadores que moram em Rolândia; resultado das atuações surpreendeu o diretor José Dias Lima
As paisagens das matas nativas vistas pela alemã Nanuk Mathilde Hoster quando ainda era criança e chegou com a família de imigrantes ao Norte do Paraná na década de 30 nunca abandonaram sua memória afetiva. As cenas marcantes da região onde anos mais tarde seria fundada a cidade de Rolândia se tornaram inspiração para as pinturas produzidas pela imigrante quando ela se tornou artista plástica já na fase adulta. A história da artista plástica que iniciou carreira como autodidata em São Paulo e ganhou reconhecimento no Brasil, na Europa e no Japão virou um curta-metragem que será exibido, neste domingo, no 1º Festival O Cubo de Cinema, que acontece até 22 de maio, no Rio de Janeiro. 


O diretor do curta-metragem intitulado "Nanuk Mathilde Hoster", José Dias Lima, conta que as filmagens foram realizadas no ano passado. "Participamos do Festival Kinoarte de Cinema em 2013 e depois disso resolvi me inscrever em outros eventos. Fiquei surpreso e feliz ao saber que havia sido selecionado para esse festival do Rio. É um evento que visa criar uma plataforma de acesso às produções cinematográficas independentes, visando obter financiamentos nacionais e internacionais para novas montagens", afirma. 



Natural de Rolândia, Lima relata que conhecia superficialmente a história da artista plástica retratada no curta. "O Centro Cultural de Rolândia foi batizado com o nome dela. Inscrevi o projeto para realizar a filmagem em um fundo municipal de incentivo à cultura e depois da aprovação eu e o roteirista Fabrício Santesso mergulhamos em pesquisas junto aos familiares de Nanuk, que faleceu aos 74 anos, no ano 2000", afirma. 



O roteiro do curta-metragem de 16 minutos, que está disponível no Youtube, mostra um dia na vida de Nanuk que ao amanhecer relembra suas memórias e ao anoitecer resolve descansar. "Optamos por realizar as filmagens somente com atrizes e atores amadores que moram em Rolândia e nos surpreendemos com o resultado das atuações", afirma Lima. 



O diretor considera "Nanuk" seu primeiro curta-metragem profissional e afirma que a seleção no 1º Festival O Cubo de Cinema serviu de impulso para a participação em outros eventos cinematográficos. "Sou formado em artes visuais e fiz especialização em cinema. Trabalhei durante muito tempo em produções para TV, mas essa foi a primeira vez que fiz algo com uma linguagem mais cinematográfica. Ter sido selecionado para esse festival foi um incentivo para me aprimorar ainda mais", enfatiza.


Marcos Roman

Reportagem Local